Análise comparativa da força dos músculos respiratórios em indivíduos saudáveis no solo e na piscina

Autores

  • Nycolle Elize Fernandes Sandi Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) – Canoas (RS), Brasil
  • Luciano Dondé da Silva Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Canoas/RS. Brasil https://orcid.org/0000-0002-1174-8634

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/17761325022018

Palavras-chave:

Hidroterapia, Imersão, Sistema Respiratório, Testes de Função Respiratória

Resumo

A força dos músculos respiratórios é avaliada pela manovacuometria, que fornece duas medidas: força muscular inspiratória e força muscular expiratória. Durante imersão em uma piscina, a função pulmonar é alterada de modo a interferir no comprimento e nas atividades dos músculos respiratórios. O objetivo deste estudo é analisar e comparar a força muscular respiratória, em indivíduos saudáveis, exercida em solo e na piscina terapêutica com o tórax submerso na água. O estudo foi do tipo observacional descritivo transversal, realizado entre os meses de agosto e novembro de 2016. Participaram 24 acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) de Canoas, avaliados pela manovacuometria no solo e na piscina. Quando compararam-se as pressões inspiratórias, observou-se que após um minuto com o tórax em imersão não houve diferença estaticamente significante em relação ao solo. Entretanto, ao final do período de 20 minutos em imersão, houve um aumento significativo da pressão inspiratória. Já para a pressão expiratória, a diferença entre as condições analisadas não foi expressiva. Um valor de p<0,05 foi considerado como estatisticamente significante. Concluímos que a permanência de 20 minutos com o tórax em imersão em água aquecida aumentou a força muscular inspiratória e não modificou a força muscular expiratória.

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Publicado

2018-07-07

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Análise comparativa da força dos músculos respiratórios em indivíduos saudáveis no solo e na piscina. (2018). Fisioterapia E Pesquisa, 25(2), 182-187. https://doi.org/10.1590/1809-2950/17761325022018