Governança como ideologia e ajuste político-institucional e urbano do Banco Mundial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2022.180853

Palavras-chave:

Ajuste estrutural, Governança, Ideologia

Resumo

Desde os anos 1980, a América Latina é assombrada pelos ajustes estruturais que migraram da esfera econômica à político-institucional, sendo promovidos, entre outros, pelo Banco Mundial. Neste artigo, mostramos a trajetória da agência internacional para promover os ajustes estruturais e seu alcance na aplicação da governança na região como ideologia e política voltada à reestruturação do Estado e do urbano.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Felipe Saluti Cardoso, Centro Universitário Fundação Santo André

    Bacharel e Licenciado em Geografia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL) do Centro Universitáiro Fundação Santo André (CUFSA) e mestre em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente é professor do curso de Geografia no Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) e doutorando no curso de Pós-Graduação em Geografia Humana na Universidade de São Paulo (USP).

Referências

ALVAREZ, I. A. P. A Reprodução da Metrópole: o projeto Eixo Tamanduatehy. Tese de Doutorado. São Paulo: FFLCH/USP, 2008.

ARANTES, O. B. F. Uma estratégia fatal: a cultura nas novas gestões urbanas. IN: ARANTES, O. B. F., MARICATO, E. e VAINER, C. (orgs.). A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis: Vozes, 2011, p. 11-74.

ARANTES, P. F. O ajuste urbano: as políticas do Banco Mundial e do BID para as cidades latino-americanas. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FAU-USP, 2004.

BAER, M. & LICHTENSZTEJN, S. Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial: estratégias e políticas do poder financeiro. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987. 239p.

BANCO MUNDIAL (BM). Governance and development. Washington D.C.: World Bank, 1992.

BANCO MUNDIAL (BM). Políticas urbana y desarrollo económico: un programa para el decenio de 1990. Washington D.C.: Banco Internacional de Reconstrucción y Fomento / Banco Mundial, 1995.

BANCO MUNDIAL (BM). Cities in Transition: World Bank Urban and Local Strategy. Washington D.C.: World Bank, 2000.

BANCO MUNDIAL (BM). Relatório Anual de 2009 do Banco Mundial. Washington DC: World Bank, 2009.

BRASIL, Congresso, Câmara dos Deputados e Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior. A questão metropolitana no Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, série ação parlamentar nº. 263, 2004. 229 p.

BROWNE, G. O Banco Mundial e as cidades: construindo instituições na periferia – o caso do PRODUR, Bahia. Tese de Doutorado da UFRJ. Rio de Janeiro: Instituto de Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), 2006.

CARDOSO, F. S. A fantasmagórica governança metropolitana no Brasil: reprodução do espaço e prática teórico-ideológica do planejamento a soldo o capital. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. doi:10.11606/T.8.2021.tde-25052022-144421.

CARDOSO, F. S. O Banco Mundial e a emergência da governança como prática urbana: da reestruturação do capital ao ajuste institucional. Rebela: Revista Brasileira de Estudos Latino Americanos, v. 9, n. 3, p. 536-562, set./dez. 2019.

CHESNAIS, F. A mundialização do capital, natureza e papel da finança e mecanismos de “balcanização” dos países com recursos ambicionados. In: LIMA, Marcos Costa (org.). Dinâmicas do capitalismo pós-guerra fria. São Paulo: Editora UNESP, 2008, pp. 17-39.

CHESNAIS, F. A teoria do regime de acumulação financeirizado: conteúdo, alcance e interrogações. In: Revista Economia e Sociedade, Campinas, v. 11, n. 1 (18), jan./jun. 2002, pp. 1-44.

COGGIOLA, O. O capital contra a história: gênese e estrutura da crise contemporânea. São Paulo: Xamã – Edições Pulsar, 2002.

DAVIS, M. Planeta Favela. São Paulo: Boitempo, 2006.

HARVEY, D. Neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Loyola, 2008.

FERREIRA, J. S. W. O mito da cidade-global: o papel da ideologia na produção do espaço urbano. Petrópolis: Vozes. São Paulo: Editora Unesp. Salvador: Anpur, 2007.

KATZ, C. Neoliberalismo, Neodesenvolvimentismo, Socialismo. São Paulo: Expressão Popular e Perseu Abramo, 2016.

LEFEBVRE, H. Espacio y Política: el derecho a la ciudad, II. Barcelona: Ediciones Península, 1976.

MARX, K. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.

MÉSZÁROS, I. O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo, 2012.

PEREIRA, J. M. M. O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

SERFATI, C. A economia política da finança global. In: LIMA, Marcos Costa (org.). Dinâmicas do capitalismo pós-guerra fria. São Paulo: Editora UNESP, 2008, p. 41-76.

ROLNIK, R. e SOMEKH, N. Governar as metrópoles: dilemas de recentralização. In.: RIBEIRO, L. C. Q. (org.); LAGO, L. C., AZEVEDO, S. & SANTOS JÚNIOR, O. A. dos. Entre a coesão e a fragmentação, a cooperação e o conflito. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo; Rio de Janeiro: FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional –, 2004, pp. 111-124.

Downloads

Publicado

2022-12-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Governança como ideologia e ajuste político-institucional e urbano do Banco Mundial. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 26, n. 3, p. 30–55, 2022. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2022.180853. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/180853.. Acesso em: 28 mar. 2024.