Pico de fluxo da tosse em pré-escolares: taxa de sucesso e reprodutibilidade teste-reteste

Autores

  • Danielle Corrêa França Universidade Federal de Minas Gerais; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
  • Paulo Augusto Moreira Camargos Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Bruna da Silva Pinto Pinheiro Vieira Hospital Municipal Odilon Behrens. MG. Brasil
  • Danielle Aparecida Gomes Pereira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Verônica Franco Parreira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte (MG), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.590/1809-2950/13838722032015

Resumo

É importante avaliar a função pulmonar em pré-escolares. Poucos estudos relacionados aos testes de função pulmonar nessa população estão disponíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de sucesso e reprodutibilidade teste-reteste do pico de fluxo da tosse (PFT) em uma amostra de crianças com idade entre 4 e 6 anos. O PFT foi estudado em 44 crianças saudáveis (26 meninos e 18 meninas), selecionadas de acordo com o questionário ATS-DLD-78-C, utilizado para detectar a presença de doenças respiratórias de base e exposição ambiental. O medidor de pico de fluxo expiratório (Piko-I Electronic Peak Flow Meter, Pulmonary Data Services, USA) foi usado para mensurar o PFT. A taxa de sucesso foi definida como a porcentagem de crianças capazes de realizar o teste de acordo com os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade. Para avaliar a reprodutibilidade teste-reteste, 10 crianças (de acordo com o cálculo amostral) foram reavaliadas após três semanas. A reprodutibilidade teste-reteste foi avaliada pelo teste t pareado, considerando significativo p<0,05 e coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Os resultados mostraram uma taxa de sucesso de 91% para PFT, sendo de 80, 88 e 100% para crianças com 4, 5 e 6 anos, respectivamente. Quanto à reprodutibilidade teste-reteste, não houve diferença significativa entre os dados da primeira avaliação e da reavaliação (p=0,39) e foi observado CCI de 0,84. Esses resultados sugerem elevada taxa de sucesso na realização do PFT e reprodutibilidade teste-reteste de magnitude excelente para essa variável em pré-escolares saudáveis.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Salam A, Tilluckdharry L, Amoateng-Adjepong Y, Manthous

CA. Neurologic status, cough, secretions and extubation

outcomes. Intensive Care Med. 2004;30(7):1334-9.

Freitas FS, Parreira VF, Ibiapina CC. Aplicação clínica do pico

de fluxo da tosse: uma revisão de literature. Fisioter Mov.

;23(3):495-502.

Bach JR, Saporito LR. Criteria for extubation and tracheostomy

tube removal for patients with ventilatory failure. A different

approach to weaning. Chest. 1996;110(6):1566-71.

Chan LY, Jones AY, Chung RC, Hung KN. Peak flow rate during

induced cough: a predictor of successful decannulation of a

tracheotomy tube in neurosurgical patients. Am J Crit Care.

;19(3):278-84.

Bianchi C, Baiardi P. Cough peak flows: standard values

for children and adolescents. Am J Phys Med Rehabil.

;87(6):461-7.

Paschoal IA, Villalba WO, Pereira MC. Chronic respiratory

failure in patients with neuromuscular diseases: diagnosis

and treatment. J Bras Pneumol. 2007;33(1):81-92.

Bach JR. Mechanical insufflation-exsufflation. Comparison of

peak expiratory flows with manually assisted and unassisted

coughing techniques. Chest. 1993;104(5):1553-62.

Brito MF, Moreira GA, Pradella-Hallinan M, Tufik S. Air

stacking and chest compression increase peak cough flow in

patients with Duchenne muscular dystrophy. J Bras Pneumol.

;35(10):973-9.

Chatwin M, Simonds AK. The addition of mechanical

insufflation/exsufflation shortens airway-clearance sessions

in neuromuscular patients with chest. infection. Respir Care.

;54(11):1473-9.

Fauroux B, Guillemot N, Aubertin G, Nathan N, Labit

A, Clement A, et al. Physiologic benefits of mechanical

insufflation-exsufflation in children with neuromuscular

diseases. Chest. 2008;133(1):161-8.

Gauld LM. Airway clearance in neuromuscular weakness. Dev

Med Child Neurol. 2009;51(5):350-5.

Ishikawa Y, Bach JR, Komaroff E, Miura T, Jackson-Parekh R.

