A eletroterapia pode aprimorar o efeito de exercícios cinesiofuncionais no tratamento da dor lombar inespecífica crônica?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/20022028032021

Palavras-chave:

Fisioterapia, Estimulação Elétrica, Terapia por Exercício, Dor Lombrar

Resumo

O presente estudo teve como objetivo comparar o efeito de um protocolo de exercícios cinesiofuncionais (ECF) isolados ou associados a corrente interferencial (CI) ou corrente aussie (CA), sobre a intensidade da dor, a mobilidade/flexibilidade, a funcionalidade e a qualidade de vida (QV) de indivíduos com dor lombar inespecífica crônica. Trata-se de um ensaio clínico não randomizado, em que foram selecionados 42 sujeitos aleatorizados em três grupos: GI (treinamentos cinesiofuncional; n=14), GII (treinamentos cinesiofuncional + CI; n=14) e GIII (treinamento cinesiofuncional + CA; n=14). Os indivíduos foram submetidos a dez sessões de tratamento ao longo de 5 semanas e foram avaliados pré e pós-intervenção, usando escala visual analógica de dor (EVA); avaliação da QV pelo questionário SF-36; avaliação da mobilidade/flexibilidade lombar pelo teste de Schober modificado e o teste de sentar e alcançar com o banco de Wells; avaliação da incapacidade funcional através do índice Oswestry; e, para os aspectos depressivos, inventário de depressão de Beck (IDB). Na reavaliação, percebeu-se que houve melhora significativa em todos os grupos experimentais na intensidade da dor (p<0,0001) e na mobilidade/flexibilidade. No SF-36, verificamos que apenas os indivíduos tratados com exercícios associados à corrente elétrica apresentaram melhora dos domínios capacidade física, aspectos físicos e dor. A avaliação do IDB não apresentou modificações pré e pós-intervenção. Concluise que a associação das técnicas terapêuticas apresentou maior benefício aos indivíduos da amostra, uma vez que produziu melhora sobre as variáveis avaliadas, como dor, mobilidade/flexibilidade e qualidade de vida.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Airaksinen O, Brox JI, Cedraschi C, Hildebrandt J, KlaberMoffett J, Kovacs F, et al. European guidelines for the management of chronic nonspecific low back pain. Eur Spine J. 2006;15(Suppl 2):s192-s300. doi: 10.1007/s00586-006-1072-1.

O’Sullivan P. Diagnosis and classification of chronic low back pain disorders: maladaptive movement and motor control impairments as underlying mechanism. Man Ther.

;10(4):242-55. doi: 10.1016/j.math.2005.07.001.

Waddell G. 1987 Volvo award in clinical sciences: a new clinical model for the treatment of low-back pain. Spine J. 1987;12(7):632-44. doi: 10.1097/00007632-198709000-00002.

Global Burden of Disease Study 2013 Collaborators. Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries

in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet. 2015;386(9995):743-800. doi: 10.1016/S0140-6736(15)60692-4.

Norris C, Matthews M. The role of an integrated back stability program in patients with chronic low back pain. Complement Ther Clin Pract. 2008;14(4):255-63. doi: 10.1016/j.

ctcp.2008.06.001.

Amit K, Manish G, Taruna K. Effect of trunk muscles stabilization exercises and general exercises on pain in recurrent non specific low back ache. Int Res J Med Sci. 2013;1(1):23-6.

Coulombe BJ, Games KE, Neil ER, Eberman LE. Core Stability Exercise Versus General Exercise for chronic low back pain. J Athl Train. 2017 Jan;52(1):71-2. doi: 10.4085/1062-6050-51.11.16.

Franco YRS, Liebano RE, Moura KF, Oliveira NTB, Miyamoto GC, Santos MO, et al. Efficacy of the addition of interferential current to Pilates method in patients with low back pain: a

protocol of a randomized controlled trial. BMC Musculoskelet Disord. 2014;15:420. doi: 10.1186/1471-2474-15-420.

Fuentes JP, Armijo Olivo S, Magee DJ, Gross DP. Effectiveness of interferential current therapy in the management of musculoskeletal pain: a systematic review and meta-analysis. Phys Ther. 2010;90(9):1219-38. doi: 10.2522/ptj.20090335.

Firmino T, Esteves J. Influência da corrente interferencial na dor induzida pelo alongamento dos músculos isquio-tibiais. Rev Port Fisiot Desport [Internet]. 2007[cited 2021 Sep 28];1(1):25-31. Available from: https://bit.ly/3uoa8GO

Ward AR, Chuen WLH. Lowering of sensory, motor, and paintolerance thresholds with burst duration using kilohertzfrequency alternating current electric stimulation: part II. Arch Phys Med Rehabil. 2009;90(9):1619-27. doi: 10.1016/j.apmr.2009.02.022.

Ward AR, Oliver WG, Buccella D. Wrist extensor torque production and discomfort associated with low-frequency and burst-modulated kilohertz-frequency currents. Phys Ther. 2006;86(10):1360-67. doi: 10.2522/ptj.20050300.

Adorno MLGR, Brasil-Neto JP. Avaliação da qualidade de vida com o instrumento SF-36 em lombalgia crônica. Acta Ortop Bras. 2013;21(4):202-7. doi: 10.1590/S1413-78522013000400004.

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999;39(3):143-50.

