A cobertura do Bóson de Higgs na internet

Autores

  • Marina Monteiro Mendonça Universidade de São Paulo (São Paulo, São Paulo, Brasil)
  • André Chaves de Melo Silva Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2018.154725

Palavras-chave:

Comunicação Científica, Jornalismo Científico, Internet, Bóson de Higgs, Linguagem e Cultura

Resumo

Este estudo analisou a cobertura nacional à comprovação da existência do bóson de Higgs na mídia online. Por meio de análise quantitativa e qualitativa das matérias encontradas foi possível traçar um perfil dos textos publicados no período compreendido entre abril de 2011 e agosto de 2013. Pôde-se constatar que fatores publicitários, como o apelido dado ao bóson (“partícula de Deus”), contribuíram para a sua popularidade e foram amplamente explorados para chamar a atenção dos leitores. A cobertura deixou a desejar em vários aspectos, principalmente em relação à precisão e qualidade científica e em termos de linguagem. Esses fatores se associam passiva e ativamente com questões como a do relacionamento entre jornalistas e cientistas, da alfabetização científica do público e das necessidades comerciais do processo de difusão de informações.

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Biografia do Autor

  • Marina Monteiro Mendonça, Universidade de São Paulo (São Paulo, São Paulo, Brasil)

    Instituto de Física

  • André Chaves de Melo Silva, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

    Escola de Comunicações e Artes

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Publicado

2018-12-27

Como Citar

A cobertura do Bóson de Higgs na internet. (2018). Revista Extraprensa, 12(1), 175-188. https://doi.org/10.11606/extraprensa2018.154725