Crisis, end, or eclipse of reason? Max Horkheimer's Critical Theory contributions to an epistemology of eugenics

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i1p69-85

Palavras-chave:

Eugenia, Razão eugênica, Esclarecimento, Max Horkheimer, Teoria Crítica

Resumo

O presente artigo investiga os fundamentos epistemológicos da eugenia de Francis Galton a partir da teoria crítica de Max Horkheimer. Baseados em uma pesquisa bibliográfica, analisamos os textos nos quais o polímata inglês estruturou a racionalidade de sua ciência-religião, contrapondo-os com o diagnóstico teórico-crítico de crise da razão. Concluímos que o argumento horkheimeriano que denunciou as raízes esclarecidas da eugenia, a despeito de não ter sido explorado na historiografia, continua fundamental para a compreensão da racionalidade científica eugenista, a qual denominamos razão eugênica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Guilherme Roitberg, Universidade Federal de São Carlos

    Doutorando em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pesquisador visitante na University of Groningen (Holanda) como bolsista do PrInt CAPES/UFSCar. Mestre em Educação e graduado em História pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Membro do grupo de pesquisa Teoria Crítica e Formação Ético-Política (UFSCar) e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Higienismo e a Eugenia (GEPHE). Atua nas áreas de História e Filosofia da Educação e da Ciência, desenvolvendo pesquisas sobre eugenia, educação eugênica, racismo científico, razão instrumental e teoria crítica.

Referências

Abromeit, J. (2016). Genealogy and Critical Historicism: Two Models of Enlightenment in Horkheimer and Adorno’s Writings. Critical Historical Studies, Fall 2016, 3(2), 283-308. DOI: https://doi.org/10.1086/688404.

Adorno, T. W., & Horkheimer, M. (2002). Dialectic of Enlightenment: Philosophical Fragments. Edited by Gunzelin Schmid Noerr. Translated by Edmund Jephcott. California: Stanford University Press.

Amaral, A. (2008). Ética do discurso e eugenia liberal: Jürgen Habermas e o futuro da natureza humana. Liinc em Revista, 4(1), março, 12-27. DOI: https://doi.org/10.18617/liinc.v4i1.250.

Bashford, A., & Levine, P. (2010). The Oxford handbook of the history of eugenics. New York: Oxford University Press.

Bernardo, J. (2015). Labirintos do Fascismo: na encruzilhada da ordem e da revolta. 2ª versão remodelada e ampliada. Porto: Edições Afrontamento.

Bethencourt, F. (2018). Racismos: das Cruzadas ao século XX. Tradução de Luís Oliveira Santos. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras.

Boas, F. (1916). Eugenics. The Scientific Monthly, 3(5), nov., 471-478. Retrieved from: http://hdl.handle.net/10822/517502. Acessed: 17 dec. 2021.

Bodemann, M. Y. (2014). Coldly Admiring the Jews. Werner Sombart and Classical German Sociology on Nationalism and Race. In: Stoetzler, M. (ed.). Antisemitism and the Constitution of Sociology. Lincoln/London: University of Nebraska Press, 110-134.

Bronner, S. E. (2004). Reclaiming the Enlightenment: Toward a Politics of Radical Engagement. New York: Columbia University Press.

Bronner, S. E. (2018) From Modernity to Bigotry. In: Morelock, J. (ed.) Critical Theory and Authoritarian Populism. London: University of Westminster Press, 85-105.

Cassata, F. (2011). Bulding the New Man: Eugenics, Racial Science and Genetics in Twentieth-Century Italy. Translated by Erin O’Loughlin. Budapest and New York: Central European University Press.

Chai, D. (2016). Habermas and Zhuangzi against Liberal Eugenics. International Journal of Chinese & Comparative Philosophy of Medicine, 14(2), 97-112. DOI: https://doi.org/10.24112/ijccpm.141620.

Chauí, M. (1996). Contingência e Necessidade. In: Novaes, A. (Org.). A crise da razão. São Paulo: Companhia das Letras, 19-26.

Chesterton, G. K. (2015). Eugenics and other evils. Auckland: The Floating Press.

Cleminson, R. (2008). Eugenics without the state: anarchism in Catalonia, 1900-1937. Studies in History and Philosophy of Biological and Biomedical Sciences, 39, 232-239. DOI: https://doi.org/10.1016/j.shpsc.2008.03.006.

Elster, J. (2009). Reason and Rationality. Translated by Steven Rendall. Princeton/Oxford: Princeton University Press.

English, D. K. (2004). Unnatural Selections: Eugenics in American Modernism and the Harlem Renaissance. Chapel Hill and London: The University of North Carolina Press.

Ferrone, V. (2015). The Enlightenment: history of an idea. Translated by Elisabetta Tarantino. Princeton/Oxford: Princeton University Press.

Fróes da Fonseca, A. (1929). Os grandes problemas da Antropologia. In: Actas e Trabalhos do 1º Congresso Brasileiro de Eugenia. Rio de Janeiro, 63-86.

Galton, F. (1909a). Eugenics as a factor in religion. In: Galton, F. Essay in Eugenics. London: The Eugenics Society, 68-70.

Galton, F. (1909b). Eugenics: it’s definition, scope and aims. In: Galton, F. Essay in Eugenics. London: The Eugenics Society, 35-43.

Galton, F. (1909c). Local associations for promoting Eugenics. In: Galton, F. Essay in Eugenics. London: The Eugenics Society, 100-109.

