Treinamento muscular inspiratório na qualidade de vida e capacidade funcional na cardiotoxicidade: estudo de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/220082180522PT

Palavras-chave:

Antraciclinas, Insuficiência Cardíaca, Oncologia, Pressões Respiratórias Máximas

Resumo

Pacientes oncológicos desenvolvem frequentes problemas cardíacos devido a toxidade dos quimioterápicos, com consequente impacto na capacidade funcional (CF) e na qualidade de vida (QV). O Treinamento Muscular Inspiratório (TMI) pode ser um recurso terapêutico viável, já que estudos de causa-efeito demonstraram melhora da CF e QV em outras populações. Contudo, seu efeito ainda não foi avaliado em pacientes cardio-oncológicos. Descrever o efeito de um programa de TMI sobre a CF e QV de uma paciente com cardiotoxicidade. LDM, 41 anos, mulher e sedentária, desenvolveu insuficiência cardíaca após tratamento quimioterápico. A QV foi avaliada pelo teste de Minessota. Avaliados também a Força Muscular Inspiratória Dinâmica (S-Index) e Limiar Glicêmico (LG) dos músculos inspiratórios. O LG foi determinado pela glicemia capilar através do glicosímetro digital (Accu-Chek - Roche), no menor valor da glicemia da carga correspondente ao Teste Muscular Inspiratório Incremental (TMII). A progressão da carga foi realizada a cada duas semanas. Ao final dos 2 meses, todos os testes foram reaplicados. No teste de Minessota os valores relacionados a CF, inicial e pós TMI, foram de 36 Vs 8 (melhora de 78%), os aspectos clínicos e psicológicos de 32 Vs 7 (melhora de 78%), a S-Index de 41 Vs 51cmH2O (melhora de 24%).  O TMI melhorou a CF e a QV de uma paciente cardio-oncológica, configurando-se como um possível recurso terapêutico viável para essa população.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Kalil Filho R, Hajar LA, Bacal F, Hoff PM, Diz M del P, et al. I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2011, v.96, n. 2 suppl 1, pp. 01-52. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0066-782X2011000700001.

Bosnak-Guclu M, Arikan H, Savci S, Inal-Ince D, Tulumen E, Aytemir K, Tokgözoglu L. Effects of inspiratory muscle training in patients with heart failure. Respir Med. 2011;105(11):1671-81. doi: 10.1016/j.rmed.2011.05.001.

Oliveira FTO, Petto J, Esquivel MS, Dias CMCC, Oliveira ACS, et al. Comparação da força e resistência dos músculos inspiratórios entre ativos e sedentários. Rev Pesqui Fisioter. 2018; 8(2):223-9. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i2.1926.

ATS Committee on Proficiency Standards for Clinical Pulmonary Function Laboratories. ATS statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir Crit Care Med. 2002. 1;166(1):111-7. doi: 10.1164/ajrccm.166.1.at1102. Erratum in: Am J Respir Crit Care Med. 2016.

Ribeiro JP, Chiappa GR, Callegaro CC. The contribution of inspiratory muscles function to exercise limitation in heart failure: pathophysiological mechanisms. Rev Bras Fisioter. 2012;16(4):261-7. doi: 10.1590/s1413-35552012005000034.

Plentz, RDM, Sbruzzi G, Ribeiro RA, Ferreira JB, Lago PD.. Treinamento muscular inspiratório em pacientes com insuficiência cardíaca: metanálise de estudos randomizados. Arq Bras Cardiol. 2012;.99(2):762-77. doi.org/10.1590/S0066-782X2012001100011.

Kaur J, Senador D, Krishnan AC, Hanna HW, Alvarez A, Machado TM, O'Leary DS. Muscle metaboreflex-induced vasoconstriction in the ischemic active muscle is exaggerated in heart failure. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2018;314(1):H11-H18. doi:10.1152/ajpheart.00375.2017.

Brown AD, Fogarty MJ, Sieck GC. Mitochondrial morphology and function varies across diaphragm muscle fiber types. Respir Physiol Neurobiol. 2022;295:103780. doi:10.1016/j.resp.2021.103780.

Cordeiro, ALL, Mascarenhas HC, Landerson L, Araújo JS, Melo TA, et al. Inspiratory muscle training based on anaerobic threshold on the functional capacity of patients after coronary artery bypass grafting: clinical trial. Braz J Cardiovasc Surg. 2020;35(6):942-9. doi.org/10.21470/1678-9741-2019-0448.

Publicado

2022-10-10

Edição

Seção

Estudo de Caso

Como Citar

Treinamento muscular inspiratório na qualidade de vida e capacidade funcional na cardiotoxicidade: estudo de caso . (2022). Fisioterapia E Pesquisa, 29(3), 291-295. https://doi.org/10.1590/1809-2950/220082180522PT