Relação entre independência funcional e força de preensão manual em pacientes adultos atendidos em cuidados intermediários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/20010727042020

Palavras-chave:

Debilidade Muscular, Força da Mão, Atividades Cotidianas

Resumo

Pacientes que recebem alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passam para a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) mostram comprometimento de funcionalidade e de força muscular. Nesse contexto, o objetivo foi descrever a relação entre independência funcional e a força de preensão manual em pacientes adultos na UCI. Este é um estudo analítico, correlacional e prospectivo em que são comparados pacientes admitidos em cuidados intermediários após permanência de mais de 24 horas em terapia intensiva, com suporte ventilatório invasivo ou não invasivo. O Índice de Barthel e a dinamometria manual foram utilizados na admissão e na alta do cuidado intermediario de 69 pacientes, 62,3% homens (com idade média de 63 anos e permanência em cuidados intermediários por 5 dias). Na admissão ao cuidado intermediário, 31,9% tinham dependência completa e 66,7% dependência grave. As categorias mais comprometidas foram o uso do banheiro e das escadas. Vestir-se foi a atividade que apresentou maior melhora (admissão 24,6%, alta 82,5%). Na admissão, as mulheres apresentaram força de preensão manual de 6,7±1,8kg; os homens, de 10,2±2,5kg (p=0,000). Na alta, as mulheres apresentaram média de 12,3±4,4kg; os homens, 19,3±6,6kg (p=0,000). Foi identificada uma relação positiva entre a funcionalidade e a força de preensão na admissão - (r=0,4) e (p=0,000) -, mantida na alta - (r=0,6) e (p=0,000). A relação positiva entre funcionalidade e força de preensão destaca a importância dessas medidas para continuar a reabilitação pós-UTI.

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Publicado

2020-09-05

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Relação entre independência funcional e força de preensão manual em pacientes adultos atendidos em cuidados intermediários. (2020). Fisioterapia E Pesquisa, 27(4), 399-404. https://doi.org/10.1590/1809-2950/20010727042020