A pluviometria da região da Serra do Caraça e a influência no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.200689Palavras-chave:
Pluviosidade, Quadrilátero Ferrífero, Orografia, Climatologia GeográficaResumo
A pesquisa analisa sobretudo o comportamento e a distribuição das chuvas na Serra do Caraça e a interação com seu entorno, a região do Quadrilátero Ferrífero, evidenciando o papel da orografia. Utilizou-se da climatologia geográfica e da análise espacial, com técnicas estatísticas como ferramentas de interpretação dos dados e visando extrair a dinâmica e os ritmos climáticos. Os resultados demonstraram que o conjunto serrano, principalmente na borda leste (Serra do Caraça), influencia a dinâmica da circulação geral e das correntes que provocam distúrbios nos ventos (W/NW e S/SE). Essas correntes concorrem com a precipitação, que pode ultrapassar os 2.500 mm. Constatou-se que há variabilidade na distribuição da chuva no interior do Quadrilátero Ferrífero (bordas N/E apresentam volumes de chuvas mais expressivos que bordas W/S). Quanto à variabilidade espacial e temporal, entre 1984-92, registraram-se as maiores ocorrências de chuva, e, nos anos de 1998-2003 e 2013-16, as menores, no arco de tempo analisado.
Downloads
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO – ANA. Rede Hidrometeorológica Nacional. Brasília: ANA, 2021. Disponível em: <http://www.snirh.gov.br/hidroweb/publico/apresentacao.jsf>. Acesso em: 06 maio 2021.
BELO HORIZONTE. Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 2016/2019. Belo Horizonte: PBH, 2016. v. I. Disponível em: <https://prefeitura.pbh.gov.br/obras-e-infraestrutura/informacoes/publicacoes/plano-de-saneamento>. Acesso em: 02 mar. 2021.
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA – INMET. Normal Climatológica do Brasil 1981-2010. Brasília: INMET, 2022. Disponível em: < https://portal.inmet.gov.br/normais>. Acesso em: 31 mar. 2022.
GOUVEA, R. L.; CAMPOS, C. C.; MENEZES, J. T.; MOREIRA, G. F. Análise de frequência de precipitação e caracterização de anos secos e chuvosos para a bacia do Rio Itajaí. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, v. 22, n°. 1, p.309-323, 2018.
JARDIM, C. H.; GALVANI, E. Unidades topoclimáticas no Parque Nacional da Serra do Cipó. Revista Brasileira de Climatologia, v. 30, n. 1, jan./ jun. 2022. ISSN 2237-8642.
LEMOS, R. S.; MAGALHÃES JUNIOR, A. P. Dinâmica territorial, transformações ambientais e implicações no manancial de abastecimento público da Região Metropolitana de Belo Horizonte - bacia hidrográfica do alto Rio das Velhas, Minas Gerais. GeoTextos, Salvador, v. 15, n.1, p. 181-204, jul. 2019.
MARCUZZO, F. F. N.; ANDRADE, L. R. de.; MELO, D. C. R. Métodos de interpolação matemática no mapeamento de chuvas do estado do Mato Grosso. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, v. 4, n.4, p.793-804, 2011.
MOREIRA, J. L. B.; ABREU, M. L. Distribuição espacial da precipitação sobre a região metropolitana de Belo Horizonte – MG e sua associação com a topografia local. In.: XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, 2002, Foz de Iguaçu. Anais... Foz de Iguaçu, 2002.
MOREIRA, A. A, M.; PEREIRA, C. C. A. Levantamento topoclimático da RPPN Santuário do Caraça. Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v. 14, n.23, p.43-50, 2004.
MONTEIRO, C. A. de F. Análise Rítmica em Climatologia. Climatologia, USP/IG, São Paulo, nº1, p. 1-21, 1971.
MONTEIRO, J. B.; ZANELLA, M. B. Eventos pluviométricos extremos e impactos associados em Fortaleza / Brasil: uma análise a partir da técnica dos quantis. In. SILVA, C. A. da; FIALHO, E. S.; STEINKE, E. T. (org.). Experimentos em Climatologia Geográfica. Dourados, MS: UFGD, 2014. Cap. 9, p. 165 - 186.
NIMER, E. Climatologia da Região Sudeste do Brasil: Introdução à Climatologia Dinâmica – Subsídios à Geografia Regional do Brasil. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, jan./ mar. 1972. p. 3-48.
REGO, J. O.; FRANCESCHINELLI, E. V.; ZAPPI, D. C. Reproductive biology of a highly endemic species: Cipocereus laniflorus N.P. Taylor & Zappi (Cactaceae). Acta Botanica Brasilica: 01 March 2012, Vol.26(1), pp.243-250.
RIBEIRO, A. G. As escalas do clima. Boletim de Geografia Teorética. Rio Claro: AGETEO, v. 23, nº. 46-46, p. 288-294, 1993.
SANTANNA NETO, J. L. La climatología geográfica en Brasil: de lo producido a lo enseñado. Investigaciones Geográficas. Alicante - Espanha: Universidad de Alicante, nº. 27, p. 227-236, jan. – abr. 2002.
SILVA, M. R.; MOURA, F. P.; JARDIM, C. H. O diagrama de caixa (Box Plot) aplicado à análise da distribuição temporal das chuvas em Januária, Belo Horizonte e Sete Lagoas. Revista Brasileira de Geografia Física. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, v. 10, nº. 1, p. 23-40, 2017.
SOUZA, L. A. Do Quadrilátero Ferrífero ao Quadrilátero Aquífero: territorialidades conflitantes na produção de um espaço social extensivo à Região Metropolitana de Belo Horizonte - MG. Geousp, v. 25, n. 3, e-188865, dez. 2021. ISSN 2179-0892.
XAVIER, T. M. B. S.; XAVIER, A. F. S. Caracterização de períodos secos e ou excessivamente chuvosos no estado do Ceará através da técnica dos quantis: 1964-1998. Revista Brasileira de Meteorologia, v.14, nº. 2, p. 63-78, 1999.
ZAVATTINI, J. A.; BOIN, M. N. Climatologia Geográfica: teoria e prática de pesquisa. Campinas: Alínea, 2013. 151 p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Antoniel Silva Fernandes, Alecir Antonio Maciel Moreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).