Influência da gravidade do traumatismo cranioencefálico na admissão hospitalar na evolução clínica
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/17019225012018Palavras-chave:
Traumatismos Craniocerebrais/mortalidade, Respiração Artificial, Broncopneumonia, TraqueostomiaResumo
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um problema de saúde pública com muitos casos de mortalidade e repercussões socioeconômicas. Este estudo visa investigar a influência da gravidade do TCE no tempo de ventilação mecânica (VM) e hospitalização, e na prevalência de casos de traqueostomia, pneumonia, neurocirurgia e morte. É um estudo retrospectivo e observacional, que avaliou prontuários de 67 pacientes com TCE na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A gravidade foi avaliada pela escala de Glasgow (ECG): leve (13-15 pontos; 36 pacientes; 53.7%); moderado (9-12 pontos; 14 pacientes; 20.9%); ou grave (3-8 pontos; 17 pacientes; 25.4%). Pacientes com TCE grave apresentaram maior prevalência de traqueostomia, pneumonia e neurocirurgia. Não houve diferença significativa entre gravidade do TCE, óbito e tempo em VM, apesar de a gravidade do TCE ter influenciado o tempo de hospitalização. A gravidade do TCE na admissão, avaliada pela ECG, influenciou a prevalência de traqueostomia, pneumonia, neurocirurgia e de maiores tempos de internação.Downloads
Referências
Bosel J, Schiller P, Hook Y, Andes M, Neumann J, Poli S, et
al. Stroke-related early tracheostomy versus prolonged
orotracheal intubation in neurocritical care trial (SETPOINT):
a randomized pilot trial. Stroke. 2013;44(1):21-8. doi: 10.1161/
strokeaha.112.669895
McArthur DL, Chute DJ, Villablanca JP. Moderate and
severe traumatic brain injury: epidemiologic, imaging and
neuropathologic perspectives. Brain Pathol. 2004;14(2):185-94.
doi: 10.1111/j.1750-3639.2004.tb00052.x
Maia BG, Paula F, Cotta GD, Cota MAL, Públio PG, Oliveira H.
Perfil clínico-epidemiológico das ocorrências de traumatismo
cranioencefálico. Rev Neurocienc. 2013;21(1):43-52. doi: 10.4181/
rnc.2013.21.786.10p
Morgado FL, Rossi LA. Correlação entre a escala de coma
de Glasgow e os achados de imagem de tomografia
computadorizada em pacientes vítimas de traumatismo
cranioencefálico. Radiol Bras. 2011;44(1):35-41. doi: 10.1590/
S0100-39842011000100010
Langlois JA, Rutland-Brown W, Thomas KE. The incidence of
traumatic brain injury among children in the United States:
differences by race. J Head Trauma Rehabil. 2005;20(3):229-
doi: 10.1097/00001199-200505000-00006
Pasini RL, Fernandes YB, Araújo S, Soares S. A influência da
traqueostomia precoce no desmame ventilatório de pacientes
com traumatismo crânioencefálico grave. Rev Bras Ter Intensiva.
;19(2):176-81. doi: 10.1590/s0103-507x2007000200006
Stocchetti N, Zanier ER. Chronic impact of traumatic brain
injury on outcome and quality of life: a narrative review. Crit
Care. 2016;20(1):[10 p.]. doi: 10.1186/s13054-016-1318-1
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação
da pessoa com traumatismo cranioencefálico. Brasília, DF:
Ministério da Saúde; 2015.
Oliveira E, Lavrador JP, Santos MM, Antunes JL. Traumatismo
crânio-encefálico: abordagem integrada. Acta Méd Portug.
;25(3):179-92.
Saback LMP, de Almeida ML, Andrade W. Trauma cranioencefálico
e síndrome do desconforto respiratório agudo: como
ventilar? Avaliação da prática clínica. Rev Bras Ter Intensiva.
;19(1):44-52. doi: 10.1590/s0103-507x2007000100006
Pelosi P, Ferguson ND, Frutos-Vivar F, Anzueto A, Putensen C,
Raymondos K, et al. Management and outcome of mechanically
ventilated neurologic patients. Crit Care Med. 2011;39(6):1482-
doi: 10.1097/ccm.0b013e31821209a8
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias
adquiridas no hospital e das associadas à ventilação mecânica:
J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 1):S1-30. doi: 10.1590/
S1806-37132007000700001
Gandía-Martínez F, Martínez-Gil I, Andaluz-Ojeda D, de
Lamo FB, Parra-Morais L, Díez-Gutiérrez F. Análisis de la
traqueotomía precoz y su impacto sobre la incidencia de
neumonía, consumo de recursos y mortalidad en pacientes
neurocríticos. Neurocirugía. 2010;21(3):211-21. doi: 10.1016/
S1130-1473(10)70078-6
Barquist ES, Amortegui J, Hallal A, Giannotti G, Whinney R,
Alzamel H, et al. Tracheostomy in ventilator dependent trauma
patients: a prospective, randomized intention-to-treat study. J
Trauma. 2006;60(1):91-7. doi: 10.1097/01.ta.0000196743.37261.3f
Bouderka MA, Fakhir B, Bouaggad A, Hmamouchi B, Hamoudi
D, Harti A. Early tracheostomy versus prolonged endotracheal
intubation in severe head injury. J Trauma. 2004;57(2):251-4.
doi: 10.1097/01.ta.0000087646.68382.9a
Lazaridis C, DeSantis SM, McLawhorn M, Krishna V. Liberation
of neurosurgical patients from mechanical ventilation and
tracheostomy in neurocritical care. J Crit Care. 2012;27(4):[8 p.].
doi: 10.1016/j.jcrc.2011.08.018
Kang Y, Chun MH, Lee SJ. Evaluation of salivary aspiration in
brain-injured patients with tracheostomy. Ann Rehabil Med.
