Comparação da resposta hemodinâmica entre terapia convencional e realidade virtual em pacientes com insuficiência cardíaca internados na unidade de emergência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/21008729012022PT

Palavras-chave:

Serviço Hospitalar de Emergência, Hospitalização, Terapia com Exposição à Realidade Virtual, Insuficiência Cardíaca

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a resposta aguda de parâmetros hemodinâmicos de acordo com o uso de realidade virtual (RV) semi-imersiva e terapia convencional (TC) em indivíduos internados no serviço hospitalar de emergência por insuficiência cardíaca (IC). Trata-se de estudo de viabilidade com 11 indivíduos submetidos a sessões de terapia com e sem o uso da RV. Na TC, os participantes realizaram alongamentos, exercícios ativos ou ativo-assistidos e inspiração fracionada.  Já na terapia com realidade virtual (TRV) utilizou-se os óculos VR box – virtual reality glasses aplicando VR relax associado à TC. Os parâmetros hemodinâmicos avaliados foram: frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica e saturação de oxigênio. Para análise, foram utilizados os testes t de Student e de Mann- Whitney (p<0,05). Ao avaliar os parâmetros hemodinâmicos basal e final em ambos os grupos, não foi  verificada diferença significativa entre os momentos (p>0,05). Com relação à comparação das variações absolutas entre a TC e a TRV, não foi observada diferença significativa entre as respostas hemodinâmicas (p>0,05). Os resultados demonstraram que a implementação da TRV e da TC promoveram alterações fisiológicas nas respostas dos parâmetros  hemodinâmicos em indivíduos com IC hospitalizados em uma unidade de emergência, não havendo diferenças significativas entre as duas intervenções. O estudo sugere que a RV é um método hemodinamicamente seguro para aplicação em unidade de emergência.

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Publicado

2022-04-04

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Comparação da resposta hemodinâmica entre terapia convencional e realidade virtual em pacientes com insuficiência cardíaca internados na unidade de emergência. (2022). Fisioterapia E Pesquisa, 29(1), 61-67. https://doi.org/10.1590/1809-2950/21008729012022PT