Instrumentos de autoavaliação da postura corporal: uma revisão de escopo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/e22017823pt

Palavras-chave:

autopercepção, Postura, Reprodutibilidade dos testes

Resumo

As terapias posturais utilizam métodos de tratamento ativo, como a autocorreção, para o alinhamento dos seguimentos corporais. É a partir da comparação da autopercepção da postura corporal antes, durante e após o trabalho em educação postural que as evidências dessa prática serão estabelecidas. Uma revisão de escopo sobre os instrumentos de avaliação da autopercepção da postura corporal, além de fomentar pesquisas, poderá guiar os profissionais nas condutas terapêuticas.
O objetivo desta revisão de escopo é identificar quais são os instrumentos existentes que avaliam a autopercepção da postura corporal, descrevendo o tipo de instrumento, suas propriedades de medição (validade e confiabilidade) e os desfechos posturais. O protocolo desta revisão foi registrado no Open Science Framework (OSF), doi: 10.17605/OSF.IO JGH8U. Foram incluídos estudos de desenvolvimento e/ou de avaliação de propriedades de medição e outros desenhos de estudo que utilizaram a autopercepção corporal estática como método de avaliação. Foram identificados 359 estudos, sendo seis deles incluídos neste estudo. Estes apresentaram dois tipos de instrumentos. As propriedades de medição foram relativas à validade (n=6) e à confiabilidade (n=5). A análise conjunta de validade e confiabilidade foi realizada por cinco estudos (83%). Os desfechos posturais avaliados foram: posição da coluna vertebral; postura das pernas e dos pés; deformidade do tronco e das costelas; e consciência da postura em geral. Foram identificados seis instrumentos que avaliam a autopercepção da postura corporal, mas apenas a escala SSFS pode ser usada em qualquer população. Até o momento, não foi identificado nenhum instrumento que avalie a autopercepção da postura corporal e que considere todos os segmentos corporais na análise.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Carvalho AMS, Pereira CSC, Ribeiro C, Marques G. Educação postural em crianças em idade escolar: revisão integrativa da literatura. Rev Port Enferm Reabil. 2020,3(2):61-7. doi: 10.33194/rper.2020.v3.n2.9.5812.

Tremblay MS, Aubert S, Barnes JD, Saunders TJ, Carson V, Latimer-Cheung AE, et al. Sedentary Behavior Research Network (SBRN) – Terminology Consensus Project process and outcome. Int J Behav Nutr Phys Act. 2017;14(1):75. doi: 10.1186/s12966-017-0525-8.

Candotti CT, Schmit EFD, Pivotto LR, Raupp EG, Noll M, Vieira A, et al. Back pain and body posture evaluation instrument for adults: expansion and reproducibility. Pain Manag Nurs. 2018;19(4):415-23. doi: 10.1016/j.pmn.2017.10.005.

Negrini S, Donzelli S, Aulisa AG, Czaprowski D, Schreiber S, Mauroy JC, et al. 2016 SOSORT guidelines: orthopaedic and rehabilitation treatment of idiopathic scoliosis during growth. Scoliosis Spinal Disord. 2018;13:3. doi: 10.1186/s13013-017-0145-8.

Miñana-Signes V, Monfort-Pañego M, Morant J, Noll M. Cross-cultural adaptation and reliability of the back pain and body posture evaluation instrument (BackPEI) to the spanish adolescent population. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(3):854. doi: 10.3390/ijerph18030854.

Cardon GM, de Clercq DLR, Geldhof EJA, Verstraete S, de Bourdeaudhuij IMM. Back education in elementary schoolchildren: the effects of adding a physical activity promotion program to a back care program. Eur Spine J. 2007;16(1):125-33. doi: 10.1007/s00586-006-0095-y.

Vicary SA, Robbins RA, Calvo-Merino B, Stevens CJ. Recognition of dance-like actions: memory for static posture or dynamic movement? Mem Cognit. 2014;42(5):755-67. doi: 10.3758/s13421-014-0395-0.

Souza EC, Ferreira APL. Influência da realidade virtual nas atividades psicomotoras e percepção corporal de escolares: estudo piloto. Rev Atenção Saúde. 2016;14(48):11-20. doi: 10.13037/ras.vol14n48.3456.

Vlaskamp C, Cuppen-Fonteine H. Reliability of assessing the sensory perception of children with profound intellectual and multiple disabilities: a case study. Child Care Health Dev. 2007;33(5):547-51. doi: 10.1111/j.1365-2214.2007.00776.x.

