Informalidade, flexibilidade e desemprego - necessidade de regras e de políticas públicas para o mercado de trabalho e o exercício da cidadania

Autores

  • Maria Cristina Cacciamali Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Economia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2001.123607

Palavras-chave:

Processo de informalidade, emprego urbano, desemprego urbano, setor informal, emprego assalariado não registrado

Resumo

O presente trabalho tem dois objetivos. O primeiro é discutir as mudanças estruturais em andamento no mercado de trabalho, sob a ótica do processo de informalidade e de suas diferentes formas de expressão, destacandose a flexibilização das relações de trabalho e seus efeitos, especialmente sobre a cobertura da seguridade social. O segundo é analisar, sob o enfoque teórico apresentado, as mudanças no mercado de trabalho das seis principais regiões metropolitanas brasileiras, enfatizando menor crescimento do emprego registrado e aumento do desemprego.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Maria Cristina Cacciamali, Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Economia

    Doutora e Professora Livre-docente pela Universidade de São Paulo, com pós-doutoramento pelo Massachusetts Institute of Technology (USA). Atualmente é Professora Titular do Departamento de Economia e Presidente do Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo, onde leciona e pesquisa na Área de Estudos do Trabalho

Referências

ABET - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO TRÁBALO. Anais 3o Encontro Regional. Recife, novembro de 2000.

BOYER, R. La Theorie de la Régulation: une Analyse Critique. Paris: La Découverte, 1986.

BOYER, R. La Flexibilidad del Trabajo en Europa, Madrid: Ministerio del Trabajo, 1988.

CACCIAMALI, M.C. Proceso de informalidad y sector inform al. Reexamen de una discusión. Revista Venezuelana de Econom ía y Ciencias Sociales. Caracas, V.6, n.3, 2000, pp.95-110.

CACCIAMALI, M.C. Reform and labor adjustment in Argentina and Brazil. Carta Inte rn a cio n al. São Paulo, v o l.8, n.93, 2000a, pp.8-12.

CACCIAMALI, M.C. Dégenerescence du droit du travail est ajustment sur le marché du travail au Brésil dans les annés 1990. Cahiers des Amériques Latines. Paris, v.31, 1999, pp.105-126.

CACCIAMALI, M.C. Assalariam ento ilegal no mercado de trabalho urbano da Grande São Paulo: características e evolução, 1985-1992. In: FIGUEREDO, J.B . (comp.). Las Instituciones Laborales Frente a los Cambios en Am erica Latina. Genebra: Instituto Internacional de Estudios Laborales, 1996, pp.219-233.

CACCIAMALI, M.C. Expansão do mercado de trabalho não regulamentado e setor informai no Brasil. Estudos Econômicos. vol. 19, número especial, 1989.

CACCIAMALI, M.C.; JOSÉ-SILVA, F. Mais informalidade, menos cidadania. Considerações sobre esse círculo vicioso na América Latina. In: Brasil - 500 anos: Desafios do Próximo Milênio, São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,

(Mo Prelo).

CÂNDIDO-OLIVEIRA, J. Segurança e Saúde do trabalhador - uma questão mal compreendida e equivocadamente administrada. In: Anais do Seminário Impactos das Inovações Tecnológicas e Organizacionais na Saúde do Trabalhador, 4 e 5 de dezembro de 1998, Belo Horizonte: NET/PUC Minas, 1999.

CARRÉ, F. et al. nonstandard Work. The nature and Challenges of Changing Em ­ p lo ym en t Arrangem ents. W ashington: Irra, 2000.

CASTEL R. As Metamorfoses da Questão Sócia. Uma Crônica do Salário. São Paulo: Vozes, 1998.

CEPAL. Panoram a So cial de Am érica Latina, Santiago do Chile: CEPAL, 1998, b.

CEPAL. Estudios Económicos de América Latina y Caribe. Santiago do Chile: CEPAL 1998a.

CONFEDERAÇÃO ÚNICA DOS TRABALHADORES. www.instcut.ora.br.

CORIAT, B. Los Desafios de la Competitividad, Buenos Aires: UBA, 1997.

CEPAL. Panoram a Social de Am érica Latina, Santiago do Chile: CEPAL, 1998.

CEPAL. Panoram a Social de Am érica Latina, Santiago do Chile: CEPAL, 1999.

CEPAL. Panoram a Social de Am érica Latina, Santiago do Chile: CEPAL, 2000.

