Velocidade de marcha e autoeficácia em quedas em indivíduos com hemiparesia após Acidente Vascular Encefálico

Autores

  • Natalia Aquaroni Ricci UNICID; Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
  • Giovana Paschoalette Ferrarias UNICID; Curso de Graduação em Fisioterapia
  • Karina Iglesia Molina UNICID; Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
  • Priscila Masullo Dib UNICID; Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
  • Sandra Regina Alouche UNICID; Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/14484522022015

Resumo

Indivíduos após Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam com frequência alterações no padrão da marcha, instabilidade e maior suscetibilidade para quedas. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a velocidade de marcha e autoeficácia para quedas em indivíduos hemiparéticos. A amostra foi composta por 23 indivíduos com hemiparesia pós-AVE com idade média de 60,6±11,26 anos e tempo de evolução do AVE de 53,2±35,4 meses. Os participantes foram avaliados quanto ao senso de autoeficácia para quedas pelo questionário Falls Efficacy Scale - International (FES-I). A velocidade de marcha normal e rápida foi calculada pelo tempo despendido para percorrer 10 metros. Para verificar a relação entre a FES-I e a velocidade de marcha, foram aplicados testes de associação e correlação. Entre os participantes da pesquisa, 39,1% utilizavam dispositivo de auxílio para a marcha e 30,4% reportaram quedas no último ano. A média da FES-I foi de 30,3±8,4 pontos, e a da velocidade normal de marcha foi de 0,72±0,28m/s e rápida de 1,00±0,40m/s. Os participantes conseguiram modificar significantemente a velocidade da marcha (diferença da velocidade: 0,27±0,16m/s; Teste T pareado: p<0,001). Não foi verificada correlação ou associação entre a FES-I e a velocidade de marcha. Houve correlação entre a FES-I e a idade (r=0,541; p=0,008); e associação entre uso de dispositivo de auxílio para a marcha e maior lentidão na velocidade, tanto normal (p=0,048), quanto rápida (p=0,037). Apesar da maioria dos indivíduos com hemiparesia deste estudo apresentar baixa autoeficácia para quedas, estes ainda são capazes de alterar o padrão de marcha por meio da velocidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Billinger SA, Arena R, Bernhardt J, Eng JJ, Franklin BA, Johnson

CM, et al. Physical activity and exercise recommendations for

stroke survivors. Stroke. 2014;45(8):2532-53.

Joseph C, Rhoda A. Activity limitations and factors

influencing functional outcome of patients with stroke

following rehabilitation at a specialised facility in the Western

Cape. Afr Health Sci. 2013;13(3):646-54.

Lord SE, McPherson K, McNaughton HK, Rochester L,

Weatherall M. Community ambulation after stroke: how

important and obtainable is it and what measures appear

predictive? Arch Phys Med Rehabil. 2004;85(2):234-9.

Haaland KY, Prestopnik JL, Knight RT, Lee RR. Hemispheric

asymmetries for kinematic and positional aspects of

reaching. Brain. 2004;127(5):1145-58.

Spinazzola L, Cubelli R, Della Sala S. Impairments of trunk

movements following left or right hemisphere lesions:

dissociation between apraxic errors and postural instability.

Brain. 2003;126(12):2656-66.

Mills VM, DiGenio M. Functional differences in patients

with left or right cerebrovascular accidents. Phys Ther.

;63(4):481-8.

Weerdesteyn V, de Niet M, van Duijnhoven HJ, Geurts

AC. Falls in individuals with stroke. J Rehabil Res Dev.

;45(8):1195-213.

Corrêa FI, Soares F, Andrade DV, Gondo RM, Peres JA,

Fernandes AO, et al. Atividade muscular durante a marcha

após Acidente Vascular Encefálico. Arq Neuropsiquiatr.

;63(3-B):847-51.

Dickstein R. Rehabilitation of gait speed after stroke: a critical

review of intervention approaches. Neurorehabil Neural

Repair. 2008;22(6):649-60.

von Schroeder HP, Coutts RD, Lyden PD, Billings E Jr., Nickel

VL. Gait parameters following stroke: a practical assessment.

J Rehabil Res Dev. 1995;32(1):25-31.

van de Port IG, Kwakkel G, Lindeman E. Community

ambulation in patients with chronic stroke: how is it related

to gait speed? J Rehabil Med. 2008;40(1):23-7.