Briganó JU, Macedo CSG. Análise da mobilidade lombar e influência da terapia manual e cinesioterapia na lombalgia. Semina Cienc Biol Saude. 2005;26(2):75-82. doi: 10.5433/1679-0367.2005v26n2p75.

Vigatto R, Alexandre NMC, Correa Filho HR. Development of a Brazilian Portuguese version of the Oswestry Disability Index: cross-cultural adaptation, reliability, and validity. Spine

J. 2007;32(4):481-6. doi: 10.1097/01.brs.0000255075.11496.47.

Gorestein C, Andrade LHSG. Inventário de depressão de Beck: propriedades psicométricas da versão em português. Rev Psiquiatr Clin. 1998;25(5):245-50.

Beck AT, Steer RA, Carbin MG. Psychometric properties of the Beck Depression Inventory: twenty-five years of evaluation. Clin Psychol Rev. 1988;8(1):77-100. doi: 10.1016/0272-7358(88)90050-5.

Facci LM, Nowotny JP, Tormem F, Trevisani VFM. Effects of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and interferential currents (IFC) in patients with nonspecific chronic

low back pain: randomized clinical trial. Sao Paulo Med J. 2011;129(4):206-16. doi: 10.1590/s1516-31802011000400003.

Johnson MI, Ashton CH, Bousfield DR, Thompson JW. Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electrical nerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects.

Pain. 1989;39(2):231-6. doi: 10.1016/0304-3959(89)90010-9.

Danneels LA, Vanderstraeten GG, Cambier DC, Witvrouw EE, Cuyper HJ, Danneels L. CT imaging of trunk muscles in chronic low back pain patients and healthy control subjects. Eur Spine

J. 2000;9:266-272. doi: 10.1007/s005860000190.

Agharezaee M, Mahnam A. A computational study to evaluate the activation pattern of nerve fibers in response to interferential currents stimulation. Med Biol Eng Comput. 2015;53(8):713-20. doi: 10.1007/s11517-015-1279-6.

Jin H-K, Hwang T-Y, Cho S-H. Effect of electrical stimulation on blood flow velocity and vessel size. Open Med. 2017;12(1):5-11. doi: 10.1515/med-2017-0002.

Artioli DP, Bertolini GRF. Corrente interferencial vetorial: aplicação, parâmetros e resultados. Rev Bras Clin Med [Internet]. 2012 [cited 20 Sep 28];10(1):51-6. Available from:

https://bit.ly/3oi62Pk

Agharezaee M, Mahnam A. A computational study to evaluate the activation pattern of nerve fibers in response to interferential currents stimulation. Med Biol Eng Comput. 2015;53(8):713-20. doi: 10.1007/s11517-015-1279-6.

Albornoz-Cabello M, Maya-Martín J, Domínguez-Maldonado G, Espejo-Antúnez L, Heredia-Rizo AM. Effect of interferential current therapy on pain perception and disability level in subjects

with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2017;31(2):242-9. doi: 10.1177/0269215516639653.

Karvat J, Antunes JS, Bertolini GRF. Corrente interferencial como forma de tratamento em pacientes com dor lombar. Pub UEPG Ci Biol Saude. 2016;22(1):7-13. doi: 10.5212/Publ.

Biologicas.v.22i1.0001.

Ward AR, Lucas-Toumbourou S. Lowering of sensory, motor, and pain-tolerance thresholds with burst duration using kilohertz-frequency alternating current electric stimulation.

Arch Phys Med Rehabil. 2009;88(8):1036-41. doi: 10.1016/j. apmr.2007.04.009.

Ward AR, Lucas-Toumbourou S, McCarthy B. A comparison of the analgesic efficacy of medium-frequency alternating current and TENS. Physiotherapy. 2009;95(4):280-8. doi: 10.1016/j. physio.2009.06.005.

Silva EPR, Silva VR, Bernardes AS, Matuzawa F, Liebano RE. Segmental and extrasegmental hypoalgesic effects of low-frequency pulsed current and modulated kilohertzfrequency currents in healthy subjects: randomized clinical trial. Physiother Theory Pract. 2021;37(8):916-25. doi: 10.1080/09593985.2019.1650857.

Lara-Palomo IC, Aguilar-Ferrándiz ME, Matarán-Peñarrocha GA, Saavedra-Hernández M, Granero-Molina J, Fernández-Sola C, et al. Short-term effects of interferential current electromassage in adults with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2013;27(5):439-49. doi: 10.1177/0269215512460780.

Koç M, Bayar B, Bayar K. A Comparison of Back Pain Functional Scale with Roland Morris Disability Questionnaire, Oswestry Disability Index, and Short Form 36-Health Survey. Spine J.

;43(12):877-82. doi: 10.1097/BRS.0000000000002431.

Gonçalves DIP, Souza JA, Santos ML, Ramos NE, Venturini C. Avaliação da mobilidade da coluna lombar e do desempenho funcional de indivíduos com lombalgia. Sinapse Mult.

;5(2):100.

Publicado

2023-02-23

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

A eletroterapia pode aprimorar o efeito de exercícios cinesiofuncionais no tratamento da dor lombar inespecífica crônica?. (2023). Fisioterapia E Pesquisa, 28(3), 284-290. https://doi.org/10.1590/1809-2950/20022028032021