Associação entre recrutamento de músculos abdominais com desfechos clínicos e risco prognóstico em indivíduos com dor lombar crônica não específica: estudo preliminar

Autores

  • Larissa Cavichioli Mendes Ferreira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Amanda Costa Araujo Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Crystian Bitencourt Soares de Oliveira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Fabrício José Jassi Universidade Estadual do Norte do Paraná; Departamento de Fisioterapia
  • Vinicius Cunha Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais; Departamento de Fisioterapia
  • Rúben de Faria Negrão Filho Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/14560723012016

Resumo

Este estudo investigou a associação entre testes clínicos, desfechos clínicos e risco prognóstico de pacientes com dor lombar crônica não específica. Para esta pesquisa, 20 pacientes, maiores de 18 anos, foram selecionados por conveniência e submetidos à avaliação dos desfechos clínicos por meio de Escala numérica de dor e Questionário de incapacidade. Para classificação de risco prognóstico utilizou-se o questionário STarT Back, e para avaliar o recrutamento do músculo transverso do abdome foram utilizados os seguintes testes clínicos: Escala de classificação clínica (ECC); e medida da espessura dos músculos do abdome por meio de imagens ultrassonográficas (MEM-US). Os testes foram realizados em um único dia por avaliador treinado, e a ordem dos testes foi aleatória. Os coeficientes de correlação de Pearson (r) e Spearman (rS) foram utilizados para investigar a associação. Os resultados mostraram que as associações entre o risco prognóstico de dor lombar com os desfechos clínicos, dor e incapacidade foram moderadas (r=0,68 e r=0,57, respectivamente). Para ECC, as associações com incapacidade e risco prognóstico foram consideradas razoáveis (r=-0,34 e r=-0,36, respectivamente). Não houve associações com a MEM-US. Na amostra de baixo risco prognóstico, a relação do ECC com a incapacidade foi considerada moderada para boa, enquanto para dor a correlação foi razoável (rS=-0,62 e rS=-0,24, respectivamente). Concluímos que existe associação entre ECC com desfechos clínicos e risco prognóstico, e a estratificação, segundo o risco prognóstico, aumenta a relação observada. Futuros estudos devem ser conduzidos com novas medidas para avaliação do recrutamento muscular abdominal com amostras maiores.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Van Tulder M, Becker A, Bekkering T, Breen A, del Real MT,

Hutchinson A, et al. Chapter 3. European guidelines for the

management of acute nonspecific low back pain in primary

care. Eur Spine J. 2006;15:S169-91.

Airaksinen O, Brox JI, Cedrashi C, Hildebrandt J, KlaberMoffet J, Kovacs F, et al, on behalf of the COST B13 Working

Group on Guidelines for Chronic Low Back Pain. European

guidelines for the management of chronic nonspecific low

back pain. Eur Spine J. 2006;15:s192-300.

Nolet PS, Kristman VL, Côté P, Carrol LJ, Cassidy JD. Is low

back pain associated with worse health-related quality of life

months later? Eur Spine J. 2014;

Hoy DG, March L, Brooks P, Woolf A, Blyth F, Vos T, et al.

Measuring the global burden of low back pain. Best Pract Res

Clin Rheumatol. 2010;24:155-65

Hodges P, Ferreira P, Ferreira M. Lumbar spine: Treatment

of instability and disorders of movement control. In: Magee,

D.J; Zachazewski, J.E; Quillen, W.S. editors. Pathology and

Intervention in Musculoskeletal Rehabilitation. St. Louis:

Saunders Elsevier p. 401.

Hides JA, Jull GA, Richardson CA. Long-term effects of

specific stabilizing exercises for first-episode low back pain.

Spine. 2001;26(11):243-8.

Hodges PW, Richardson CA. Inefficient muscular stabilization

of the lumbar spine associated with low back pain: a

motor control evaluation of transversus abdominis. Spine.

;21:2640-50.

Hogdes PW, Richardson CA. Delayed postural contraction of

the transversus abdominis in low back pain associated with

movement of the lower limb. J Spinal Disord .1998;11(1):45-56.

Van Dieen JH, Cholewicki J, Radebold A. Trunk muscle

recruitment patterns in patients with low back pain enhance

the stability of the lumbar spine. Spine. 2003;28:834-16.

Panjabi MM. The stabilizing system of the spine. I. Function,

dysfunction, adaptation, and enhancement. J Spinal Dis.

;5:383-389.

Bergmark A. Stability of the lumbar spine: a study in mechanical

engineering, Acta Orthop Scand. 1989;60(Suppl 230):1-54.