Cough augmentation in Duchenne muscular dystrophy. Am

J Phys Med Rehabil. 2008 ;87(9):726-30.

Kang SW, Kang YS, Sohn HS, Park JH, Moon JH. Respiratory

muscle strength and cough capacity in patients with

Duchenne muscular dystrophy. Yonsei Med J. 2006;

(2):184-90.

Miske LJ, Hickey EM, Kolb SM, Weiner DJ, Panitch HB.

Use of the mechanical in-exsufflator in pediatric patients

with neuromuscular disease and impaired cough. Chest.

;125(4):1406-12.

Sancho J, Servera E, Diaz J, Marin J. Efficacy of mechanical

insufflation-exsufflation in medically stable patients with

amyotrophic lateral sclerosis. Chest. 2004;125(4):1400-5.

Dohna-Schwake C, Ragette R, Teschler H, Voit T, Mellies U.

IPPB-assisted coughing in neuromuscular disorders. Pediatr

Pulmonol. 2006;41(6):551-7.

Beydon N, Davis SD, Lombardi E, Allen JL, Arets HG, Aurora

P, et al. An official American Thoracic Society/European

Respiratory Society statement: pulmonary function

testing in preschool children. Am J Respir Crit Care Med.

;175(12):1304-45.

Eigen H, Bieler H, Grant D, Christoph K, Terrill D, Heilman DK,

et al. Spirometric pulmonary function in healthy preschool

children. Am J Respir Crit Care Med. 2001;163(3 Pt 1):619-23.

Burity EF, Pereira CA, Rizzo JA, Sarinho ES, Jones MH.

Early termination of exhalation: effect on spirometric

parameters in healthy preschool children. J Bras Pneumol.

;37(4):464-70.

Esteves A. Adaptação e validação do quetionário ATS-DLD78-C para diagnóstico de asma em crianças com até 13 anos

[dissertação]. Universidade Federal de São Paulo; 1995.

Borrego LM, Pinto PL, Neuparth N, Pinto JR. Função

respiratória na criança em idade pré-escolar. Revista

Portuguesa de Imunoalergologia. 2004;12(3):365-72.

Drumond S. Valores de referência de parâmetros

espirométricos em crianças e adolescentes com diferentes

índices de massa corporal [dissertação]. Universidade

Federal de Minas Gerais; 2006.

Portney LG, Watkins MP. Foundations of clinical research:

applications to practice. 3rd ed. New Jersey:Prentice Hall;

Sancho J, Servera E, Diaz J, Marin J. Predictors of ineffective

cough during a chest infection in patients with stable

amyotrophic lateral sclerosis. Am J Respir Crit Care Med.

;175(12):1266-71.

Rodrigues JC, Cardieri JM, Bussamra MH, Nakaie CM, Almeida

MB, Filho LV, et al. Provas de função pulmonar em crianças e

adolescentes. J Bras Pneumol 2002;28(3):207-21.

Aurora P, Stocks J, Oliver C, Saunders C, Castle R,

Chaziparasidis G, et al. Quality control for spirometry in

preschool children with and without lung disease. Am J

Respir Crit Care Med. 2004;169(10):1152-9.

Gaffin JM, Shotola NL, Martin TR, Phipatanakul W. Clinically

useful spirometry in preschool-aged children: evaluation of

the 2007 American Thoracic Society Guidelines. J Asthma.

;47(7):762-7.

Marostica PJ, Weist AD, Eigen H, Angelicchio C, Christoph K,

Savage J, et al. Spirometry in 3- to 6-year-old children with

cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2002;166(1):67-71.

Nystad W, Samuelsen SO, Nafstad P, Edvardsen E, Stensrud

T, Jaakkola JJ. Feasibility of measuring lung function in

preschool children. Thorax. 2002;57(12):1021-7.

Mayer OH, Clayton RG, Sr., Jawad AF, McDonough JM, Allen

JL. Respiratory inductance plethysmography in healthy 3- to

-year-old children. Chest. 2003;124(5):1812-9.

Publicado

2015-09-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pico de fluxo da tosse em pré-escolares: taxa de sucesso e reprodutibilidade teste-reteste . (2015). Fisioterapia E Pesquisa, 22(3), 275-281. https://doi.org/10.590/1809-2950/13838722032015