ANÁLISE DO PERFIL DOS GESTORES DE ESPAÇOS MAKERS PROFISSIONAIS NA CIDADE DE PORTO ALEGRE
DOI:
https://doi.org/10.11606/gtp.v13i1.134484Palavras-chave:
Movimento Maker, Espaços Maker, Gestão, Perfil do GestorResumo
Espaços makers são ambientes comunitários nos quais os membros compartilham o acesso a ferramentas com a finalidade de produzir bens físicos. Os gestores destes espaços tendem a desenvolver negócios estreitamente relacionados às suas áreas de interesse pessoal. Ou seja, ao considerar gestores como tomadores de decisão capazes de definir políticas e estratégias adotadas na organização, observa-se que as motivações de cada indivíduo influenciam nas decisões tomadas a respeito do espaço. Este artigo tem como objetivo investigar os perfis dos gestores a fim de identificar possíveis convergências e divergências entre esses. A pesquisa foi realizada por meio de análise qualitativa exploratória, com aplicação de entrevista semiestruturada, com três gestores dos espaços makers profissionais em Porto Alegre (RS). A pesquisa faz parte de um estudo desenvolvido pelos pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com a intenção de aproximar os conhecimentos de gestão ao movimento maker. No resultado, foram identificadas três tipologias: (1) gestor de espaço maker empresário, que se caracteriza por uma alta consciência social e orientação para o futuro; (2) gestor de espaço maker artesão, que se caracteriza pela fidelidade à educação e às práticas tradicionais; e (3) gestor de espaço maker tecnológico, que apresenta perfil curioso para novas tecnologias e apoia a colaboração em redes digitais. O desenvolvimento deste estudo revelou que espaços makers podem convergir em suas estruturas físicas, entretanto, terão características distintas, geradas de acordo com o perfil de sua gestão.
Downloads
Referências
ALDRICH, H. E. The democratization of entrepreneurship? Hackers, makerspaces, and crowdfunding. In: ACADEMY OF MANAGEMENT ANNUAL MEETING, 1., 2014, Philadelphia. Proceedings… Philadelphia: University of Pennsylvania, 2014. p. 1-7.
ANDERSON, C. Makers: the new industrial revolution. New York: Random House, 2012.
ATKINSON, P. Do it yourself: democracy and design. Journal of Design History, Oxford, v. 19, n. 1, p. 1-10, 2006.
BAICHTAL, J. Hack this: 24 incredible hackerspace projects from the DIY movement. Indianapolis: QUE, 2012.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BECKER, S. A. et al. NMC/CoSN Horizon Report: 2016 K-12 Edition. Austin: The New Media Consortium, 2016. Disponível em: <https://goo.gl/M4psVb>. Acesso em: 14 abr. 2017.
BRADY, T. et al. MakeAbility: creating accessible makerspace events in a public library. Public Library Quarterly, Abingdon, v. 33, n. 4, p. 330-347, 2014.
BUERKETT, R. S. Make it so: you can start a maker club at your school library! Teacher Librarian, Lanham, v. 41, n. 5, p. 17-20, 2014.
CABEZA, E. U. R.; MOURA, M.; ROSSI, D. Design aberto: prática projetual para a transformação social. Strategic Design Research Journal, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 56-65, 2014. Disponível em: . Acesso em: 2 maio 2017.
COLEGROVE, T. Editorial board thoughts: libraries as makerspace? Information Technology and Libraries, Ann Arbor, v. 32, n. 1, p. 2-5, 2013.
DAVEE, S.; REGALLA, L.; CHANG, S. Makerspaces: highlights of select literature. [S. l.]: The Maker Education Initiative, 2015. Disponível em: . Acesso em: 2 maio 2017.
DOUGHERTY, D. The maker movement. Innovations, Cambridge, v. 7, n. 3, p. 11-14, 2012.
EYCHENNE, F.; NEVES, H. FAB LAB: a vanguarda da nova revolução industrial. São Paulo: Fab Lab Brasil, 2013.
FLICK, U. Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Porto Alegre: Penso, 2012.
FLICK, U.; Von KARDORFF, E. V.; STEINKE, I. A companion to qualitative research. New York: Sage, 2004.
FOX, S. Third wave do-it-yourself (DIY): potential for prosumption, innovation, and entrepreneurship by local populations in regions without industrial manufacturing infrastructure. Technology in Society, Amsterdam, v. 39, p. 18-30, 2014.
GERDENITSCH, C. et al. Coworking spaces: a source of social support for independent professionals. Frontiers in Psychology, Lausanne, v. 7, p. 1-12, 2016.
GERSHENFELD, N. Fab: the coming revolution on your desktop: from personal computers to personal fabrication. New York: Basic Books, 2005.
