Distribuição da pressão plantar e morfologia do pé de crianças com paralisia cerebral e crianças com desenvolvimento típico

Autores

  • Natiele Camponogara Righi Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Fabiane Kurtz Martins Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil.
  • Juliana Alves Souza Universidade Federal de Santa Maria; Hospital Universitário de Santa Maria
  • Claudia Morais Trevisan Universidade Federal de Santa Maria; Departamento de Fisioterapia e Reabilitação

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/17454624032017

Palavras-chave:

Deformidades do Pé, Pé, Criança, Paralisia Cerebral, Avaliação.

Resumo

A paralisia cerebral (PC) é caracterizada por desordens de movimento e postura, que causam limitações na execução de atividades facilmente desempenhadas por crianças com desenvolvimento típico (DT). Este estudo objetivou comparar a distribuição da pressão plantar e a morfologia do pé entre crianças com PC e DT, utilizando uma pesquisa analítica observacional transversal do tipo comparativa, com 32 crianças entre 6 e 11 anos, pareadas por sexo e idade e distribuídas em grupo estudo (GE) e grupo controle (GC). A distribuição plantar foi avaliada por meio do sistema de baropodometria eletrônica Footwork e o tipo de pé classificado pelo índice de Chippaux-Smirak. O GE obteve maior descarga de peso no sentido anterior e menor no sentido posterior (p=0,02), além de menores valores das pressões médias dos pés direito (p=0,00) e esquerdo (p=0,01) em relação ao GC. A maioria das crianças apresentou o mesmo tipo de pé bilateralmente, com prevalência de pés planos no GE e cavos no GC. Crianças com PC espástica, que apresentaram o desempenho locomotor preservado ou com alguma disfunção, revelaram antepulsão corporal, menores pressões plantares médias e prevalência do pé plano, em comparação às crianças com DT.

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Publicado

2017-09-09

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Distribuição da pressão plantar e morfologia do pé de crianças com paralisia cerebral e crianças com desenvolvimento típico. (2017). Fisioterapia E Pesquisa, 24(3), 321-326. https://doi.org/10.1590/1809-2950/17454624032017