Território usado e cultura urbana: o circuito hip hop na metrópole de Havana (1979-2015)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2021.181640Palavras-chave:
Território usado, Circuito cultural, Resistência, Hip hop, CubaResumo
Refletindo sobre o território usado, operacionalizamos a noção de circuito cultural, destacando materialidades e ações dinamizadas pela cultura hip hop na metrópole de Havana, capital de Cuba. Baseados em levantamento bibliográfico e documental, além do trabalho de campo, propomos uma periodização (1979-2003) para o hip hop havaneiro, e, em seguida, apresentamos uma análise da contemporaneidade do circuito (2015), abordando: (i) seus discursos e (ii) a tipologia-topologia de seus fixos, fluxos e agentes. Observa-se um circuito periférico dinamizado sobretudo por ações de resistência, fortemente caracterizadas pelo improviso, impondo o protagonismo dos sujeitos que, fundindo estética e política, conferem amarração à metrópole a partir dos lugares.
Downloads
Referências
ALVES, C. N. Quando as ruas abrigam a arte: a cena hip hop no Recife (1980-2014). Confins – Revue Franco-brésilienne de Géographie, v. 25, p. 1-18, 2015. doi: https://doi.org/10.4000/confins.10426.
ALVES, C. N. O circuito hip hop na região de Campinas. Mercator, v. 12, n. 28, p. 125-140, 2013. Disponível em: http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/659. Acesso em: 13 maio 2021.
CALOGIROU, C. Le Florida, lieu musical entre banlieue et centre-ville: l’exemple des rappeurs agenais. Les Annales de La Recherche Urbaine, n. 70, p. 48-57, 1996. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/aru_0180-930x_1996_num_70_1_1927. Acesso em: 13 maio 2021.
EBANKS, G. E. Urbanization in Cuba. PSC Discussion Papers Series, v. 12, n. 10, 1998.
EXNER, I. Poderes y paradojas en una (sub-)cultura emergente: observaciones acerca del movimiento de hip hop en La Habana. Iberoamericana, v. 4, n. 14, p. 69-89, 2004.
FERNANDES, S. Fear of a Black Nation: local rappers, transnational crossings, and state power in contemporary Cuba. Anthropological Quarterly, v. 76, n. 4, p. 575-608, 2003.
FERNÁNDEZ DÍAZ, A. ¿Timba con Rap? El hip hop de la polémica. Salsa Cubana, v. 5, n. 17, p. 43-45, 2002.
FERNÁNDEZ DÍAZ, A. Rap cubano: poesía urbana o la nueva trova de los noventa. El Caimán Barbudo, v. 33, n. 296, p. 4-14, 2001.
GARCIA, A. F. Cultura política no rap cubano. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 29., 2017, Brasília. Anais... Brasília, 2017.
GARCIA, A. F. A marginalização ocupa a rua: o rap em Cuba. Revista Brasileira do Caribe, São Luis-MA, Brasil, v. XIV, n. 28, p. 503-536, jan./jun. 2014.
GARZÓN, Y. P. Identidades juveniles y consumo musical de “reggae” y “rap” en Cuba. Desidades, v. 2, n. 5, p. 9-16, 2014.
GOTTMANN, J. A evolução do conceito de território. Boletim Campineiro de Geografia, Campinas, v. 2, n. 3, p. 523-544, 2012[1975].
GUILLARD, S. “Représenter sa ville”: l’ancrage des identités urbaines dans le rap des Twin Cities. Cybergeo – Revue Européenne de Géographie, 2012. doi: https://doi.org/10.4000/cybergeo.25357.
HAMMOU, K. L’économie du rap français. In: FRANÇOIS, P. (dir.). La musique: une industrie, des pratiques. Paris: La Documentation Française, 2008. p. 134-152.
ISNARD, H. O espaço do geógrafo. Boletim Geográfico. Rio de Janeiro, n. 258-259, p. 5-17, jan./dez. 1978.
KIRKWOOD, H. Rapping rebellion: hip hop as a new social movement in Cuba. Latin American Urban Politics, May 2, 2006.
Disponível em: http://lanic.utexas.edu/project/etext/llilas/ilassa/2007/kirkwood.pdf. Acesso em: 13 maio 2021.
OLAVARRIA, M. Rap and revolution: hip-hop comes to Cuba. NACLA Report on the Americas, v. 25, n. 6, p. 28-30, 2002. doi: https://doi.org/10.1080/10714839.2002.11722523.
PALET, R. M. Particularidades del proceso de urbanización en Cuba. La Habana: Academia de Ciencias de Cuba, 2017.
PERRY, M. Negro soy yo: hip hop and raced citizenship in neoliberal Cuba. Durham, NC: Duke University Press, 2016.
RAMÍREZ, S. A. El rap y el “afrocubano pensamiento”: entrevistando a Obsesión. Otras Modernidades, Milão, IT, n. 6-11, p. 277-280, 2011.
RIBEIRO, A. C. T. Dança dos sentidos: na busca de alguns gestos. In: BRITTO, F. D.; JACQUES, P. B. (org.). Corpocidade: debates, ações e articulações. Salvador: UFBA, 2010. p. 26-41.
RIBEIRO, A. C. T. Lugares dos saberes: diálogos abertos. In: BRANDÃO, M. A. Milton Santos e o Brasil: território, lugares e saber. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. p. 17-27.
RIBEIRO, A. C. T. Pequena reflexão sobre categorias da teoria crítica do espaço: território usado, território praticado. In: SOUZA, M. A. (org.). Território brasileiro: usos e abusos. Campinas, SP: Territorial, 2003. p. 29-40.
RODRIGUEZ, Y. Lidando com mi passa. Movimiento – La Revista Cubana de Hip Hop, n. 9, p. 16-22, mayo/ago. 2010.
SELLER CRESPO, Y. Movimiento de rap cubano: nuevas identidades sociales a través de la cultura hip hop. In: PODER Y NUEVAS EXPERIÊNCIAS DEMOCRÁTICAS EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Buenos Aires: Clacso, 2005. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/becas/20200131125046/selier.pdf. Acesso em: 13 maio 2021.
SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1997.
SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo. São Paulo: Hucitec, 1994.
SANTOS, M. A formação sócio-espacial como teoria e como método. Boletim Paulista de Geografia, n. 54, p. 81-100, 1977.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SILVEIRA, M. L. Economia política e ordem espacial: circuitos da economia urbana. In: SILVA, C. Território e ação social: sentidos da apropriação urbana. Rio de Janeiro: Faperj/Lamparina, 2011. p. 35-51.
SMITH, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção do espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
TOOP, D. Rap attack 3: African rap to global hip hop. London: Serpent’s Tail, 2000.
ZURBANO, R. Raza y política en la Cuba del siglo XXI. La Habana: Casa de las Américas, 2012.
ZURBANO, R. Mami, no quiero más reguetón! Movimiento – La Revista Cubana de Hip Hop, n. 6, p. 4-12, 2009.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cristiano Nunes Alves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).