Prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em fisioterapeutas da cidade de Londrina

Autores

  • Celita Salmazo Trelha Universidade Estadual de Londrina
  • Paulo Roberto Gutierrez Universidade Estadual de Londrina
  • Tiemi Matsuo Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.1590/fpusp.v11i1.76771

Palavras-chave:

fisioterapia, saúde ocupacional, doenças músculoesqueléticas/epidemiologia, sintomas.

Resumo

Este estudo teve o propósito de determinar a prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em fisioterapeutas da cidade de Londrina. Participaram do estudo 170fisioterapeutas que responderam um questionário auto-aplicável abordando os seguintes aspectos: dados pessoais, atividades profissionais, sintomatologia relacionada ao trabalho, tratamento realizado e conseqüências da sintomatologia. Para a análise das variáveis foram utilizados o Teste de qui-quadrado com correção de Yates e o Teste de Fisher. Dos 170 profissionais estudados 80% constituíram-se indivíduos do gênero feminino e com uma média de idade de 30,5 anos. Do total de fisioterapeutas pesquisados, 94,1% relataram apresentar sintomas músculo-esqueléticos nos últimos doze meses e 75,3% nos últimos sete dias. As regiões anatômicas mais acometidas
foram: coluna cervical, coluna lombar e ombros. A prevalência de sintomatologia foi maior no gênero feminino e indivíduos mais jovens.
Verificou-se um maior predomínio de sintomatologia em profissionais que
atuam nas áreas de gerontologia, dermato-funcional e neurologia e em
profissionais que atuam em domicílios. Para o tratamento dos sintomas, 46,3% optaram pelo autotratamento. Em decorrência da sintomatologia
apresentada, 10% dos profissionais relataram ter perdido dias de trabalho e 19,4% deixaram de realizar serviços domésticos. O presente estudo
encontrou uma elevada prevalência de sintomatologia músculo-esquelética em fisioterapeutas da cidade de Londrina, com referência tanto aos últimos doze meses quanto aos últimos sete dias precedentes à auto-aplicação do questionário, principalmente na região de coluna vertebral. Os dados demonstraram que os fisioterapeutas pesquisados encontram-se expostos a cargas físicas e emocionais. Diante dos resultados encontrados, faz-se necessária a elaboração e implantação
de estratégias para amenizar a carga de trabalho e evitar agravos.

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Biografia do Autor

  • Celita Salmazo Trelha, Universidade Estadual de Londrina
    Fisioterapeuta, Docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, Mestre em Saúde Coletiva.
  • Paulo Roberto Gutierrez, Universidade Estadual de Londrina
    Médico, Docente do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina, Doutor em Saúde Pública.
  • Tiemi Matsuo, Universidade Estadual de Londrina
    Docente do Departamento de Matemática Aplicada do Centro de Ciências Exatas da Universidade Estadual de Londrina, Doutora em Estatística.

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Publicado

2004-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em fisioterapeutas da cidade de Londrina. (2004). Fisioterapia E Pesquisa, 11(1), 15-23. https://doi.org/10.1590/fpusp.v11i1.76771