Efeitos da crioterapia associada à cinesioterapia e da estimulação elétrica em pacientes hemiparéticos espásticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/18037126022019

Palavras-chave:

Acidente Vascular Encefálico, Crioterapia, Espasticidade Muscular, Estimulação Elétrica

Resumo

A espasticidade causada pelo acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de incapacidade funcional no membro superior. O objetivo do estudo foi verificar o efeito da crioterapia associada à cinesioterapia e da estimulação elétrica na capacidade de preensão palmar do membro espástico de pacientes com AVE na fase crônica. Participaram do estudo 40 pacientes com idade média de 60,5 (±9,45) anos e hemiparesia espástica, divididos aleatoriamente em grupo A (GA): submetidos à crioterapia nos músculos flexores de punho e cinesioterapia nos músculos flexores e extensores de punho; e grupo B (GB): submetidos à estimulação elétrica nos músculos extensores de punho. A capacidade de preensão palmar foi avaliada por meio de um dinamômetro de bulbo antes, depois de 16 atendimentos e um mês após o término do tratamento. Os resultados demonstraram que houve aumento da capacidade de preensão palmar no GA (p=0,0244) e GB (p=0,0144) após o tratamento, com manutenção um mês após seu término (p=0,6002 e 0,3066 respectivamente), sem diferença estatística entre estes. Os achados apontam que ambos os recursos terapêuticos foram eficazes para o aumento da capacidade de preensão palmar dos participantes do estudo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Zamberlan AL, Kerppers II. Mobilização neural como recurso

fisioterapêutico na reabilitação de pacientes com acidente

vascular encefálico: revisão. Rev Salus. 2007;1(2):185-92.

Kozak D; Ilzecka J. Rehabilitation of patients after stroke. Ann

Univers Maria e Curie: Sklodowska. Lublin. 2008:63(2):134-41.

doi: 10.2478/v10079-008-0063-6

Jimenez-Caballero PE, Lopez-Espuela F, Portilla-Cuenca JC,

Pedrera-Zamorano JD, Jiménez-Gracia MA, Lavado-Garcia JM,

et al. Valoración de las actividades instrumentales de la vida

diária tras un ictus mediante la escala de Lawton y Brody. Rev

Neurol. 2012;55(6):337-42.

Newsam CJ, Baker L. Effect of an electric stimulation facilitation

program on quadriceps motor unit recruitment after stroke.

Arch Phys Med Rehab. 2004;85:2040-45. doi: 10.1016/j.

apmr.2004.02.029

Glanz M, Klawansky S, Stason W, Berkey C, Chalmers TC.

Functional electrostimulation in post-stroke rehabilitation: a

meta-analysis of the randomized controlled trials. Arch Phys Med

Rehab. 1996;77:549-53. doi: 10.1016/S0003-9993(96)90293-2

Rosamond W, Flegal K, Friday G, Furie K, Go A, Greelund K, et

al. Heart disease and stroke statistics – 2007 update: a report

from the American Heart Association statistics committee and

stroke statistics subcommittee. Circulation. 2007;115:69-171.

doi: 10.1161/circulationaha.106.179918

Powel J, Pandyan AD, Granat M, Cameron M, Stott D. Electrical

stimulation of wrist extensors in post stroke hemiplegia. Stroke.

;30:1384-9. doi: 10.1161/str.30.7.1384

Alon G, Levitt A, Mccarthy PA. Functional electrical stimulation

enhancement of upper extremity functional recovery during

stroke rehabilitation: a pilot study. Neurorehabil Neural Repair.

;21(3):207-15. doi: 10.1177/1545968306297871

Cauraugh J, Light K, Kim S, Thigpen M, Behrman A. Chronic

motor dysfunction after stroke: recovering wrist and finger

extension by electromyography-triggered neuromuscular

stimulation. Stroke. 2000;31:1360-4. doi: 10.1161/str.31.6.1360

Pasternak-Mladzka I, Dobaczewska R, Otreba D, Mladzki Z.

Selection of physiotherapeutic methods and their effectiveness

in rehabilitation of spastic hand in post-stroke patients. Med

Rehab. 2006;10(3):15-28.

Chen HM, Chen CC, Hsueh IP, Huang SL, Hsieh CL. Test-retest

reproducibility and smallest real difference of 5 hand function

tests in patients with stroke. Neurorehabil Neural Repair.

;23(5):435-40. doi: 10.1177/1545968308331146

Rosche J. Treatment of spasticity. Spinal Cord. 2002;40:261-2.

doi: 10.1038/sj.3101313

Lianza S, Pavan K, Lourenço AF, Fonseca AP, Leitão AV, Musse

CAI, et al. Diagnóstico e tratamento da espasticidade. Soc Bra

Med Fís Reabil. 2001;1-12.

