Fisioterapia após cirurgia para câncer de mama: melhora a amplitude de movimento e a dor ao longo do tempo
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/21001929012022PTPalavras-chave:
Neoplasias da Mama, Mastectomia, Dor, Fisioterapia, Amplitude de Movimento ArticularResumo
O tratamento do câncer de mama pode prejudicar a amplitude de movimento (ADM) e causar dor no membro superior (MS) homolateral. O objetivo deste estudo foi comparar a ADM, a intensidade e caracterização da dor no MS homolateral à cirurgia entre as 1ª, 10ª e 20ª sessões de fisioterapia, além de correlacionar estas variáveis. Foi conduzido um ensaio clínico autocontrolado envolvendo 49 mulheres após cirurgia para câncer de mama com queixa de dor no MS. A ADM foi avaliada pela goniometria e o MS contralateral adotado como controle. A intensidade de dor foi avaliada pela escala visual analógica (EVA) e caracterizada pelo questionário McGill, obtendo-se o número de palavras escolhidas (NWC) e do índice de avaliação da dor (PRI). Verificou-se aumento significativo da ADM do MS homolateral ao longo das 20 sessões. Comparando o MS homolateral com o controle, somente a abdução não melhorou significativamente após a 20ª sessão. Observou-se uma redução significativa da intensidade de dor, do PRI e NWC entre a 1ª e 10ª e entre a 1ª e 20ª sessão. As categorias sensorial e avaliativa também diminuíram significativamente. Encontrou-se correlação significativa entre EVA, PRI e NWC na 10ª e 20ª sessão. A fisioterapia aumentou a ADM, reduziu a dor no MS homolateral e menos palavras foram escolhidas para caracterizar a dor. Melhoras expressivas são observadas no início do tratamento e ganhos adicionais ao longo do tempo. Exercícios para flexão, abdução e rotação externa bilaterais devem ser enfatizados.
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