Comparação dos parâmetros de força e propriocepção entre indivíduos com e sem instabilidade funcional de tornozelo

Autores

  • Fernanda Cristina Milanezi Universidade Estadual Paulista; Universidade Estadual Paulista
  • Nise Ribeiro Marques Universidade Estadual Paulista; Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; Universidade Estadual Paulista
  • Adalgiso Coscrato Cardozo Universidade Estadual Paulista; Universidade Estadual Paulista
  • Mauro Gonçalves Universidade Estadual Paulista; Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/12675222012015

Resumo

Após a entorse de tornozelo, 40% dos indivíduos continuam a relatar uma sensação de instabilidade articular que está relacionada à disfunção músculo-esquelética denominada instabilidade funcional do tornozelo (IFT). Contudo, o mecanismo como ocorre esta disfunção músculo-esquelética ainda permanece desconhecido. Nesse sentido, o conhecimento das alterações músculo-esqueléticas que ocorrem em indivíduos com IFT pode ser um fator importante para traçar intervenções preventivas mais efetivas. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi comparar o pico de torque (PT) concêntrico de inversão (INV) e eversão (EVE), a razão convencional (EVE/INV) e o reposicionamento articular passivo em indivíduos com e sem IFT em atletas recreacionais do gênero feminino. A amostra foi composta por 22 voluntárias na faixa etária entre 18 e 25 anos que foram divididas em grupo controle e grupo com IFT. A avaliação do torque foi realizada em um dinamômetro isocinético com cinco contrações máximas concêntricas a velocidades de 60 e 120 graus.s-1 no movimento de INV e EVE e reposicionamento articular passivo com ângulo-alvo de 10° e 20° de inversão. Foram analisados os dados de PT, razão convencional e média do erro absoluto do ângulo-alvo. A análise estatística foi feita com o teste t-Student para amostras independentes. Foi encontrado que indivíduos com IFT apresentaram diminuição da força eversora comparados aos indivíduos controle, bem como desequilíbrio da razão muscular, que podem aumentar a predisposição deste grupo a entorses de tornozelos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Fortes CRN, Carazzato JG. Estudo epidemiológico da entorse de

tornozelo em atletas de voleibol de alto rendimento. Acta Ortop

Bras. 2008;16(3):142-7.

Cardoso JR, Guerino CSM, Santos MB, Mustafá TAA, Lopes AR,

Paula MC. Influência da utilização da órtese de tornozelo durante

atividades do voleibol: avaliação eletromiográfica. Rev Bras Med

Esporte. 2005;11(5):276-80.

Noronha M de, França LC, Haupenthal A, Nunes GS. Intrinsic

predictive factors for ankle sprain in active university students: a

prospective study. Scand J Med Sci Sports. 2013;23(5):541-7.

O´Driscoll J, Delahunt E. Neuromuscular training to enhance

sensorimotor and functional deficits in subjects with chronic ankle

instability: a systematic review and best evidence synthesis. Sports

Med Arthrosc Rehabil Ther Technol. 2011;3(19):1-20.

Waterman BR, Owens BD, Davey S, Zacchilli MA, Belmont PJ Jr. The

epidemiology of ankle sprains in the United States. J Bone Joint

Surg Am. 2010;92(13):2279-84.

Darrow CJ, Collins CL, Yard EE, Comstock RD. Epidemiology of severe injuries among United States high school athletes: 2005-2007.

Am J Sports Med. 2009;37(9):1798-805.

Pacheco AM, Vaz MA, Pacheco I. Avaliação do tempo de resposta

eletromiográfica em atletas de voleibol e não atletas que sofreram

entorse de tornozelo. Rev Bras Med Esporte. 2005;11(6):325-30.

Hopkins JT, Brown TN, Christensen L, Palmieri-Smith RM.

Deficits in peroneal latency and electromechanical delay

in patients with functional ankle instability. J Orthop Res.

;27(12):1541-46.

Sekir U, Yildiz Y, Hazneci B, Ors F, Aydin T. Effect of isokinetic training on strength, functionality and proprioception in athletes with

functional ankle instability. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc.

