Da valorização do espaço à fragmentação articulada do território urbano: a cidade histórica para além dos limites do tombamento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2010.74168Palavras-chave:
Patrimônio Mundial, Cidade Histórica, Valorização do Espaço, Planejamento Territorial Urbano, DiamantinaResumo
No início do século XXI, Diamantina, um singular enclave territorial da mineração Setecentista, no Brasil, localizada no sertão de Minas Gerais, vive a lógica impactante da expansão do capitalismo e seletividade do capital, que a insere no turbilhão do turismo internacional após a conquista da chancela da UNESCO2 (que a eleva a Patrimônio Cultural da Humanidade) e da implantação do polêmico Programa Monumenta (BID3 / República Federativa / Município). Logo, este artigo, ao apresentar, objetivamente, as reflexões desenvolvidas em pesquisa recente na área da Geografia Urbana, que teve como caso analítico Diamantina, tem por objetivo apontar para a urgência de se tratar as denominadas cidades históricas brasileiras, tanto em abordagens de pesquisas científicas quanto na prática do planejamento territorial urbano, enquanto totalidades inseridas na totalidade mundo. Há de se considerar a cidade histórica no amplo território urbano que a encerra, ou seja, defende-se sua “sobrevivência” enquanto totalidade perpassada pela lógica capitalista do mercado global e a “perpetuação” de seus habitantes, ante um mundo que vive o império da fragmentação dos lugares pelas ações imediatistas das governanças urbanas. Assim, focar as cidades históricas para além dos limites do tombamento – quer seja em pesquisas científicas, quer seja na prática de seu planejamento – pode se constituir em potencial instrumento para a minimização dos impactos da dialética da construção destrutiva que envolve as cidades históricas brasileiras na atual fase do capitalismo, além de induzir à democratização (utopia?) dos bens culturais do mundo.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).