Uso de escalas para avaliação da doença de Parkinson em fisioterapia
DOI:
https://doi.org/10.1590/fpusp.v11i1.76385Palavras-chave:
doença de Parkinson/ diagnóstico, avaliação/ métodos, questionários/ métodos.Resumo
A Doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade degenerativa do sistema nervoso central cujas características são tremor, rigidez e bradicinesia. Com o progresso terapêutico, desenvolveram-se várias escalas visando monitorar a evolução da doença e a eficácia de tratamentos. O objetivo desta revisão foi caracterizar as principais escalas usadas para avaliação da DP, discutindo sua aplicabilidade à prática fisioterapêutica. As escalas encontradas na literatura foram: a de estágios de incapacidade de Hoehn e Yahr; a Escala Unificada de Avaliação da DP (UPDRS); a escala de Webster de avaliação da DP; a escala de Sydney; a Escala de Incapacidade da Northwestern University (NUDS); os questionários da DP (PDQ-39) e de Qualidade de Vida na DP(PDQL); e a Escala de Atividade de Parkinson (PAS). A Webster permite classificar o paciente de acordo com seu nível de incapacidade, porém não há estudos conclusivos quanto a sua confiabilidade. A Sydney avalia o nível da estrutura e função corporal, enquanto o enfoque da NUDS é nas atividades funcionais diárias. O PDQ-39 e o PDQL são questionários específicos para avaliar a percepção do paciente sobre sua qualidade de vida. Sobre a PAS, desenvolvida recentemente com base em objetivos da fisioterapia, não há estudos suficientes para definir sua confiabilidade. Destacam-se as escalas de Hoehn e Yahr e a UPDRS, por sua confiabilidade, podendo ser usadas por fisioterapeutas para melhor avaliação do estado clínico-funcional do paciente.