Perfil sociodemográfico e qualidade de vida de mulheres com doenças cardiovasculares e respiratórias: estudo de base populacional

estudio poblacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/20025528022021

Palavras-chave:

Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Mulheres, Doenças Respiratórias, Doenças Cardiovasculares, Qualidade de Vida

Resumo

O objetivo do estudo é descrever o perfil de três grupos de mulheres: aparentemente saudáveis (não doentes-ND); com doenças cardiovasculares (DC); e com doenças respiratórias (DR) crônicas. A pesquisa comparou esses grupos conforme variáveis sociodemográficas (faixa etária, escolaridade, etnia e renda familiar) e dados sobre qualidade de vida (QV), segundo domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Este estudo é caracterizado como quantitativo, analítico, observacional e transversal de base populacional, com informações extraídas do Inquérito de Saúde da Mulher, realizado na cidade de Uberaba-MG. Foram entrevistadas 1.387 mulheres, com o objetivo de coletar informações sobre DC, DR, idade, escolaridade, etnia e renda familiar. A QV foi estudada por
meio do WHOQOL – Bref, segundo os quatro domínios. Foi realizado levantamento estatístico, descritivo e inferencial. Identificou-se que o grupo com DC é formado por mulheres
com idade a partir de 50 anos e baixa escolaridade, em oposição ao grupo de mulheres com DR, que são mais jovens e possuem escolaridade superior. Quanto à QV, as mulheres com DC (31,65%) apresentaram níveis inferiores em relação às mulheres com DR (19,10%), nos domínios: físico (50,6;54,0;<0,0001), psicológico (55,1;58,7;<0,0001), relações sociais (75,8;77,2;0,0055) e meio ambiente (41,7;43,0;0,0173), valores em média. Portanto, o domínio de QV que obteve menor pontuação para todos os grupos foi o meio ambiente e as mulheres com DC apresentaram valores mais baixos, estatisticamente significativos, para todas as categorias.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

World Health Organization. Noncommunicable diseases

[Internet]. Geneva: WHO; 2018 [cited 2018 Jun 1]. Available

from: http://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/

noncommunicable-diseases

World Health Organization. Global status report on

noncommunicable diseases 2010. Geneva: WHO; 2011.

Ali MK, Jaacks LM, Kowalski AJ, Siegel KR, Ezzati M.

Noncommunicable diseases: three decades of global data

show a mixture of increases and decreases in mortality

rates. Health aff (Millwood). 2015;34(9):1444-55. doi: 10.1377/

hlthaff.2015.0570.

Malta DC, Stopa SR, Szwarcwald CL, Gomes NL, Silva JB Jr, Reis

AAC. Surveillance and monitoring of major chronic diseases in

Brazil-National Health Survey. Rev Bras Epidemiol. 2015;18(2):3-

doi: 10.1590/1980-5497201500060002.

Datasus. Morbidade hospitalar do SUS [Internet]. Rio de Janeiro:

Coordenação Geral de Disseminação de Informações em Saúde;

[cited 2021 Jul 30]. Available from: http://tabnet.datasus.

gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def

Duncan BB, Chor D, Aquino EML, Bensenor IM, Mill JG, Schmidt

MI, et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: priorities

for disease management and research. Rev Saude Publica.

;46(1):126-34. doi: 10.1590/S0034-89102012000700017.

Henriques IF, Walsh IAP, Meirelles MCCC, Pereira GA, Castro

SS. Relation of common mental disorder, physical activity and

body mass index in women, population-based study. J Phys

Educ. 2017;28(1):e2819. doi: 10.4025/jphyseduc.v28i1.2819.

Fleck MP, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos

L, et al. Application of the Portuguese version of the abbreviated

instrument of quality life WHOQOL-bref. Rev Saude Publica.

;34(2):178-83. doi: 10.1590/s0034-89102000000200012.

Silva VM, Pereira IVS, Rocha MJL, Caldeira AP. Morbidity

in users of family health teams in the northeast of

Minas Gerais based on the International Classification of

Primary Care. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(4):954-67. doi:

1590/1809-4503201400040013.

Di Giosia P, Giorgini P, Stamerra CA, Petrarca M, Ferri C, Sahebkar

A. Gender differences in epidemiology, pathophysiology, and

treatment of hypertension. Curr Atheroscler Rep. 2018;20(3):13.

doi: 10.1007/s11883-018-0716-z.

Meyer MR, Fredette NC, Howard TA, Hu CJ, Chinnasamy R,

Amann K, et al. G Protein-coupled estrogen receptor protects

from atherosclerosis. Sci Rep. 2014;4(1):7564. doi: 10.1038/

srep07564.

Brannon L, Updegraff JA, Feist J. Health psychology : an

introduction to behavior and health. Wadsworth: Cengage

Learning; 2010.

Malta DC, Moura L, Bernal RTI. Differentials in risk factors

for chronic non-communicable diseases from the race/

color standpoint. Cien Saude Colet. 2015;20(3):713-25. doi:

1590/1413-81232015203.16182014.

Tüzün H, Aycan S, İlhan MN.Impact of Comorbidity and

Socioeconomic Status on Quality of Life in Patients with Chronic

Diseases who Attend Primary Health Care Centres. Cent Eur

J Public Health. 2015;23(3):188-94. doi: 10.21101/cejph.a3990.

Virtuoso JS Jr, Guerra RO. Fatores associados às limitações

funcionais em idosas de baixa renda. Rev Assoc Med Bras.

;54(5):430-5. doi: 10.1590/S0104-42302008000500017.

Abegunde DO, Mathers CD, Adam T, Ortegon M, Strong K.

The burden and costs of chronic diseases in low-income and

middle-income countries. Lancet. 2007;370(9603):1929-38.

doi: 10.1016/S0140-6736(07)61696-1.

Hamm LF, Wenger NK, Arena R, Forman DE, Lavie CJ, Miller

TD, et al. Cardiac rehabilitation and cardiovascular disability.

J Cardiopulm Rehabil Prev. 2013;33(1):1-11. doi: 10.1097/

HCR.0b013e31827aad9e.

Silva CCBM, Xavier RF, Carvalho CRF. Reabilitação

pulmonar no Brasil. Fisioter Pesqui. 2017;24(4):347-8. doi:

1590/1809-2950/00000024042017.

Neves LF, Reis MH, Gonçalves TR. Home or communitybased pulmonary rehabilitation for individuals with chronic

obstructive pulmonary disease: a systematic review and

meta-analysis. Cad Saude Publica. 2016;32(6):e00085915.

doi: 10.1590/0102-311X00085915.

Publicado

2023-02-23

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Perfil sociodemográfico e qualidade de vida de mulheres com doenças cardiovasculares e respiratórias: estudo de base populacional: estudio poblacional. (2023). Fisioterapia E Pesquisa, 28(2), 208-213. https://doi.org/10.1590/1809-2950/20025528022021