Robertson V, Ward A, Low J, Reed A. Eletroterapia explicada:

princípios e prática. São Paulo: Elsevier; 2009. 334 p.

Fonseca APC, Jakaitis F, D’Andreia-Greve JM, Pavan K,

Lourenção MIP, Gal PLM, et al. Espasticidade: tratamento por

meio da medicina física. projeto diretrizes. Soc Bra Med Fís

Reabil. 2006;1-11.

Leitão AV, Musse CAI, Granero LHM, Rosseto R, Pavan K, Lianza S.

Espasticidade: avaliação clínica. Soc Bra Med Fís Reabil. 2006;1-8.

Gomez-Soriano J, Cano-de-la-Cuerda R, Muñoz-Hellin E,

Ortiz-Gutierrez R, Taylor JS. Valoración y cuantificación de la

espasticidad: revisión de los métodos clínicos, biomecánicos

y neurofisiológicos. Rev Neurol. 2012;55(4):217-26.

Garcia-Pastor A. Conocimiento del estado vascular para la toma

de decisiones terapeuticas en el ictus isquemico agudo: cual es

el papel de la neurosonologia? Rev Neurol. 2013;56(1):35-42.

Mateos-Rodriguez AA. Atención extrahospitalaria del ictus

[carta]. Rev Neurol. 2012;55(5):319.

Rodrigues JE, Sa, MS, Alouche SR. Perfil dos pacientes

acometidos por AVE tratados na clínica escola de fisioterapia

da Umesp. Rev Neurocienc. 2004;12(3):117-22.

Trocoli TO, Furtado C. Fortalecimento muscular em

hemiparéticos crônicos e sua influência no desempenho

funcional. Rev Neurocienc. 2009:17(4):336-41.

Barato G, Fernandes T, Pacheco M, Bastos VH, Machado S,

Mello MP, et al. Plasticidade cortical e técnicas de fisioterapia

neurológica na ótica da neuroimagem. Rev Neurocienc.

:17(4):342-8.

Sanya AO, Bello, AO. Effects of cold application on isometric

strength and endurance of quadriceps femoris mucle. Afr J

Med Med Sci. 1999;28(3-4):195-8.

Cornwall MW. Effect of temperature on muscle force

and rate of muscle force production in men and women.

J Orthop Sports Phys Ther. 1999;20(2):74-80. doi:

2519/jospt.1994.20.2.74

Vivancos-Matellano F, Pascual-Pascual SI, Nardi-Vilardaga J,

Miquel-Rodriguez F, Miguel-Leon I, Martinez-Garre MC, et al.

Guía del tratamiento integral de la espasticidad. Rev Neurol.

;45(6):365-75.

Harlaar EM, Delisa JA, Soine TL. Nerve conduction studies in

upper extremities: skin temperature corrections. Arch Phys

Med Rehabil. 1983;64(9):412-6.

Cameron MH. Physical agents in rehabilitation: from research

to practice. Philadelphia: W.B. Saunders Company; 2013.

Nuyens GE, Weerdt WJD, Spaepen Jr AJ, Kiekens C, Feys

HM. Reduction of spastic hypertonia during repeated passive

knee movements in stroke patients. Arch Phys Med Rehabil.

;83:930-35. doi: 10.1053/apmr.2002.33233

Fowler EG, Ho TW, Nwigwe AI, Dorey FJ. The effect of quadriceps

femoris muscle strengthening exercises on spasticity in

children with cerebral palsy. Phys Ther. 2001;1(6):1215-23. doi:

1093/ptj/81.6.1215

Lima MO, Lima FPS, Freitas STT, Ribeiro SR, Tortoza C, Lucareli

JG, et al. Efecto de la estimulación eléctrica neuromuscular

y de los ejercicios isotônicos em los músculos flexores y

extensores de la rodilla em pacientes hemipléjicos. Rev Neurol.

;46(3):135-8.

Wang JS, Chen, SY, Lan C, Wong MK, Lai JS. Neuromuscular

electric stimulation enhances endothelial vascular control

and hemodynamic function in paretic upper extremities of

patients with stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2004;56:1112-6.

doi: 10.1016/j.apmr.2003.11.027

Mangold S, Keller T, Curt A, Dietz V. Transcutaneous functional

electrical stimulation for grasping in subjects with cervical spinal

cord injury. Spinal Cord. 2005;43:1-13. doi: 10.1038/sj.sc.3101644

Sullivan JE, Hedman LD. Effects of home-based sensory and

motor amplitude electrical stimulation on arm dysfunction

in chronic stroke. Clin Rehabil. 2007;21:142-50. doi:

1177/0269215506071252

Publicado

2019-05-05

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Efeitos da crioterapia associada à cinesioterapia e da estimulação elétrica em pacientes hemiparéticos espásticos. (2019). Fisioterapia E Pesquisa, 26(2), 185-189. https://doi.org/10.1590/1809-2950/18037126022019