;37(1):96-102. doi: 10.5535/arm.2013.37.1.96
Rosado CV, Amaral LKM, Galvão AP, Guerra SD, Furia
CLB. Avaliação da disfagia em pacientes pediátricos com
traumatismo crânio-encefálico. Rev CEFAC. 2005;7(1):34-41.
Toufen Junior C, Camargo FP, Carvalho CRR. Pneumonia
aspirativa associada a alterações da deglutição: relato de
caso. Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(1):118-22. doi: 10.1590/
s0103-507x2007000100016
Faleiro RM, Pimenta NJG, Faleiro LCM, Cordeiro AF,
Maciel CJ, Gusmão SN. Craniotomia descompressiva para
tratamento precoce da hipertensão intracraniana traumática.
Arq Neuropsiquiatr. 2005;63(2b):508-13. doi: 10.1590/
s0004-282x2005000300026
Wilke M, Grube R. Update on management options in the
treatment of nosocomial and ventilator assisted pneumonia:
review of actual guidelines and economic aspects of therapy.
Infect Drug Resist. 2013;2014(7):1-7. doi: 10.2147/idr.s25985
Bazarian JJ, McClung J, Shah MN, Cheng YT, Flesher W, Kraus J.
Mild traumatic brain injury in the United States, 1998-2000. Brain
Inj. 2005;19(2):85-91. doi: 10.1080/02699050410001720158
Rubinstein E, Stryjewski ME, Barriere SL. Clinical utility of
telavancin for treatment of hospital-acquired pneumonia:
focus on non-ventilator-associated pneumonia. Infect Drug
Resist. 2014;7:129-35. doi: 10.2147/idr.s25930
Carlson AP, Ramirez P, Kennedy G, McLean AR, Murray-Krezan C,
Stippler M. Low rate of delayed deterioration requiring surgical
treatment in patients transferred to a tertiary care center for
mild traumatic brain injury. Neurosurg Focus. 2010;29(5):E3.
doi: 10.3171/2010.8.focus10182
Joseph B, Pandit V, Aziz H, Kulvatunyou N, Zangbar B, Green
DJ, et al. Mild traumatic brain injury defined by Glasgow
Coma Scale: is it really mild? Brain Inj. 2015;29(1):11-6. doi:
3109/02699052.2014.945959
Moore MM, Pasquale MD, Badellino M. Impact of age and
anticoagulation: need for neurosurgical intervention in trauma
patients with mild traumatic brain injury. J Trauma Acute Care
Surg. 2012;73(1):126-30. doi: 10.1097/TA.0b013e31824b01af
Albanèse J1, Leone M, Alliez JR, Kaya JM, Antonini F, Alliez B,
et al. Decompressive craniectomy for severe traumatic brain
injury: evaluation of the effects at one year. Crit Care Med.
;31(10):2535-8. doi: 10.1097/01.ccm.0000089927.67396.f3
Andriessen TM, Horn J, Franschman G, van der Nalt, Haitsma
I, Jacobs B, et al. Epidemiology, severity classification, and
outcome of moderate and severe traumatic brain injury: a
prospective multicenter study. J Neurotrauma. 2011;28(10):2019-
doi: 10.1089/neu.2011.2034
Hoffmann M, Lehmann W, Rueger JM, Lefering R. Introduction of
a novel trauma score. J Trauma Acute Care Surg. 2012;73(6):1607-
doi: 10.1097/ta.0b013e318270d572
Nott MT, Gates TM, Baguley IJ. Age-related trends in late
mortality following traumatic brain injury: a multicentre
inception cohort study. Australas J Ageing. 2015;34(2):[6 p.].
doi: 10.1111/ajag.12151
El-Matbouly M, El-Menyar A, Al-Thani H, Tuma M, El-Hennawy
H, AbdulKahman H, et al. Traumatic brain injury in Qatar: age
matters: insights from a 4-year observational study. Sci World
J. 2013;2013:[6 p.]. doi: 10.1155/2013/354920
Brown AW, Leibson CL, Mandrekar J, Ransom JE, Malec JF.
Long-term survival after traumatic brain injury: a populationbased analysis controlled for nonhead trauma. J Head Trauma
Rehabil. 2014;29(1):[8 p.]. doi: 10.1097/htr.0b013e318280d3e6
Rincon-Ferrari MD, Flores-Cordero JM, Leal-Noval SR, MurilloCabezas F, Cayuelas A, Muñoz-Sánchez MA, et al. Impact
of ventilator-associated pneumonia in patients with severe
head injury. J Trauma. 2004;57(6):1234-40. doi: 10.1097/01.
ta.0000119200.70853.23
Wang KW, Chen HJ, Lu K, Liliang PC, Huang CK, Tang PL, et
al. Pneumonia in patients with severe head injury: incidence,
risk factors, and outcomes. J Neurosurg. 2013;118(2):358-63.
doi: 10.3171/2012.10.jns127
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.