Direitos culturais territoriais: mínimo existencial e territorialidades
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2024.225935Palavras-chave:
Direitos culturais, Território, Mínimo existencial, Identidades culturais, TerritorialidadesResumo
Este artigo busca acrescentar ao debate sobre princípio do mínimo existencial reflexões sobre os conceitos cultura e território, tais como diversidade e identidade, como parte essencial à vida, assim como a materialidade. Intenta-se colaborar para um pensamento crítico sobre a relevância da cultura na existência material e imaterial dos territórios latino-americanos, como contribuição para um pensamento jurídico contemporâneo que se debruce sobre um direito cultural territorial que trata das diferenças arraigadas nos arranjos espaciais comuns, constituídos por uma diversidade étnico-racial, mas comumente atingida pelos extratos de pobreza e exclusão dos espaços simbólicos institucionais e materiais da terra. A construção do texto se deu pela metodologia de revisão bibliográfica à luz da legislação existente. Por fim, baseou-se na questão: em que medida o simbólico não é essencial à vida humana, além da materialidade dos direitos básicos sociais?
Downloads
Referências
ALMEIDA, S.. Necropolítica e Neoliberalismo. Caderno CRH. Publicação de: Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Centro de Recursos Humanos – C. 2021.
BARROSO, L. R., & Barcellos, A. P. de. (2003). O começo da história. A nova interpretação constitucional e o papel dos princípios no direito brasileiro. Revista De Direito Administrativo, 232, 141-176. https://doi.org/10.12660/rda.v232.2003.45690.
DA SILVA, V. P. da S.. A cultura que tenho direito. Direitos fundamentais e Cultura. Edições Almedinas SA, Coimbra, 2007.
DE PEDRO, J. P.. D. a la cultura e industriales culturales. In Economia y Cultura: la tercera cara de la modena, Bogotá: Convenio Andres Bello, 2001.
DOS SANTOS, A. B.. Somos da Terra. Terra: antologia afro-indígena/ Vários autores: Organização e apresentação de Felipe Carnevalli, Fernanda Regaldo, Paula Lobato, Renata Marquez e Wellington Cançado. Ensaio visual/capa de Jaime Lauriano. Ensaio visual/bandeira de Matheus Ribs. São Paulo/ Belo Horizonte: Ubu Editora/PISEAGRAMA, 2023.
CUNHA FILHO, F. H.. Teoria dos direitos culturais e finalidades/ Humberto Cunha Filho. – São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2018.
SARMENTO, D.. O Mínimo Existencial. Revista de Direito da Cidade, vol. 08, nº 4. ISSN 2317-7721 pp. 1644- 1689, 2016.
LONCAROVICH Bussi, S.; DE ARÊA LEÃO JUNIOR, T. M.; de ASSIS MORAES, J. T. O Mínimo Existencial, Liberdade e Justiça Social. Revista de Direito Sociais e Políticas Públicas, Evento Virtual, v. 6, n. 1, p. 25-44, jan./jun. 2020. e-ISSN: 2525-9881.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino- americano: ensaios, intervenções e diálogos/organização Flavia Rios, Márcia Lima.-1ªed.-Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
MBEMBE, A. Necropolítica. Biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. N1 Edições, 2018.
MBEMBE, A. Crítica da razão negra. 1ª edição [2013]. São Paulo: N-1, 2018b.
MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
HABERLE, P.. Teoria de la Constituicion como ciência de la cultura, versão espanhola, Tecnos, Madrid, 2000.
HAESBAERT, R.; ARAUJO, F. G. B. Identidades e territórios: questões e olhares contemporâneos. Rio de Janeiro: Access, 2007.
HAESBAERT, R. Território e multiterritorialidade: um debate. In: Revista Geographia, Rio de Janeiro, vol. 9, n. 17, p. 19-46, 2007b.
HAESBAERT, R. Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial. In: SAQUET, M. A.; SPOSITO, E. S. (Org.). Território e territorialidades: teorias, processos e conflitos. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p. 95-120.
HALL, P (1988). A Cidade do empreendimento. In: Hall, P. Cidades do Amanha. Uma história intelectual do planejamento e do projeto urbano no Século XX. Perspectiva: São Paulo, pp. 407-430.
HALL, S.. A identidade cultura na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu. Palavras de um xamã Yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
KRENAK, A.. Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras, 2019.
MUNANGA, K. Negritude: usos e sentidos. Belo Horizonte: Autentica, 2009.
POUTIGNAT, P.; STREIFF-FENART, J. Teorias da etnicidade. 2. ed. São Paulo: Editora da Unesp, 2011.
RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
RAFFESTIN, C. A produção das estruturas territoriais e sua representação In: SAQUET, M. A.; SPOSITO, E. S. (Org.). Território e territorialidades: teorias, processos e conflitos. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p. 17-36.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo; razão e emoção. 4ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
SAQUET, M. A. Por uma abordagem territorial. In: SAQUET, M. A.; SPOSITO, E. S. (org.). Território e territorialidades: teorias, processos e conflitos. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p. 73-94.
SIDANIUS, J.; P, F.; LAAR, C.; LEVIN, S. Social dominance theory: its agenda and method. Social Dominance and Intergroup Relations Symposium, 2004, Columbus.Anais… Political Psychology, vol. 25, n. 6, p. 845-880.
TUPINAMBÁ, Glicéria. O Território Sonha. Terra: antologia afro-indígena/ Vários autores: Organização e apresentação de Felipe Carnevalli, Fernanda Regaldo, Paula Lobato, Renata Marquez e Wellington Cançado. Ensaio visual/capa de Jaime Lauriano. Ensaio visual/bandeira de Matheus Ribs. São Paulo/ Belo Horizonte: Ubu Editora/PISEAGRAMA, 2023.
CANCLINI, Nestor Garcia. XIII Seminário Internacional De Políticas Culturais. Casa Rui Barbosa. 2024. https://www.youtube.com/watch?v=mL6n4pnWuzc. Acesso em 20/05/2024.
Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto por Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Silvia Passarelli, Marjorie Prado Juqueira de Faria

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Ao submeter qualquer material científico para Extraprensa, o autor, doravante criador, aceita licenciar seu trabalho dentro das atribuições do Creative Commons, na qual seu trabalho pode ser acessado e citado por outro autor em um eventual trabalho, porém obriga a manutenção de todos os autores que compõem a obra integral, inclusive aqueles que serviram de base para o primeiro.
Toda obra aqui publicada encontra-se titulada sob as seguintes categorias da Licença Creative Commons (by/nc/nd):
- Atribuição (de todos os autores que compõem a obra);
- Uso não comercial em quaisquer hipóteses;
- Proibição de obras derivadas (o trabalho não poderá ser reescrito por terceiros. Apenas textos originais são considerados);
- Distribuição, exibição e cópia ilimitada por qualquer meio, desde que nenhum custo financeiro seja repassado.
Em nenhuma ocasião a licença de Extraprensa poderá ser revertida para outro padrão, exceto uma nova atualização do sistema Creative Commons (a partir da versão 3.0). Em caso de não concordar com esta política de Direito Autoral, o autor não poderá publicar neste espaço o seu trabalho, sob pena de o mesmo ser removido do conteúdo de Extraprensa.