Análise sazonal e anual dos requisitos climáticos do cultivo da nogueira pecã (Carya illinoinensis) no Rio Grande do Sul

Autores

  • Franciele Francisca Marmentini Rovani Universidade Federal de Santa Catarina
  • Cássio Arthur Wollmann Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.122043

Palavras-chave:

Climatology. Chilling hours. Air temperature. Kriging. Pecan.

Resumo

Este estudo analisa os principais requisitos climáticos do cultivo da nogueira pecã no Rio Grande do Sul. Coletaram-se dados diários de temperatura média do ar, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica entre 1998 e 2013, junto às 23 estações meteorológicas do Inmet. O mapa de horas de frio foi elaborado com base nas informações de Herter et al. (2002). Fizeram-se análises estatísticas, e se espacializaram os dados sazonais e anuais por meio de krigagem e análise de regressão linear múltipla. Como resultado, destaca-se que, exceto pelo número de horas de frio, os demais requisitos são atendidos em todo o estado. Assim, devido às condições favoráveis, o cultivo de nogueira pecã apresenta potencial de desenvolvimento no Rio Grande do Sul.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Franciele Francisca Marmentini Rovani, Universidade Federal de Santa Catarina

    Professora Adjunta do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina, SC.

  • Cássio Arthur Wollmann, Universidade Federal de Santa Maria

    Professor Adjunto do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Maria, RS.

Referências

ÁVILA, J. A. Importancia del reposo invernal y uso de compensadores de frío en nogal pecanero. In: DÍA DEL NOGALERO, 10., 2006, Chihuahua. Anais... Chihuahua, México, 2006.

BRISON, R. F. Cultivo del nogal pecanero. México: Conafrut. 1976.

CABO, A. N. P. El cultivo en el mundo e en Argentina. Informe Frutihorticola, Argentina, p. 14-15, 2006.

CPTEC. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. El Niño e La Niña. São Paulo: INPE, 2017. Disponível em:<http://enos.cptec.inpe.br/>. Acesso em: 14 ago. 2017.

DUARTE, V.; ORTIZ, E. R. N. Podridão de Phytophthora da amêndoa e casca da nogueira pecan. In: LUZ, E. D. M. N. et al. Doenças causadas por Phytophthora no Brasil. Campinas: Rural, 2001. p. 493-508.

EMATER-RS/ASCAR. Cultura da noz pecã em 2014 no Rio Grande do Sul: área total, produção e número de produtores. Porto Alegre: Emater-RS/Ascar, 2014.

FEIO, M. Clima e agricultura. Lisboa: Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação. 1991.

FRONZA, D.; HAMANN, J. J. Técnicas para o cultivo da nogueira-pecã. Santa Maria: Colégio Politécnico, 2016.

FRONZA, D.; POLETTO, T.; HAMANN, J. J. O cultivo da nogueira-pecã. Santa Maria: Colégio Politécnico, 2013.

GRAGEDA, J. G. et al. El clima y la producción de nogal pecanero. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DE NOGAL PECANEIRO, 14., 2013, México. Anais... México: Instituto Nacional de Investigaciones Forestales, Agrícolas y Pecuarias, 2013. p. 55-66.

HEEREMA, R.; GOLDBERG, N.; THOMAS, S. Diseases and other disorders of pecan in New Mexico, Guide H-657, NM State University, p. 1-12, nov. 2010.

HERTER, F. G. et al. Zoneamento agroclimático do pessegueiro e da nectarina para o Rio Grande do Sul. Documentos – 91. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2002.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Malha digital municipal. Formato shapefile. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. Disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm. Acesso em: 14 abr. 2015.

IBGE. Censo demográfico 2010. Tabela 200. Rio de Janeiro: 2010. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=200&z=t&o=1&i=P. Acesso em: 6 maio 2015.

INMET. Instituto nacional de Meteorologia. Dados meteorológicos: estações convencionais. Brasília: 2015. Disponível em:<http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesConvencionais>. Acesso em: 4 abr. 2018.

LACERDA, M.; LORENZI, H. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas: de consumo in natura. São Paulo: Nova Cultura, 2006.