;15(5):654-64.

Freeman MA, Dean MR, Hanham IW. The etiology and prevention of functional instability of the foot. J Bone Joint Surg Br.

;47(4):678-85.

Gutierrez GM, Knight CA, Swanik CB, Royer T, Manal K, Caulfield B,

Kaminski TW. Examining neuromuscular control during landings on

a supinating platform in persons with and without ankle instability.

Am J Sports Med. 2012;40(1):193-201.

Docherty CL, Arnold BL, Hurwitz S. Contralateral force sense

deficits are related to the presence of functional ankle instability. J

Orthop Res. 2006;24(7):1412-9.

Arnold BL, Linens SW, Motte SJ, Ross SE. Concentric evertor

strength differences and functional ankle instability: a meta-analysis. J Athl Train. 2009;44(6):653-62.

Delahunt E, Monaghan K, Caulfield B. Altered neuromuscular

control and ankle joint kinematics during walking in subjects

with functional instability of the ankle joint. Am J Sports Med.

;34(12):1970-6.

Sefton JM, Hicks-Little CA, Hubbard TJ, Clemens MG, Yengo CM,

Koceja DM, et al. Sensorimotor function as a predictor of chronic

ankle instability. Clin Biomech (Bristol, Avon). 2009;24(5):451-8.

Konradsen L. Factors contributing to chronic ankle instability: kinesthesia and joint position sense. J Athl Train. 2002;37(4):381-5.

Noronha M, Refshauge KM, Kilbreath SL, Figueiredo VG. Crosscultural adaptation of the Brazilian-Portuguese version of

the Cumberland ankle instability tool (CAIT). Disab Rehab.

;30(26):1959-65.

Bolgla LA, Keskula DR. Reliability of lower extremity functional

performance tests. J Orthop Sports Phys Ther. 1997;26(3):138-42.

Van Cingel HER, Kleinrensink GJ, Rooijens PPGM, Uitterlinden EJ,

Aufdemkampe G, Stoeckart R. Learning effect in isokinetic testing

of ankle invertors and evertors. Isokinet Exerc Sci. 2001;9(4):171-7.

Hartsell HD, Spaulding SJ. Eccentric/concentric ratios at selected

velocities for the invertor and evertor muscles of the chronically

unstable ankle. Br J Sports Med. 1999;33(4):255-8.

Pontaga I. Ankle joint evertor–invertor muscle torque ratio decrease

due to recurrent lateral ligament sprains. Clin Biomech (Bristol,

Avon). 2004;19(7):760-2.

Silverthorn DU. Fisiologia humana, uma abordagem integrada. São

Paulo: Manole; 2003.

Milanezi FC, Marques NR, Cardozo AC, Hallal CZ, Fonseca LCS,

Gonçalves M. Senso de posicionamento articular de jovens praticantes de basquetebol com e sem instabilidade de tornozelo. In:

Gonçalves M, Cardozo AC, Hallal CZ, Marques NR. Princípios biomecânicos aplicados ao treinamento e reabilitação. Curitiba: CRV; 2011.

p. 43-50.

Andrews JAR, Wilk AH. Reabilitação física do atleta. Rio de Janeiro:

Elsevier; 2005.

Kaminski TW, Perrin DH, Gansneder BM. Eversion strength analysis

of uninjured and functionally unstable ankles. Journal of Athletic

Training. 1999;34(3):239-45.

Fong DT, Hong Y, Chan LK, Yung PS, Chan KM. A systematic

review on ankle injury and ankle sprain in sports. Sports Med.

;37(1):73-94.

Publicado

2015-03-03

Como Citar

Milanezi, F. C., Marques, N. R., Cardozo, A. C., & Gonçalves, M. (2015). Comparação dos parâmetros de força e propriocepção entre indivíduos com e sem instabilidade funcional de tornozelo . Fisioterapia E Pesquisa, 22(1), 23-28. https://doi.org/10.590/1809-2950/12675222012015

Edição

Seção

Pesquisa Original