Galton, F. (1909d). Restrictions in marriage. In: Galton, F. Essay in Eugenics. London: The Eugenics Society, 44-59.

Galton, F. (2000). Hereditary Genius: an inquiry into its laws and consequences. Third electronic edition, based on the text of the second edition (1892). Edited by Gavan Tredoux. London; New York: MacMillan and Co.

Habermas, J. (2004). O futuro da natureza humana: a caminho de uma eugenia liberal? Tradução de Karina Jannini. São Paulo: Martins Fontes.

Horkheimer, M. (1941). The End of Reason. In: Horkheimer, M. (org). Studies in Philosophy and Social Science, IX, n.3. New York: Institute of Social Research, 366-388.

Horkheimer, M. (2004). Eclipse of Reason. London/New York: Continuum.

Jay, M. (1976). The Dialectical Imagination: A history of the Frankfurt School and the Institute of Social Research (1923-1950). London: Heinemann.

Kehl, R. F. (1935). Lições de Eugenía. 2ª ed. (refundida e aumentada). Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves.

Krementsov, N. (2018). With and Without Galton: Vasilii Florinskii and the Fate of Eugenics in Russia. Cambridge: Open Book Publishers.

Lebrun, G. (1996). Sobre a tecnofobia. Tradução de Paulo Neves. In: Novaes, A. (Org.). A crise da razão. São Paulo: Companhia das Letras, 471-494.

Lefort, C. (1996) O imaginário da crise. Tradução de Paulo Neves. In: Novaes, A. (Org.). A crise da razão. São Paulo: Companhia das Letras, 27-46.

Leonard, T. C. (2016) Illiberal Reformers: Race, Eugenics & American Economics in the Progressive Era. New Jersey: Princeton University Press.

Moura, S. M., & Crochík, J. L. (2016) Eugenia no contexto do atual desenvolvimento das tecnologias genéticas: as deficiências em foco. Acta Scientiarum. Education. Maringá, 38(2), apr.-june, 205-212. DOI: https://doi.org/10.4025/actascieduc.v38i2.24533.

Nalli, M. A. G. (2005). Antropologia e racismo no discurso eugênico de Renato Kehl. Teoria & Pesquisa, jul.-dez., 119-156. Retrieved from: http://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/47/40. Acessed: 17 dec. 2021.

Ortega, E., Beltrán, M. J., & Myriam, M. (2018). Eugenics and medicalization of crime at the early 20th century in Uruguay. Saúde Soc. São Paulo, 27(2), 354-366. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902018180275.

Paul, D. B., Stenhouse, J., & Spencer, H. G. (ed.) (2018). Eugenics at the Edges of Empire: New Zealand, Australia, Canada and South Africa. Gewerbestrasse: Palgrave Macmillan.

Petry, F. B. (2013). O conceito de razão nos escritos de Max Hoerkheimer. Cadernos de Filosofia Alemã, 22, jul.-dez., 31-48. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i22p31-48.

Rensmann, L. (2017). The Politics of Unreason: The Frankfurt School and the origins of antisemitism. Philosphy and Race Series. Albany: SUNY Press.

Robertson, R. (2014). Civilization(s), Ethnoracism, Antisemitism, Sociology. In: Stoetzler, M. (org). Antisemitism and the Constitution of Sociology. Lincoln/London: University of Nebraska Press, 206-245.

Roitberg, G. P. (2021). A educação eugenista latino-americana: correspondências entre os intelectuais brasileiros e argentinos nas décadas de 1920-1930. Diálogos Latinoamericanos, 29, 101–116. Retrieved from https://tidsskrift.dk/dialogos/article/view/118042. Acessed: 23 may 2022.

Roquette-Pinto, E. (1929). Notas sobre os typos anthropologicos do Brasil. In: Actas e Trabalhos do 1º Congresso Brasileiro de Eugenia. Rio de Janeiro, 119-147.

Schäfer, L.P. (2019) An ambiguity in Habermas's argument against liberal eugenics. Bioethics, 33(9), 1059-1064. DOI: https://doi.org/10.1111/bioe.12650.

Souza, M. R. de. (2011) O conceito de esclarecimento em Horkheimer, Adorno e Freud: apontamentos para um debate. Psicologia & Sociedade; 23 (3): 469-476. Retrieved from: https://www.scielo.br/j/psoc/a/3jmh59yQVTWQczMcZVHmRGG/?format=pdf&lang=pt. Acessed: 17 dec. 2021.

Souza, V. S. de (2016) A eugenia brasileira e suas conexões internacionais: uma análise a partir das controvérsias entre Renato Kehl e Edgard Roquette-Pinto, 1920-1930. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.23, supl., dez., 93-110. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702016000500006.

Souza, V. S. de. (2019) A história da eugenia em perspectiva. In: Boarini, M. L. (org). A busca da perfeição: o ideário eugenista em pauta. Maringá: EDUEM, 9-16.

Stepan, N. L. (1996) The hour of eugenics. Race, gender, and nation in Latin America. Ithaca and London: Cornell University Press.

Turda, M., & Weindling, P. J. (2007) Blood and Homeland: Eugenics and Racial Nationalism in Central and Southeast Europe, 1900–1940. New York: Central European University Press.

Downloads

Publicado

2022-06-29

Edição

Seção

Artigos

Dados de financiamento

Como Citar

Crisis, end, or eclipse of reason? Max Horkheimer’s Critical Theory contributions to an epistemology of eugenics. (2022). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 27(1), 69-85. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i1p69-85