LEMUS, G. El cultivo del pecano (Carya illinoinensis). Chile: Ministerio de Agricultura, 2004.

MADERO, E. R. La nuez pecán. Idia XXI, Buenos Aires, v. 3, n. 5, p. 78-82, 2003.

MADERO, E. R; FRUSSO, E. A.; BRUNO, N. R. Desarrollo del cultivo de la nuez pecan en la Argentina. Buenos Aires: PreCan/Procadis/Inta/Ministerio de Agricultura, Ganadería Y Pesca, 2012.

MANASTER, J .The Pecan Tree. Austin: University of Texas Press, 1994.

MONTEIRO, A. et al. Atlas da saúde e da doença: vulnerabilidades climáticas e socioeconómicas. Porto, PT: Universidade do Porto, 2012. v. II.

MOTA; F. S.; ZAHLER, P. J. M. Clima, agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul. Pelotas: Mundial, 1994.

OJEDA-BARRIOS, D. L. et al. Evolución de los sistemas de producción de nuez en México. Tecnociencia, Chihuahua, v. 3, n. 3, p. 115-120, set./dez. 2009.

OMM. World Climate Programme Data. Calculation of monthly and annual 30-years standard normals. WMO-TD – Nº 341. Washington: WMO, 1989.

PETERSON, J. K. Pecan: Carya illinoinensis (Wangenh.) K. Koch. Hardwoods: Silvics of North America, 1990. v. 2.

RASEIRA, A. A cultura da nogueira pecã. Comunicado técnico. Pelotas: Embrapa, n. 63, p. 3, abr. 1990.

ROSSATO, M. S. Os climas do Rio Grande do Sul: variabilidade, tendências e tipologias. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

SARTORI, M. G. B. A dinâmica do clima do Rio Grande do Sul: indução empírica e conhecimento científico. Revista Terra Livre, São Paulo, v. 1, n. 20, p. 27-49, jan./jul. 2003.

SARTORI, M. G. B. Clima e percepção. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

SARTORI, M. G. B. A circulação atmosférica regional e os principais tipos de sucessão do tempo no inverno do Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência e Natura, Santa Maria, v. 1, n. 15, p. 69-93, 1993.

SENTELHAS, P. C.; ANGELOCCI, L. R. Temperatura do ar como fator agronômico (anotações de aula). São Paulo: Esalq-USP, 2009. Disponível em: www.lce.esalq.usp.br/aulas/lce306/Aula10.pdf. Acesso em: 18 set. 2015.

SIERRA, E. M.; LÓPEZ, E. L.; PÉREZ, S. P. Agroclimatología del pecán (Carya illinoinensis) en la Argentina. In: LAVADO, R. S.; FRUSSO, E. A. (Org.). Producción de pecán en Argentina. Buenos Aires: 2007. p. 1-10.

SPARKS, D. A. Adaptability of Pecan as a Species. HortScience, Georgia, v. 40, n. 5, p. 1175.1189, 2005.

SPARKS, D. A. A Climatic Model for Pecan Production under Humid Conditions. Journal of the American Society Horticultural Science, Georgia, v. 121, n. 5, p. 908-914, 1996.

SPARKS, D. A. A climatic approach to pecan scab control. HortTechnology, v. 5, n. 3, p. 225-230, 1995.

WEBER, E.; HASENACK, H.; FERREIRA, C. J. C. Adaptação do modelo digital de elevação do SRTM para o sistema de referência oficial brasileiro e recorte por unidade de federação. Porto Alegre: Centro de Ecologia-UFRGS, 2000. Disponível em: http://www.ecologia.ufrgs.br/labgeo. Acesso em: 14 abr. 2015.

Downloads

Publicado

2018-06-19

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ROVANI, Franciele Francisca Marmentini; WOLLMANN, Cássio Arthur. Análise sazonal e anual dos requisitos climáticos do cultivo da nogueira pecã (Carya illinoinensis) no Rio Grande do Sul. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 22, n. 1, p. 191–209, 2018. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.122043. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/122043.. Acesso em: 18 abr. 2024.