Prevalência de deficiências motoras e sua relação com o gasto federal com próteses, órteses e outros equipamentos nos estados brasileiros em 2010

Autores

  • Shamyr Sulyvan Castro Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Instituto de Ciências da Saúde; Departamento de Fisioterapia Aplicada
  • Peterson Marco O. Andrade Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Juiz de Fora (MG), Brazil
  • John Stone Universidade de Buffalo; Escola de Saúde Pública e Profissões da Saúde; Departamento de Ciências da Reabilitação

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/13594222032015

Resumo

O objetivo deste estudo foi conhecer a prevalência de dificuldade motora (DM) (caminhar ou subir degraus) total e segundo graus (leve, moderada, grave) nos estados brasileiros e no país; apresentar os gastos federais com próteses, órteses e equipamentos (OPM) relacionados a essa dificuldade; e verificar a existência de correlação entre as prevalências de DM e gasto público com as OPM. Foram usados dados populacionais de todas as cidades do Brasil, obtidos a partir do site do IBGE, e gastos com OPM relacionados à DM, extraídos do site do DATASUS, de 2010. Os dados foram analisados por meio de prevalências de DM e gastos com OPM relacionados à DM. Utilizou-se o programa Stata 11 para execução do teste de correlação de Spearman com nível de significância de 5%. A prevalência de DM no Brasil no ano de 2010 foi de 6,91%, variando de 8,63% (AL) a 5,28% (TO). Os gastos com OPM variaram segundo os estados e foram proporcionais à prevalência de DM nas cidades dos estados do AC e PI (órteses), PB (próteses), e AC e MA (equipamentos). A correlação entre valor investido e prevalência de DM foi inversa nas cidades dos estados de ES, MG, PR, RS, SC e SP (órteses); ES, MG, PR, RS, SC e SP (próteses); e ES, MG, RS e SP (equipamentos).

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Fortes PA. Brazilian bioethicists and the principles of

universality and integrality in the National Health System.

Rev Saude Publica 2009;43(6):1054-8.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº. 2.848 DE 06

de Novembro de 2007. Publica a Tabela de Procedimentos,

Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais - OPM

do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2007.

WHO, World Health Organization. 2012 Assistive devices/

technologies: what WHO is doing. <http://www.who.int/

disabilities/technology/activities/en/>. Accessed 2012.

Brasil, Ministério da Saúde. Portaria N° 818, de 05 de junho de

Diário Oficial da União junho 2001; Seção 1. 2001.

Brasil, Ministério da Saúde. 2012 Centros de Reabilitação do

Brasil. Brasília: Ministério da Saúde. <http://portal.saude.

gov.br/portal/arquivos/pdf/cadastro_reab_fisica2.pdf>.

Accessado 2012.

Mendes A, Leite MG, Marques RM. Discutindo uma

Metodologia para a Alocação Equitativa de Recursos

Federais para o Sistema Único de Saúde. Saúde e Sociedade

;20:673-90.

Brasil, Ministério da Saúde. 2012 Brasília: Ministério da Saúde.

<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/campanha_

viversemlimite.pdf>. Accessed 2012.

Borg J, Ostergren PO, Larsson S, Rahman AA, Bari N, Khan

AN. Assistive technology use is associated with reduced

capability poverty: a cross-sectional study in Bangladesh.

Disabil Rehabil Assist Technol 2012;7(2):112-21.

Murchland S, Parkyn H. Using assistive technology for

schoolwork: the experience of children with physical

disabilities. Disabil Rehabil Assist Technol 2010;5(6):438-47.

Guzman A. Paying for assistive technology: a study of

Hispanics. Disabil Rehabil Assist Technol 2009;4(1):9-16.

Korpela RA, Siirtola TO, Koivikko MJ. The cost of assistive

devices for children with mobility limitation. Pediatrics.

;90(4):597-602.

Andrich R, Ferrario M, Moi M. A model of cost-outcome analysis

for assistive technology. Disabil Rehabil. 1998;20(1):1-24.

Harris F, Sprigle S. Cost analyses in assistive technology

research. Assist Technol. 2003;15(1):16-27.