Ferreira PH, Ferreira ML, Hodges PW. Changes in recruitment

of the abdominal muscles in people with low back pain:

ultrasound measurement of muscle activity. Spine.

;29:2560-6.

Lima POP, Oliveira RR, Filho AG, Raposo MCF, Costa

LOP. Laurentino, G.E.C. Reproducibility of the pressure

biofeedback unit in measuring transversus abdominis muscle

activity in patients with chronic nonspecific low back pain. J

Bodyw Mov Ther. 2012;16(2):251-7.

Hagins M, Adler K, Cash M, Daugherty J, Mitrani G. Effects

of practice on the ability to perform lumbar stabilization

exercises. J Orthop Sports Phys Ther. 1999;29:546-55.

Storheim K, Bo K, Pederstad O, Jahnsen R. Intra-tester

reproducibility of pressure biofeedback in measurement

of transversus abdominis function. Physiother Res Int.

;7:239-49.

Sedaghat N, Latimer J, Maher C, Wisbey-Roth T. The

reproducibility of a clinical grading system of motor control

in patients with low back pain. J Manipulative Physiol Ther.

;30(7):501-8.

Hodges PW, Pengel LH, Herbert RD, Gandevia SC.

Measurement of muscle contraction with ultrasound

imaging. Muscle Nerve. 2003b ;27(6):682-92

Moons KG, Altman DG, Vergouwe Y, Royston P. Prognosis and

prognostic research: application and impact of prognostic

models in clinical practice. BMJ. 2009;338:b606.

Hill JC, Dunn KM, Lewis M, Mullis R, Main CJ, Foster NE, et

al. A primary care back pain screening tool: identifying

patient subgroups for initial treatment. Arthritis Rheum.

;59(5):632-41.

Ross RLP. Assessment in occupational therapy and physical

therapy. Philadelphia: WB Saunders; 1997. p. 123-33.

Nusbaum L, Natour J, Ferraz MB, Goldenberg J. Translation,

adaptation and validation of the Roland-Morris questionnaireBrazil Roland-Morris. Braz J Med Biol Res. 2001;34:203-10.

Pilz B, Vasconcelos RA, Marcondes FB, Lodovichi SS, Mello W,

Grossi DB. The Brazilian version of STarT Back Screening Tool

- translation, cross-cultural adaptation and reliability. Braz J

Phys Ther, 2014;18(5):453-61.

Portney LG, Watkins MP. Foundations of clinical research:

applications to practice (3 ed). Upper Saddle River, New

Jersey: Prentice-Hall, 2009.

Hill JC, Whitehurst DG, Lewis M, Bryan S, Dunn KM,

Foster NE, et al. Comparison of stratified primary care

management for low back pain with current best practice

(STarT Back): a randomised controlled trial. The Lancet.

;378(9802):1560-71.

Kovacs FM, Abraira V, Zamora J, et al. Correlation between

pain, disability, and quality of life in patients with common

low back pain. Spine. (Phila Pa 1976). 2004;29:206-10.

Fritz JM, Beneciuk JM, George SZ. Relationship between

categorization with the STarT Back Screening Tool and

prognosis for people receiving physical therapy for low back

pain. Phys Ther. 2011;91:722-32.

Pinto RZ, Franco HR, Ferreira PH, Ferreira ML, Franco MR,

Hodges PW. Reliability and discriminatory capacity of a

clinical scale for assessing abdominal muscle coordination. J

Manipulative Physiol Ther. 2011;34(8):562-9.

Wong AYL, Parent EC, Funabashi M, Kawchuk GN. Do Changes

in transversus abdominis and lumbar multifidus during

conservative treatment explain changes in clinical outcomes

related to nonspecific Low Back Pain? A Systematic Review.

J Pain. 2013;15(4):377.

Mannion AF, Caporaso F, Pulkovski N, Sprott H. Spine

stabilisation exercises in the treatment of chronic low back

pain: a good clinical outcome is not associated with improved

abdominal muscle function. Eur Spine J. 2012;21:1301-10.

Ferreira PH, Ferreira ML, Maher CG, Refshauge K, Herbert

RD, Hodges PW. Changes in recruitment of transversus

abdominis correlate with disability in people with chronic

low back pain. Br J Sports Med. 2010;44:1166-72.

Publicado

2016-03-03

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Associação entre recrutamento de músculos abdominais com desfechos clínicos e risco prognóstico em indivíduos com dor lombar crônica não específica: estudo preliminar . (2016). Fisioterapia E Pesquisa, 23(1), 45-51. https://doi.org/10.1590/1809-2950/14560723012016