Sinais precoces de escoliose em crianças pré-escolares
DOI:
https://doi.org/10.590/1809-2950/13269222012015Resumo
A alta incidência de desvios posturais na população infantil, estimada em 20%, além de preocupante, é um problema de saúde pública. O presente estudo teve como objetivo identificar sinais de escoliose em crianças na idade pré-escolar da rede de ensino municipal de Londrina (PR). Participaram do estudo 377 crianças, entre 5 e 6 anos de idade, de ambos os sexos. O exame postural foi dividido em: (1) obtenção dos dados antropométricos, equilíbrio pélvico frontal e teste de Adams; (2) em caso de resposta positiva ao teste de Adams, seguiu-se a realização da fotogrametria. A prevalência de sinais precoces de escoliose foi de 26,3%, na população avaliada. Tais sinais caracterizam-se como atitude escoliótica, uma vez que o maior ângulo identificado foi de 7,33° e as medianas variaram entre 3,2° e 5,6°. A atitude escoliótica pode estar relacionada ao crescimento, visto que foi identificada a associação entre a resposta positiva ao teste de Adams com a assimetria pélvica no plano frontal, e que a maioria das curvaturas foi do tipo em "C". A partir dos resultados encontrados, observa-se alta prevalência de atitude escoliótica, indicando a necessidade de programas de acompanhamento postural em crianças na fase pré-escolar para monitorar o crescimento e a resolução ou agravamento dos sinais precoces.Downloads
Referências
Bienfait M. Os desequilíbrios estáticos: fisiologia, patologia e tratamento fisioterápico. São Paulo: Summus; 1995.
Kisner C, Colby LA. Exercícios terapêuticos. São Paulo: Manole; 1987.
Molina AI, Camargo OP. O tratamento da criança com escoliose por
alongamento muscular. Fisioter Bras. 2003;4(5):369-72.
Miranda JVB, Sodre CL, Genestra MS. Proposta de adaptação de
protocolo de avaliação postural aplicada para diagnóstico precoce
da escoliose na idade escolar no município de Volta Redonda/RJ.
Rev Práxis. 2009;1(1):55-8.
Santos A. Diagnóstico clínico postural: um guia prático. São Paulo:
Summus; 2001.
Fortin M, Battié MC. Quantitative Paraspinal Muscle Measurements:
Inter-Software Reliability and Agreement Using OsiriX and Image J.
Phys Ther. 2012;92(6):853-64.
Perdriolle R, Le Borgnem P, Dansereau J, Guise J, Labelle H.
Idiopathic scoliosis in three dimensions: a succession of two-dimensional deformities? Spine. 2001;26(24):2719-26.
Fornazari LP, Pereira VCG. Prevalência de postura escoliótica em
escolares do ensino fundamental. Cad Escola Saúde. 2008;1:1-13.
Minghelli B. Rastreio escolar: a importância na detecção precoce
de posturas escolióticas em adolescentes das escolas de Silves,
Algarve. Rev Port Saúde Pública. 2008;26(2):61-8.
Santos JDM, Oliveira MA, Silveira NJF, Carvalho SS, Oliveira
AG. Confiabilidade inter e intraexaminadores nas mensurações
angulares por fotogrametria digital e goniometria. Fisioter Mov.
;24(3):389-400.
Nery LS, Halpern R, Nery PC, Nehme KP, Stein AT. Prevalência de
escoliose em escolares em uma cidade do sul do Brasil. São Paulo
Med J. 2010;128(2):69-73.
Guadagnin EC, Matheus SC. Prevalência de desvios posturais de coluna vertebral em escolares. Rev Bras Ciênc Saúde. 2012;10(31):31-7.
Ferriani MGC, Cano MAT, Candido GT, Kanchina AS. Levantamento
epidemiológico dos escolares portadores de escoliose da rede
pública de ensino de 1º grau no município de Ribeirão Preto.
Rev Eletrônica Enferm [periódico na Internet]. 2000 [acesso em
/01/2013];2(1):[aproximadamente 9 p.]. Disponível em: http://
www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/674/752
Dimeglio A. Growth in pediatric orthopaedics. J Pediatr Orthop.
;21:549-55.
Correa AL, Pereira JS, Silva MAG. Avaliação dos desvios posturais
em escolares: estudo preliminar. Fisioter Bras. 2005;6(3):175-8.
Kussuki MOM, João SMA, Cunha ACP. Caracterização postural da coluna de crianças obesas de 7 a 10 anos. Fisioter Mov.
;20(1):77-84.
Martelli RC, Traebert J. Estudo descritivo das alterações posturais
da coluna vertebral em escolares de 10 a 16 anos de idade. TangaráSC, 2004. Rev Bras Epidemiol. 2006;9(1):87-93.
Ferreira DMA, Suguikawa TR, Pachioni CAS, Fregonesi CEPT,
Camargo MR. Rastreamento escolar da escoliose: medida para o
diagnóstico precoce. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum.
;19(3):357-68.
Dickson RA, Leatherman KD. Spinal deformities. In: Dickson RA,
editor. Spinal surgery: science and pratice. London: Butterworths;
p. 368-435.
Vieira, et al. Sinais precoces de escoliose
Iunes DH, Bevilaqua-Grossi D, Oliveira AS, Castro FA, Salgado HS.
Análise comparativa entre avaliação postural visual e por fotogrametria computadorizada. Rev Bras Fisioter. 2009;13(4):308-15.
Saad KR, Colombo AS, Ribeiro AP, João SMA. Reliability of photogrammetry in the evaluation of the postural aspects of individuals
with structural scoliosis. J Bodyw Mov Ther. 2012;16:210-6.
Sabirin J, Bakri R, Buang SN, Abdullah AT, Shapie A. School scoliosis screening programme-a systematic review. Med J Malaysia
;65(4):261-7.
Döhnert MB, Tomasi E. Validade da fotogrametria computadorizada
na detecção de escoliose idiopática adolescente. Rev Bras Fisioter.
;12(4):290-7.
Minghelli B, Abílio FDG, Gois AA, Timótio AL, Florença HA, Lóia NH.
Prevalência de alterações posturais em crianças e adolescentes em
escolas do Algarve. Saúde Tecnol. 2009;(4):33-7.
Back CMZ, Lima IAX. Fisioterapia na escola: avaliação postural.
Fisioter Bras. 2009;10(2):72-7.
Penha PJ, Baldini M, João SM. Spinal postural alignment variance according to sex and age in 7- and 8-year-old children. J
Manipulative Physiol Ther. 2009;32(2):154-9.
Santo AE, Guimarães LV, Galera MF. Prevalência de escoliose idiopática e variáveis associadas em escolares do ensino fundamental
de escolas municipais de Cuiabá, MT, 2002. Rev Bras Epidemiol.
;14:347-56.
Zapater AR, Silveira DM, Vitta A, Padovani CR, Silva JCP. Postura
sentada: a eficácia de um programa de educação para escolares.
Ciência Saúde. 2004;9(1):191-9.
Rocha EST, Pedreira ACS. Problemas ortopédicos comuns na adolescência. J Pediatr (Rio J). 2001;77 Suppl 2:S225-33.
Marques NR, Hallal CZ, Gonçalves M. Características biomecânicas,
ergonômicas e clínicas da postura sentada: uma revisão. Fisioter
Pesqui. 2010;17(3):270-6.
Rebolho MCT, Casarotto RA, João SMA. Estratégias para ensino
de hábitos posturais em crianças: história em quadrinhos versus
experiência prática. Fisioter Pesqui. 2009;16(1):46-51.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Fisioterapia e Pesquisa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.