Memória discursiva e lugar de fala nas propagandas televisivas do PMDB

Autores

  • Luiz Ademir de Oliveira Universidade Federal de São João del-Rei e Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Vinicius Borges Gomes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Fernando de Resende Chaves Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2017.117589

Palavras-chave:

Comunicação política, PMDB, Memória discursiva.

Resumo

O artigo analisa os Programas Partidários Gratuitos (PPGs) do PMDB em rede nacional de televisão em 2015 e 2016. Busca-se compreender como a propaganda política aciona elementos na memória discursiva do eleitor para produzir efeitos de sentido e para constituir um lugar de fala do PMDB, que é ambivalente de início, mas de oposição com o desenrolar da crise política. O partido fala em tom de accountability sobre os ministérios que ocupa, mas marca sua diferença e sua posição crítica em relação ao governo, já que, em 2016, foi acatado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A propaganda utiliza-se da memória discursiva em torno do PMDB – a conciliação, seja para legitimar seu lugar de fala ambíguo e entrecruzado, seja para justificar o protagonismo e a capacidade de unificar e pacificar o país.   

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Luiz Ademir de Oliveira, Universidade Federal de São João del-Rei e Universidade Federal de Juiz de Fora
    Mestre em Comunicação Social (UFMG). Mestre e Doutor em Ciência Política (IUPERJ). Docente do Curso de Comunicação Social da UFSJ e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCOM) da UFJF.
  • Vinicius Borges Gomes, Universidade Federal de Juiz de Fora
    Mestrando em Comunicação Social no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCOM) da UFJF.
  • Fernando de Resende Chaves, Universidade Federal de Juiz de Fora
    Mestrando em Comunicação Social no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCOM) da UFJF.

Referências

BRASIL, Presidência da República. Secretaria de Comunicação Social. “Pesquisa brasileira de mídia 2015: Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”. – Brasília: Secom, 2014.

BLUMENTHAL, S. The Pemanent Campaign: inside the world of elite political operatives. [S. l.]: [s. n.], 1980.

FIGUEIREDO, Marcus et al. Estratégias de Persuasão em Eleições Majoritárias. Uma proposta metodológica para o estudo da propaganda eleitoral. Opinião Pública. Campinas, v. 4, n. 3, p. 109-120, 1998.

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

GOMES, Wilson. Transformações da política na era da comunicação de massa. São Paulo: Editora Paulus, 2004.

GRIGOLETTO, Evandra. Do lugar social ao lugar discursivo: o imbricamento de diferentes posições-sujeito. In: INDURSKY, Freda (org.). Análise do discurso no Brasil: mapeando conceitos, confrontando limites. São Carlos: Claraluz, 2007.

LILLEKER, D. G. Key concepts in political communication. London: Sage Publications Ltd, 2007.

MITTMANN, Solange. Nem lá nem aqui: o percurso de um enunciado. In: INDRUSKY, Freda; FERREIRA, Maria Cristina Leandro (Org.). Os múltiplos territórios da análise do discurso. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1999.

MOTA, R.P.S. Introdução à história dos Partidos Políticos Brasileiros. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

ORLANDI, P. Eni. Cidade dos Sentidos, Campinas, SP: Pontes, 2004.

ORLANI, P. Eni. Análise do Discurso: princípios e procedimentos. Campinas, SP: Pontes, 2005

PÊCHEUX, Michel. Papel da Memória. In: ACHARD, Pierre et al. (Org.). Papel da Memória. Campinas: Pontes, 1999.

SILVA, O.S.F. Os ditos e os não-ditos do discurso: movimentos de sentidos por entre os implícitos da linguagem. Salvador, Revista da Faced, 2008.

Downloads

Publicado

2017-07-26

Como Citar

Oliveira, L. A. de, Gomes, V. B., & Chaves, F. de R. (2017). Memória discursiva e lugar de fala nas propagandas televisivas do PMDB. Revista Extraprensa, 10(2), 45-62. https://doi.org/10.11606/extraprensa2017.117589