A valorização de espaços de desindustrialização na metrópole: a produção do espaço como produção da segregação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2010.74173Palavras-chave:
Industrialização, Urbanização, Desindustrialização, Vida cotidiana, Fragmentação, SegregaçãoResumo
Através do estudo do processo de desindustrialização e da reestruturação em curso de um fragmento da metrópole de São Paulo, a pesquisa busca compreender aspectos da reprodução da urbanização no momento atual. Este fragmento, situado ao norte do distrito de Santo Amaro, constitui-se a partir da grande industrialização das décadas de 1950/60/70, como uma área industrial e um local de moradia da classe operária. A indústria foi o principal indutor da urbanização do lugar, organizando a sua vida social, constituindo-se em sua principal referência, produzindo uma vida cotidiana fragmentada.
Verificamos, no entanto, que há um período relativamente curto de estabelecimento da indústria aí, pois já a partir do final da década de 1980 se verifica o início do declínio industrial no fragmento, processo que se intensifica na década de 1990 e se acentua ainda mais no momento atual. Com isso, há uma desintegração da vida social do fragmento decorrente da saída ou do fechamento de indústrias, já que bares fecham, espaços de moradias operárias são desocupadas e demolidas, muitos edifícios e terrenos industriais permanecem abandonados. Ao mesmo tempo, este espaço de desindustrialização, por ter uma localização privilegiada em relação a áreas já consolidadas como centralidades de negócios, passa a receber empreendimentos ligados às lógicas “modernas” do eixo empresarial sudoeste, promovendo uma transformação radical das espacialidades e aprofundando a fragmentação da vida cotidiana e a segregação sócio-espacial.
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