A flor e a palavra: sobre a linguagem da natureza em Hölderlin e Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i2p13-30Palavras-chave:
Natureza, Linguagem, Heidegger, HölderlinResumo
O artigo defende a hipótese de uma linguagem da natureza a partir da interpretação ontológica da poesia de Hölderlin, contrária à interpretação estética feita por Benjamin e acolhida por Adorno. A exegese heideggeriana da φύσις grega, que ele compara à de Hölderlin, será o fio condutor para diferenciar a leitura ontológica da leitura estética e para defender a possibilidade de a natureza falar ao coração do poeta de modo pré-discursivo. O artigo termina com a análise do poema místico de Angelus Silesius, cujo objetivo é reafirmar tal hipótese e não defender uma mística em Heidegger e nem em Hölderlin.
Downloads
Referências
Abrams, M. H. (1971). The Mirror and the Lamp: romantic theory and the critical tradition. New York: Oxford University Press.
Adorno, T. W. (1973). Notas de literatura. Trad. Celeste Aída Galeão e Idalina Azevedo da Silva. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro.
Allemann, B. (1965). Hölderlin y Heidegger. Trad. Eduardo Garcia Belsunce. Argentina: Compañia General Fabril Editora, S.A.
Benjamin, W. (2013). Escritos sobre mito e linguagem (1915-1921). Organização, apresentação e notas de Jeanne Marie Gagnebin. Trad. Susana Kampff Lages e Ernani Chaves. 2.ed. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34.
Borges-Duarte, I. (2021). Cuidado e afectividade em Heidegger e na análise existencial fenomenológica. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: NAU Editora; Lisboa: Editora Documenta.
Caputo, J. D. (1986). The mystical element in Heidegger’s thought. New York University Press.
Castro, C. (2007) “Sobre o tapete da verdade: Benjamin e Hölderlin. In: Viso: Cadernos de estética aplicada, 1 (2), 47-57.
Dastur, F. (1997). Hölderlin: le retournement natal. Paris: Encre Marine.
Gadamer, H-G. (2004). Poema y diálogo. Trad. Daniel Najmías y Juan Navarro. Bracelona: Editorial Gedesia, S.A.
Gosetti-Ferencei, J. A. (2004). Heidegger, Hölderlin and the Subject of Poetic Language: Toward a New Poetics of Dasein. New York: Fordham University Press.
Heidegger, M. (1978). Metaphysische Anfangsgründe der Logik im Ausgang von Leibniz. Vittorio Klostermann – Frankfurt am Main.
Heidegger, M. (1980). Hölderlins Hymnen “Germanien” und “Der Rhein”. Vittorio Klostermann – Frankfurt am Main.
Heidegger, M. (1981). Erläuterungen zu Hölderlins Dichtung. Vittorio Klostermann - Frankfurt am Main.
Heidegger, M. (1983). Die Grundbegriff der Metaphysik: Welt – endlichkeit – Einsamkeit. Vittorio Klostermann – Frankfurt am Main.
Heidegger, M. (1997a). Der Satz vom Grund. Vittorio Klostermann – Frankfurt am Main.
Heidegger, M. (1997b). Holzwege. Vittorio Klostermann – Frankfurt am Main.
Hölderlin, F. (1990). Correspondência completa. Introducción e traducción de Helena Cortés y Arturo Leyte. Madrid: Ediciónes Hiperión, SL.
Hölderlin, F. (1995). Poesía completa: Edición Bilingüe. Trad. Federico Gorbea. Barcelona: Ediciones 29.
Hölderlin, F. (2008). “Observações sobre Édipo; Observações sobre Antígona”. In: Beaufret, J. Hölderlin e Sófocles. Trad. Pedro Süssekind e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Taminiaux, J. (1995). Leituras da ontologia fundamental: ensaios sobre Heidegger. Trad. João Carlos Paz. Lisboa: Instituto Piaget.
Vaccari, U. R. (2019). “A morte do poeta: Benjamin leitor de Hölderlin”. In: Discurso, 49 (2), 253-268.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 João Evangelista Fernandes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
As informações e conceitos emitidos em textos são de absoluta responsabilidade de seus autores.
Todos os artigos anteriores a 5 de julho de 2018 e posteriores a julho de 2021 estão licenciados sob uma licença CC BY-NC-ND, exceto os publicados entre as datas mencionadas, que estão sob a licença CC BY-NC-SA. A permissão para tradução por terceiros do material publicado sob a licença CC BY-NC-ND poderá ser obtida com o consentimento do autor ou autora.
Políticas de acesso aberto - Diadorim