Análise da sustentabilidade de projetos de assentamentos rurais em Goiás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.158368

Palavras-chave:

Assentamentos rurais, Funções de Uso das Terras, Potencial de uso das terras, Sustentabilidade

Resumo

O insucesso da política de Projetos de Assentamentos Rurais (PAs) no País é amplamente conhecido e estudado por meio de metodologias de avaliação do seu desempenho, sendo que poucos utilizaram indicadores e respectivos parâmetros integrados de avaliação da sustentabilidade. Este artigo objetiva apresentar os resultados de aplicação de metodologia baseada na análise de Funções de Uso das Terras – FUT, como condicionantes estruturantes da sustentabilidade, aplicada a PAs do estado de Goiás, comparativamente bem e mal sucedidos, representativos de duas regiões bem contrastadas ambiental e socioeconomicamente, o Nordeste goiano e o Sul goiano. Os resultados indicaram que o PA do Nordeste goiano pode ser considerado insustentável, mas preserva grande parte do Cerrado nativo, o que lhe atribui uma qualificação contraditória. Já o PA do Sul Goiano, sustentável, exibe maior equilíbrio entre os fatores sociais, econômicos e ambientais estudados embora preserve apenas a cobertura obrigatória pela legislação ambiental.

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Biografia do Autor

  • Júnio Gregório Roza Santos, Universidade Federal de Goiás

    Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás e Mestre em Geografia na linha de pesquisa Análise Ambiental e Tratamento da Informação Geográfica pela mesma universidade. 

  • Selma Simões Castro, Universidade Federal de Goiás

    Professora titular em Geografia Física e Solos da UFG - Universidade Federal de Goiás e Professora Sênior do Depto de Solos da Escola Superior de Agricultura (ESALQ) da USP - Universidade de São Paulo. 

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Publicado

2019-08-05

Edição

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Artigos

Como Citar

Análise da sustentabilidade de projetos de assentamentos rurais em Goiás. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 23, n. 2, p. 394–416, 2019. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.158368. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/158368.. Acesso em: 28 mar. 2024.