Fuhrer MJ. Assessing the efficacy, effectiveness, and

cost-effectiveness of assistivetechnology interventions

for enhancing mobility. Disabil Rehabil Assist Technol.

;2(3):149-58.

Andrich R, Caracciolo A. Analysing the cost of individual

assistive technology programmes. Disabil Rehabil Assist

Technol. 2007;2(4):207-34.

Schraner I, De Jonge D, Layton N, Bringolf J, Molenda A.

Using the ICF in economic analyses of Assistive Technology

systems: methodological implications of a user standpoint.

Disabil Rehabil. 2008;30(12-13):916-26.

Bamer AM, Connell FA, Dudgeon BJ, Johnson KL. Frequency

of purchase and associated costs of assistive technology for

Washington State Medicaid program enrollees with spina

bifida by age. Disabil Health J. 2010;3(3):155-61.

Lima-Costa MF, Barreto SM. Tipos de estudos epidemiológicos:

conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento.

Epidemiol. Serv. Saúde 2003;12:189-201.

Medronho RA, Carvalho DM, Bloch KV, Roner LB, Werneck V,

Guilherme L. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu; 2006.

Sommers J, Engelbert RHH, Dettling-Ihnenfeldt D, Gosselink

R, Spronk PE, Nollet F, et al. Physiotherapy in the intensive care

unit: an evidence-based, expert driven, practical statement

and rehabilitation recommendations. Clin Rehabil. 2015 Feb

pii: 0269215514567156. [Epub ahead of print].

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012

Censo 2010 - Resultados - Resumo. <http://www.censo2010.

ibge.gov.br/resultados_do_censo2010.php>. Accessed 2012.

Brasil, Ministério da Saúde. 2012 Próteses e órteses.

<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.

cfm?idtxt=33741&janela=1>. Accessed 2012.

Brasil, Ministério da Saúde. 2012 Departamento de

informática do SUS - DATASUS. <http://www2.datasus.gov.

br/DATASUS/index.php>. Accessed 2012.

Brasil, Ministério da Saúde. 2012 Sistema de Informações

Ambulatoriais do SUS - SIA/SUS. <http://tabnet.datasus.

gov.br/cgi/deftohtm.exe?sia/cnv/qbbr.def>.

Altman BM, Gulley SP. Convergence and divergence:

differences in disability prevalence estimates in the United

States and Canada based on four health survey instruments.

Soc Sci Med. 2009;69(4):543-52.

Altman BM. A reply to: the myth and reality of disability

prevalence: measuring disability for research and service.

Disabil Health J. 2011;4(3):198-9.

McDermott S, Turk MA. Reply to a reply to: the myth and

reality of disability prevalence: measuring disability for

research and service. Disabil Health J. 2011;4(3):198-9.

McDermott S, Turk MA. The myth and reality of disability

prevalence: measuring disability for research and service.

Disabil Health J. 2011;4(1):1-5.

Madans JH, Loeb ME, Altman BM. Measuring disability and

monitoring the UN Convention on the rights of persons with

disabilities: the work of the Washington group on disability

statistics. BMC Public Health. 2011;11 Suppl 4:S4.

CDC. Center for Disease Control and Prevention. Prevalence

and most common causes of disability among adults-

-United States, 2005. MMWR Morb Mortal Wkly Rep.

;58(16):421-6.

Gardener EA, Huppert FA, Guralnik JM, Melzer D. Middleaged and mobility-limited: prevalence of disability and

symptom attributions in a national survey. J Gen Intern Med.

;21(10):1091-6.

Picavet HS, Hoeymans N. Physical disability in The

Netherlands: prevalence, risk groups and time trends. Public

Health. 2002;116(4):231-7.

Maierhofer S, Almazán-Isla J, Alcalde-Cabero E, de PedroCuesta J. Prevalence and features of ICF-disability in Spain as

captured by the 2008 National Disability Survey. BMC Public

Health. 2011;11:897.

Castro SS, César CL, Carandina L, Barros MB, Alves MC,

Goldbaum M. [Visual, hearing, and physical disability:

prevalence and associated factors in a population-based

study]. Cad Saude Publica. 2008;24(8):1773-82.