Monteiro RB, Laurentino GE, Melo PG, Cabral DL, Correa

JC, Teixeira-Salmela LF. Medo de cair e sua relação com a

medida da independência funcional e a qualidade de vida

em indivíduos após Acidente Vascular Encefálico. Ciênc

Saúde Coletiva. 2013;18(7):2017-27.

Schmid AA, Rittman M. Consequences of poststroke

falls: activity limitation, increased dependence, and

the development of fear of falling. Am J Occup Ther.

;63(3):310-6.

Schmid AA, Rittman M. Fear of falling: an emerging issue

after stroke. Top Stroke Rehabil. 2007;14(5):46-55.

Bonan IV, Yelnik AP, Colle FM, Michaud C, Normand E, Panigot

B, et al. Reliance on visual information after stroke. Part II:

Effectiveness of a balance rehabilitation program with visual

cue deprivation after stroke: a randomized controlled trial.

Arch Phys Med Rehabil. 2004;85(2):274-8.

Rosen E, Sunnerhagen KS, Kreuter M. Fear of falling, balance,

and gait velocity in patients with stroke. Physiother Theory

Pract. 2005;21(2):113-20.

Bertolucci PHF, Brucki SMD, Campacci SR, Juliano Y. O miniexame do estado mental em uma população geral: impacto

da escolaridade. Arq Neuropsiquiatr. 1994;52(1):1-7.

Tyson S, Connell L. The psychometric properties and

clinical utility of measures of walking and mobility in

neurological conditions: a systematic review. Clin Rehabil.

;23(11):1018-33.

Camargos FFO, Dias RC, Dias JMD, Freire MTF. Adaptação

transcultural e avaliação das propriedades psicométricas

da Falls Efficacy Scale - Internacional em idosos brasileiros

(FES-I Brasil). Rev Bras Fisioter. 2010;14(3):237-43.

Blennerhassett JM, Dite W, Ramage ER, Richmond ME.

Changes in balance and walking from stroke rehabilitation to

the community: a follow-up observational study. Arch Phys

Med Rehabil. 2012;93(10):1782-7.

Kim EJ, Kim DY, Kim WH, Lee KL, Yoon YH, Park JM, Shin JI,

Kim SK, Kim DG. Fear of falling in subacute hemiplegic stroke

patients: associating factors and correlations with quality of

life. Ann Rehabil Med. 2012;36(6):797-803.

Delbaere K1, Close JC, Mikolaizak AS, Sachdev PS, Brodaty

H, Lord SR. The Falls Efficacy Scale International (FES-I). A

comprehensive longitudinal validation study. Age Ageing.

;39(2):210-6.

Weber JC, Lamb DR. Statistics and research in physical

education. St. Louis: Mosby; 1970.

Ruggero CR, Bilton TL, Teixeira LF, Ramos Jde L, Alouche

SR, Dias RC, et al. Gait speed correlates in a multiracial

population of community-dwelling older adults living in

Brazil: a cross-sectional population-based study. BMC Public

Health. 2013;13:182.

Jonkers I, Delp S, Patten C. Capacity to increase walking

speed is limited by impaired hip and ankle power generation

in lower functioning persons post-stroke. Gait Posture.

;29(1):129-37.

Bohannon RW. Comfortable and maximum walking speed of

adults aged 20-79 years: reference values and determinants.

Age Ageing. 1997;26(1):15-9.

Balasubramanian CK, Clark DJ, Fox EJ. Walking adaptability

after a stroke and its assessment in clinical settings. Stroke

Res Treat. 2014;2014:ID 591013.

Medley A, Thompson M, French J. Predicting the probability

of falls in community dwelling persons with brain injury: a

pilot study. Brain Inj. 2006;20(13-14):1403-8.

Reelick MFL, van Iersel MB, Kessels RP, Rikkert MG. The

influence of fear of falling on gait and balance in older people.

Age Ageing. 2009;38(4):435-40.

Publicado

2015-06-06

Edição

Seção

Pesquisas Originais

Como Citar

Velocidade de marcha e autoeficácia em quedas em indivíduos com hemiparesia após Acidente Vascular Encefálico . (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(2), 191-196. https://doi.org/10.590/1809-2950/14484522022015