Atividade eletromiográfica e cocontração dos músculos do tronco durante exercícios realizados com haste oscilatória: uma análise do efeito de diferentes posturas
DOI:
https://doi.org/10.590/1809-2950/12976422022015Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a atividade eletromiográfica (EMG) e cocontração dos músculos do tronco durante a realização de exercícios com haste oscilatória em duas diferentes posturas (pelve neutra e pelve em retroversão).Participaram do estudo 20 mulheres jovens (idades entre 18 e 28 anos),sem dor lombar, recrutadas em uma população universitária. Para a coleta de dados foi realizado um exercício com haste oscilatória posicionada verticalmente ao solo, sendo segurada com ambas as mãos e oscilando no plano sagital. Este exercício foi realizado em duas diferentes posturas da pelve (neutra e retrovertida). Os sinais EMG foram coletados bilateralmente, sobre os músculos: oblíquo interno (OI), reto abdominal (RA), iliocostal lombar (IL) e multífidos (MU). A análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas demonstrou interação entre músculos e posturas (F=5,18; p=0,003), sendo que a ativação do músculo IL na postura neutra foi 7,93% maior do que a postura retrovertida (p=0,055), e a ativação do músculo OI foi 13,62% maior na postura retrovertida do que durante o exercício em postura neutra (p=0,002). De acordo com os nossos resultados, a realização do exercício em postura com retroversão da pelve aumentou a ativação do músculo OI, enquanto o músculo IL apresentou maior ativação durante a realização do exercício em postura neutra. Futuros estudos são necessários para o entendimento das adaptações neuromusculares geradas pelo treino com exercícios com haste oscilatória e sua relevância para a prevenção e tratamento da dor lombar inespecífica.Downloads
Referências
Knoplich J. Enfermidades da coluna vertebral. 3. ed. São
Paulo: Robe Editorial, 2003.
Gonçalves M, Barbosa F. Análise de parâmetros de força e
resistência dos músculos eretores da espinha lombar durante
a realização de exercício isométrico em diferentes níveis de
esforço. Rev Bras Med Esp. 2005;11(2):102-14.
Van Dieen JH, Cholewicki J, Radebold A. Trunk muscle
recruitment patterns in patients with low back enhance the
stability of lumbar spine. Spine. 2003;28:834-41.
Panjabi MM. The stabilizing system of the spine: part I:
function, dysfunction, adaptation, and enhancement. J
Spinal Disord. 1992;5(4):383-9.
Granata KP, Marras WS. Cost-benefit of muscle
cocontraction in protecting against spinal instability. Spine.
;25(11):1398-404.
Newcomer KL, Jacobson TD, Gabriel DA, Larson DR, Brey RH,
An KN. Muscle activation patterns insubjects with and without
low back pain. Arch Phys Med Rehab. 2002;83(6):816-21.
Mac Donald D, Moseley GL, Hodges PW. Why do some
patients keep hurting their back? Evidence ongoing back
muscle dysfunction during remission from recurrence back
pain. Pain. 2009;142(3):183-8.
O’Sullivan PB, Grahamslaw KM, Kendell M, Lapenskie SC,
Möeller NE, Richards KV. The effects of different standing
and sitting postures on trunk muscle activity in a pain free
population. Spine. 2002;27(11):1238-44.
França FJR, Burke TN, Claret DC, Marques AP. Estabilização
segmentar da coluna lombar nas lombalgias: uma revisão
bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioter Pesq.
;15(2):200-6.
Marques NR, Hallal CZ, Goncalves M. Padrão de co-ativação
dos músculos do tronco durante exercícios com haste
oscilatória. Motriz. 2012;18(2):245-52.
Hallal CZ, Marques NR, Goncalves M. O uso da vibração como
método auxiliar no treinamento de capacidades físicas: uma
revisão da literature. Motriz. 2010;16(2):527-33.
Anders C, Wenzel B, Scholle HC. Activation characteristics
of trunk muscles during cyclic upper-body perturbations
caused by an oscillating pole. Arch Phys Med Rehab.
;89(7):1314-22.
Anders C, Wenzel B, Scholle HC. Cyclic upper body
perturbations caused by a flexible pole: influence of
oscillation frequency and direction on trunk muscle coordination. J Back Musculoskel Rehab. 2007;20(4):167-75.
Moreside JM,Vera-Garcia FJ,McGill SM. Trunk muscle activation
patterns, lumbar compressive forces, an spine stability when
using the body-blade. Phys Ther. 2007;87(2):153-64.
Gonçalves M, Marques NR, Hallal CZ,Van Dieen JH.
Electromyographic Activity of trunk muscles during exercises
with flexible and non-flexible poles. J Back Musculoskel
Rehab. 2011;24(4):209-14.
Hermens HJ, Freriks B, Disselhorst-K, Rau G. Development
of recommendation for SEMG sensors and sensor placement
procedures. J Electromyogr Kines. 2000;10(5):361-74.
O’Sullivan PB, Dankaerts W, Burnett AF, Farrel GT, Jefford
E, Naylor CS, et al. Effect of different upright postures on
spinal-pelvic curvature and trunk muscle activation in a pain
free population. Spine. 2006;31(19):E707-12.
Candotti CT, Loss JF, Begatini D, Soares DP, Rocha EK,
Oliveira AR, Guimarães ACS. Cocontraction and economy of
triathletes and cyclistsat different cadences during cycling
motion. J Electromyogr Kines. 2009;19(5):915-21.
Winter, D.A. Biomechanicsand Motor Control of Human
Movement.4 ed. New York:Wiley, 2009.
Kendall FP; Kendall E; Provance PG. Músculos provas e
funções. 4. ed. São Paulo: Manole, 1995.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.