Adib-Hajbaghery M. Evaluation of old-age disability and

related factors among an Iranian elderly population. East

Mediterr Health J. 2011;17(9):671-8.

Berlau DJ, Corrada MM, Kawas C. The prevalence of disability

in the oldest-old is high and continues to increase with

age: findings from The 90+ Study. Int J Geriatr Psychiatry.

;24(11):1217-25.

Matthews RJ, Smith LK, Hancock RM, Jagger C, Spiers NA.

Socioeconomic factors associated with the onset of disability

in older age: a longitudinal study of people aged 75 years

and over. Soc Sci Med. 2005;61(7):1567-75.

Ribeiro MCSA, Barata RB, Almeida MF, Silva ZP. Perfil

sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde

para usuários e não usuários do SUS - PNAD 2003. OliveiraCampos Maryane, Cerqueira Marília Borborema Rodrigues,

Rodrigues Neto João Felício. Dinâmica populacional. Ciênc

Saúde Coletiva. 2006;11:1011-22.

Atlas do desenvolvimento humano no Brasil Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD2003.

Viacava F, Souza-Júnior PRB, Szwarcwald CL. Coverage of

the Brazilian population 18 years and older by private health

plans: an analysis of data from the World Health Survey. Cad

Saúde Pública. 2005;21:S119-S28.

Pinto LF, Soranz DR. Planos privados de assistência à saúde:

cobertura populacional no Brasil. Oliveira-Campos Maryane,

Cerqueira Marília Borborema Rodrigues, Rodrigues Neto

João Felício. Dinâmica populacional. Ciênc Saúde Coletiva.

;9:85-98.

Travassos C, Viacava F, Fernandes C, Almeida CM.

Desigualdades geográficas e sociais na utilização de serviços

de saúde no Brasil. Oliveira-Campos Maryane, Cerqueira

Marília Borborema Rodrigues, Rodrigues Neto João Felício.

Dinâmica populacional. Ciênc Saúde Coletiva. 2000;5:133-49.

Kilsztajn S, Silva DF, Camara MB, Ferreira VS. Grau de

cobertura dos planos de saúde e distribuição regional do

gasto público em saúde. Saúde Soc. 2001;10:35-46.

Ricci NA, Wanderley FS, Oliveira MS, Rebelatto JR. O hospitalescola de São Carlos: análise do funcionamento por meio da

satisfação dos usuários. Oliveira-Campos Maryane, Cerqueira

Marília Borborema Rodrigues, Rodrigues Neto João Felício.

Dinâmica populacional Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16:1125-34.

Almeida C. O SUS que queremos: sistema nacional de saúde

ou subsetor público para pobres? Oliveira-Campos Maryane,

Cerqueira Marília Borborema Rodrigues, Rodrigues Neto

João Felício. Dinâmica populacional. Ciênc Saúde Coletiva.

;8:346-69.

Martins PC, Cotta RMM, Mendes FF, Priore SE, Franceschinni

SCC, Cazal MM, Batista RS. De quem é o SUS? Sobre as

representações sociais dos usuários do Programa Saúde da

Família. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(3):1933-42.

Souza LEPF. O SUS necessário e o SUS possível: gestão. Uma

reflexão a partir de uma experiência concreta. Ciênc Saúde

Coletiva. 2009;14:911-8.

Oliveira-Campos M, Cerqueira MBR, Rodrigues Neto JF.

Dinâmica populacional e o perfil de mortalidade no município

de Montes Claros (MG). Ciênc. saúde coletiva 2011;16(Suppl

:1303-10.

Campos AZ, Theme-Filha MM. Internações por condições

sensíveis à atenção primária em Campo Grande, Mato

Grosso do Sul, Brasil, 2000 a 2009. Cad Saúde Pública

;28(5):845-55.

Publicado

2015-09-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Prevalência de deficiências motoras e sua relação com o gasto federal com próteses, órteses e outros equipamentos nos estados brasileiros em 2010 . (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(3), 261-267. https://doi.org/10.590/1809-2950/13594222032015