Geometria dos terraços agrícolas e modelação da instabilidade de vertentes (Vale do Douro – Portugal)

Autores

  • Carlos Valdir de Meneses Bateira Universidade do Porto. Faculdade de Letras

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.102781

Palavras-chave:

Terraços. Deslizamentos. Suscetibilidade. Modelação. Cartografia.

Resumo

As estruturas construídas para o cultivo da vinha no vale do rio Douro (Portugal) devem adaptar-se às condições do terreno que, genericamente, apresentam declives acentuados, dado o encaixe ao longo do setor português da Meseta Ibérica.Os novos sistemas de terraços onde são implantadas as vinhas usam maquinaria pesada, produzindo uma nova geomorfologia e implicando uma dinâmica natural diferente, associada à instabilidade de vertentes e à erosão dos solos por escorrência. Os novos patamares não permitem a aplicação dos métodos de base estatística, uma vez que não se pode fazer inventário. Mas é possível aplicar modelos matemáticos de base física, já que só se usa o inventário para efeito de validação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carlos Valdir de Meneses Bateira, Universidade do Porto. Faculdade de Letras

    Professor da Faculdade de Letras – Universidade do Porto.

Referências

ALMEIDA, J. R. N. Vitivinicultura duriense. Observatório – Revista do Sector de Ação Cultural da Câmara Municipal de V. N. de Gaia, V. N. de Gaia, n. 1, p. 17-30, 1990.

BATEIRA, C. et al. Movimentos de vertente no norte de Portugal: importância do comportamento hidrológico das formações superficiais. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 15, n. 4, p. 551-565, 2014.

BATEIRA, C.; SOARES, L. Movimentos de massa no norte de Portugal: fatores da sua ocorrência. Territorium, n. 4, p. 63-77, 1997.

FERREIRA, A. B. Planaltos e montanhas do norte da Beira: estudo de geomorfologia. Memória do Centro de Estudos Geográficos. Lisboa: CEG, 1978. n. 4.

KOHAVI, R.; PROVOST, F. Special Issue on Applications of Machine Learning and the Knowledge Discovery Process. Machine Learning, p. 271-274, 1998.

MONTGOMERY, D. R.; DIETRICH, W. E. A physically based model for the topographic control on shallow landsliding. Water Resources Research, v. 30, n. 4, p. 1153-1171, 1994.

PACK, R. T.; TARBOTON, D. G.; GOODWIN, C. N. Assessing Terrain Stability in a GIS using SINMAP. In: ANNUAL GIS CONFERENCE, 15. Vancouver, British Columbia, 2001, p. 19-22.

PEREIRA, S. Perigosidade a movimentos de vertente na região norte de Portugal. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2009.

PEREIRA, S. et al. Análise comparativa dos processos de escoamento desenvolvidos em terraços agrícolas de áreas com granitoides e metassedimentos. In: JORNADAS SOBRE TERRAZAS Y PREVENCIÓN DE RIESGOS NATURALES, 14-16 sept. 2006, Mallorca. Actas… Palma: Consell de Mallorca, 2007. p. 52-64.

QUARESMA, I. Inventariação e análise de eventos hidro-geomorfológicos com carácter danoso em Portugal Continental. Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2009.

QUINN, P. et al. The prediction of hillslope flow paths for distributed hydrological modelling using digital terrain models. Hydrological Processes, v. 5, n. 1, p. 59-79, 1991.

SANTOS, M. et al. Hydro-geomorphologic GIS database in Northern Portugal, between 1865 and 2010: Temporal and spatial analysis. International Journal of Disaster Risk Reduction, v. 10, part A, p. 143-152, 2014.

SEIXAS, A. et al. Definição de critérios de susceptibilidade geomorfológica a movimentos de vertente na bacia hidrográfica da Ribeira da Meia Légua (Bacia do Douro – Peso da Régua). In: JORNADAS SOBRE TERRAZAS Y PREVENCIÓN DE RIESGOS NATURALES, 14-16 sept. 2006, Mallorca. Actas… Palma: Consell de Mallorca, 2007. p. 94-104.

SHARMA, S. Slope Stability Concepts. ABRAMSON, L. W. et al. (Ed.). Slope Stability and Stabilization Methods. New York: John Wiley & Sons, 2002. p 329-461.

SOARES, L. A importância das formações superficiais no âmbito dos processos de erosão hídrica e movimentos de vertente no NW de Portugal. Dissertação (Doutoramento) – Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, 2008.

SOUSA, M. B. Litoestratrigrafia e estrutura do CXG-Grupo do Douro. Tese (Doutoramento) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 1982.

TARBOTON, D. G. A new method for the determination of flow directions and upslope areas in grid digital elevation models. Water Resources Research, v. 33, n. 2, p. 309-319, 1997.

TEIXEIRA, M. et al. Physically based shallow translational landslide susceptibility analysis in Tibo catchment, NW of Portugal. Landslides, May 2014.

ZÊZERE, J. L. et al. Disaster: a GIS database on hydro-geomorphologic disasters in Portugal. Natural Hazards, v. 72, n. 2, p. 503-532, 2014.

Downloads

Publicado

2015-11-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

BATEIRA, Carlos Valdir de Meneses. Geometria dos terraços agrícolas e modelação da instabilidade de vertentes (Vale do Douro – Portugal). GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 19, n. 2, p. 262–283, 2015. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.102781. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/102781.. Acesso em: 19 abr. 2024.