Haeffel GJ, Howard GS. Self-Report: psychology’s fourletter word. Am J Psychol. 2010;123(2):181-8. doi: 10.5406/amerjpsyc.123.2.0181.

Peters MDJ, Godfrey C, McInerney P, Munn Z, Tricco AC, Khalil H. Chapter 11: scoping reviews. In: Aromataris E, Munn Z, editors. JBI Manual for Evidence Synthesis. Adelaide: JBI; 2020. p. 406-51.

Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien K, Colqhound H, Levac D, et al. PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467-73. doi: 10.7326/M18-0850.

Mokkink LB, Terwee CB, Patrick DL, Alonso J, Stratford PW, Knol DL, et al. The COSMIN study reached international consensus on taxonomy, terminology, and definitions of measurement properties for health-related patient-reported outcomes. J Clin Epidemiol. 2010;63(7):737-45. doi: 10.1016/j.jclinepi.2010.02.006

Bago J, Sanchez-Raya J, Perez-Grueso FJS, Climent JM. The Trunk Appearance Perception Scale (TAPS): a new tool to evaluate subjective impression of trunk deformity in patients with idiopathic scoliosis. Scoliosis. 2010;5:6. doi: 10.1186/1748-7161-5-6.

Pineda S, Bago J, Gilperez C, Climent JM. Validity of the Walter Reed Visual Assessment Scale to measure subjective perception of spine deformity in patients with idiopathic scoliosis. Scoliosis. 2006;1:18. doi: 10.1186/1748-7161-1-18.

Li W, Ding J, Hao X, Jiang W, Song H, Tan Y. Reliability and validity of the novel self-reported spine functional scale (SSFS) in healthy participants. J Orthop Surg Res. 2021;16(1):529. doi: 10.1186/s13018-021-02620-1.

Cramer H, Mehling WE, Saha FJ, Dobos G, Lauche R. Postural awareness and its relation to pain: validation of an innovative instrument measuring awareness of body posture in patients with chronic pain. BMC Musculoskelet Disord. 2018;19(1):109. doi: 10.1186/s12891-018-2031-9.

Sanders JO, Harrast JJ, Kuklo TR, Polly DW, Bridwell KH, Diab M, et al. The Spinal Appearance Questionnaire: results of reliability, validity, and responsiveness testing in patients with idiopathic scoliosis. Spine (Phila Pa 1976). 2007;32(24):2719-22. doi: 10.1097/BRS.0b013e31815a5959.

Allart E, Paquereau J, Rogeau C, Daveluy W, Kozlowski O, Rousseaux M. Construction and pilot assessment of the lower limb function assessment scale. NeuroRehabilitation. 2014;35(4):729-39. doi: 10.3233/NRE-141171.

Grammer K, Fink B, Oberzaucher E, Atzmüller M, Blantar I, Mitteroecker P. The representation of self reported affect in body posture and body posture simulation. Coll Antropol. 2004;28(Suppl 2):159-73.

Asher MA, Min Lai S, Burton DC. Further development and validation of the Scoliosis Research Society (SRS) Outcomes Instrument. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(18):2381-6. doi: 10.1097/00007632-200009150-00018.

Matamalas A, Bagó J, D’Agata E, Pellisé F. Validity and reliability of photographic measures to evaluate waistline asymmetry in idiopathic scoliosis. Eur Spine J. 2016;25(10):3170-9. doi: 10.1007/s00586-016-4509-1.

Negrini S, Aulisa AG, Aulisa L, Circo AB, de Mauroy JC, Durmala J, et al. 2011 SOSORT guidelines: orthopaedic and rehabilitation treatment of idiopathic scoliosis during growth. Scoliosis. 2012;7(1):3. doi: 10.1186/1748-7161-7-3.

Berdishevsky H, Lebel VA, Bettany-Saltikov J, Rigo M, Lebel A, Hennes A, et al. Physiotherapy scoliosis-specific exercises–a comprehensive review of seven major schools. Scoliosis Spinal Disord. 2016;11:20. doi: 10.1186/s13013-016-0076-9.

Joern L, Kongsted A, Thomassen L, Hartvigsen J, Ravn S. Pain cognitions and impact of low back pain after participation in a self-management program: a qualitative study. Chiropr Man Therap. 2022;30(1):8. doi: 10.1186/s12998-022-00416-6.

Publicado

2023-06-06

Edição

Seção

Revisão

Como Citar

Instrumentos de autoavaliação da postura corporal: uma revisão de escopo. (2023). Fisioterapia E Pesquisa, 30(1), e22017823pt. https://doi.org/10.1590/1809-2950/e22017823pt