DEJOURS, C. Banalização da Injustiça Social. Rio de Janeiro: Editora FQV, 2000.

DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.

DIEESE. O com portam ento das negociações coletivas de trabalho nos anos 90: 1993-1996. Pesquisa DIEESE, n.15, São Paulo: DIEESE, 1999.

DUVAL, Q. LEntreprise Efficace à Lheure de Swatch et Mc Donald's. Paris: Syros, 1998.

EATWELL, J. Global Unemployment. New York. M.E. Sharpe, 1996.

FRESSYNET J. et al. Les Marchés du Travail en Europe. Paris: La Découverte, 2000.

GALIN, P. Empleo no registrado en el MERCOSUR y las políticas para reducirlo. Oficina de la OIT, n.61, Buenos Aires: OIT, 1998.

HIRATA, H. Reestruturação produtiva, trabalho e relações de gênero. Revista Latino-Americana de Estúdios Del Trabajo, vol.4, n.7, 1999.

HUSSMANS, R. Informal Sector: Statistical Definition and Survey Methods. Genebra: OIT, dezembro de 1997.

KREIN, J.D.; OLIVEIRA, M. Mudanças institucionais e relações de trabalho: as iniciativas do governo FHC no período 1995-1998. In: Anais da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. Belo Horizonte, outubro de 1999.

INSTITUTO DE RELAÇÕES DE TRÁBALO/PUCMINAS. In: Anais do Seminário Impacto das Inovações Tecnológicas e Organizacionais na Saúde do Trabalhador. 4 e 5 de dezembro de 1998. Belo Horizonte: NET/PUC, Minas, 1999.

LEON, F. Trabajo y trabajadores en los modelos económicos emergentes. In: Sem inário Internacional: Brasil, 500 Anos: Desafios para o Próximo Milênio. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 23 a 26 de agosto de 1999, São Paulo, Brasil.

INDUSTRIAL RELATIONS SERVICES (IRS). Annualized hours - The concept of flexible year. Industrial Relations Services (IRS), vol. 488, 1991.

INDUSTRIAL RELATIONS SERVICES (IRS). Nonstandard working under review. Industrial Relations Services (IRS), n.565, 1997.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Considerações sobre a Proposta do Seguro Acidente de Trabalho. Secretaria de Inspeção do trabalho. Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, versão de 26 de agosto de 2000. In: www.instcut.orQ.br. 12/11/2000.

OIT. E l Em pleo en el Mundo. Las Eolíticas nacionales en la Era de la Mundialización. Genebra: OIT, 1996.

OIT. El Trabajo en el Mundo 1997-1998. Relaciones Laborales: Democracia y Cohesión Social. Genebra: OIT, 1997.

OIT. World Employment Report - 2001. Life at Work in the Inform ation Econom y. www.iIo.org. 2001.

OIT. Panorama Laboral. Lima: OIT, 2000.

OIT. 15a Conferência de Estatísticas do Trabalho. Genebra, janeiro de 1993.

TOLEDO, E.G. La flexibilidad del trabajo en América Latina. Revista Latino-americana de Estud ios del Trabajo, ano 3, n.5, 1997.

OZAKI, M. negociar la Flexibilidad. Función de los Interlocutores Sociales y del Estado. Genebra: OIT, 2000.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. índice de qualidade de vida. Brasília: PNUD, 2000.

RODGERS, G.; RODGERS, J. Precarious jobs in labour market regulation. Genebra: International Institute for Labour Studies/Free University of Brussel, 1989.

TOKMAN, V.; MARTINEZ, D. Flexibilización en el Margen: la Reforma del Contrato de Trabajo, Peru: Organización Internacional del Trabajo, 1999.

TOLEDO, E.G. La Flexibilidad del Trabajo en América Latina. Revista Latino-americana de Estudios del Trabajo. Ano 3, n.5, 1997.

TREU, T. Labour flexibility in Europe. International Labour Review . Vol.131, n.4-5, 1992.

TUMA, F.M.M. Participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas no cenário da flexibilização das relações de trabalho. São Paulo: LTr, 2000.

Downloads

Publicado

2001-06-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CACCIAMALI, Maria Cristina. Informalidade, flexibilidade e desemprego - necessidade de regras e de políticas públicas para o mercado de trabalho e o exercício da cidadania. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 5, n. 2, p. 77–90, 2001. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2001.123607. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123607.. Acesso em: 19 abr. 2024.