Fisioterapia após transplante de medula óssea

Autores

  • Clarice Tanaka
  • Névio Enir Maziero
  • Mareia H .M. Melo
  • Celso M. Massumoto
  • Isamara F. Rocha
  • Frederico L. Dulley

DOI:

https://doi.org/10.1590/fpusp.v2i1.75121

Palavras-chave:

Transplante de medula óssea, reabilitação, Fisioterapia, método

Resumo

O transplante de medula óssea (TMO) é uma alternativa terapêutica desenvolvida nas últimas décadas para tratar de doenças onco-hematológicas, porém ainda não estão afastados todos os fatores de risco na antigenicidade da medula inoculada, sendo a Doença Enxerto-Contra Hospedeiro (DECH) sua complicação mais freqüente. A DECH provoca danos multi-sistêmicos, sendo o sistema osteomioarticular muito acometido, evoluindo para uma importante redução na capacidade física geral, que chega a comprometer a qualidade de vida dos pacientes após TMO. A proposta deste trabalho é avaliar os benefícios da fisioterapia no tratamento e reabilitação das complicações a longo prazo da DECH crônica. Foram acompanhados 13 pacientes com diagnóstico de Leucemia Mielóide Crônica (n=6), Anemia Aplástica Severa (n=6) e Sindrome Mielodisplásica (n=l) submetidos a TMO no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP(H.C.F.M.USP) que desenvolveram DECH crônica. O tratamento fisioterapia) consistia em sessão semanal de cinqüenta minutos de duração, com a utilização de técnicas cinesioterápicas de alongamento muscular e mobilização de segmentos. Foram controlados os parâmetros de sintomas de dor e cansaço, de amplitude de movimento, das atividades funcionais e de alinhamento postural. Os resultados obtidos foram analizados pelo método de delineamento de sujeito único, comparando-se os resultados antes e após o tratamento fisioterápico.Os dados obtidos á avaliação fisioterápica inicial demonstraram incidência elevada de dor e cansaço,associado a limitações de movimento globais em DECH com esclerodermia e específicas em quadril em DECH com Necrose Avascular da Cabeça do Fêmur (NACF), acompanhadas de alterações de atividades funcionais e postura. Os resultados do tratamento fisioterápico demostraram melhora significativa das alterações posturais e função motora, aumento das amplitudes de movimento e potencialização da capacidade física geral, atuando a longo prazo na melhora da qualidade de vida destes indivíduos.

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Biografia do Autor

  • Clarice Tanaka
    Professora Doutora do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP
  • Névio Enir Maziero
    Professor colaborador do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da FMUSP
  • Mareia H .M. Melo
    Professora colaboradora do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da FMUSP
  • Celso M. Massumoto

    Médico Assistente do Instituto de Hematologia do Hospital das Clínicas HC-FMUSP

  • Isamara F. Rocha
    Enfermeira chefe do Ambulatório de Transplante de Medula Óssea do HC-FMUSP
  • Frederico L. Dulley
    Professor Assistente Doutor da Disciplina de Hematologia do HC-FMUSP

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Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fisioterapia após transplante de medula óssea. (1995). Fisioterapia E Pesquisa, 2(1), 4-12. https://doi.org/10.1590/fpusp.v2i1.75121