______. How to make almost anything: the digital fabrication revolution. Foreign Affairs, Tampa, v. 91, n. 6, p. 43-57, 2012.
HAN, S. Y. et al. Understanding makerspace continuance: a self-determination perspective. Telematics and Informatics, Abingdon, v. 34, n. 4, p. 184-195, 2017.
HATCH, M. The maker movement manifesto: rules for innovation in the new world of crafters, hackers and tinkerers. New York: McGraw-Hill, 2013.
HENRICKS M. Not just a living: the complete guide to creating a business that gives you a life. Cambridge: Perseus Books, 2003.
HLUBINKA, M. et al. Makerspace playbook: School Edition. [S. l.]: Maker Ed, 2013. Disponível em: <https://goo.gl/knx5FU>. Acesso em: 14 abr. 2017.
KIM, T.; SHIN, D. H. Social platform innovation of open source hardware in South Korea. Telematics and Informatics, Abingdon, v. 33, n. 1, p. 217-226, 2016.
KURTI, R. S.; KURTI, D. L.; FLEMING, L. The philosophy of educational makerspaces. Teacher Librarian, Lanham, v. 41, n. 5, p. 8-11, 2014.
KUZNETSOV, S.; PAULOS, E. Rise of the expert amateur: DIY projects, communities, and cultures. In: NORDIC CONFERENCE ON HUMANCOMPUTER INTERACTION: EXTENDING BOUNDARIES, 6., 2010, Reykjavik, Iceland. Proceedings… Reykjavik: ACM, 2010. p. 295-304.
LANDSTRÖM, H. Pioneers in entrepreneurship and small business research. New York: Springer, 2010.
LINDTNER, S. Hackerspaces and the internet of things in China: how makers are reinventing industrial production, innovation, and the self. China Information, New York, v. 28, n. 2, p. 145-167, 2014.
LINDTNER, S.; HERTZ, G. D.; DOURISH, P. Emerging sites of HCI innovation: hackerspaces, hardware startups & incubators. In: SIGCHI CONFERENCE ON HUMAN FACTORS IN COMPUTING SYSTEMS, 2014, Toronto, Ontario. Proceedings… Toronto: ACM, 2014. p. 439- 448.
MAKER ED. High school makerspace tools & materials. [S. l.]: MakerEd, 2012. Disponível em: <https://goo.gl/6EhG7b>. Acesso em: 6 dez. 2015.
MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
MARAVILHAS, S. Fab Labs: estímulo à inovação, usando a fabricação digital. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON TECHNOLOGICAL INNOVATION, 7., 2016, Aracaju. Anais eletrônicos… Aracaju: Universidade Federal de Sergipe, 2016. p. 503-512. Disponível em: . Acesso em: 2 maio 2017.
MARCKETTI, S.; NIEHM, L.; FULORIA, R. An exploratory study of lifestyle entrepreneurship and its relationship to life quality. Family and Consumer Sciences Research Journal, Lanham, v. 34, n. 3, p. 241-259, 2006.
MCKAY, G. (Ed.). DIY culture: party and protest in nineties Britain. New York: Verso, 1998.
MIKHAK, B. et al. Fab Lab: an alternate model of ICT for development. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON OPEN COLLABORATIVE DESIGN FOR SUSTAINABLE INNOVATION, 2., 2002, Bangalore. Proceedings… Bangalore: ACM, 2002. p. 1-7.
MILLER, D.; TOULOUSE, J. M. Strategy, structure, CEO personality and performance in small firms. American Journal of Small Business, Baltimore, v. 10, n. 3, p. 47-62, 1986.
NASCIMENTO, S.; PÓLVORA, A. Maker cultures and the prospects for technological action. Science and Engineering Ethics, New York, p. 1-20, 2016.
OLIVER, K. M. Professional development considerations for makerspace leaders, part one: addressing “What?” and “Why?”. TechTrends, New York, v. 60, n. 2, p. 160-166, 2016.
PAPAVLASOPOULOU, S.; GIANNAKOS, M. N.; JACCHERI, L. Empirical studies on the Maker Movement, a promising approach to learning: a literature review. Entertainment Computing, Amsterdam, v. 18, p. 57-78, 2017.
PETERSON, K. M. Community is key to successful library make spaces. The digital Shift, New York, 2013. Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2015.
PINTO, S. L. U. et al. O movimento maker: enfoque nos Fablabs brasileiros. In: CONFERÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES PROMOTORAS DE EMPREENDIMENTOS INOVADORES, 26. 2016, Fortaleza. Anais… Fortaleza: Anprotec, 2016. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2017.
RIFKIN, J. La tercera revolucion industrial. Madrid: Paidós, 2011.
RUVIO, A. A.; SHOHAM, A. A multilevel study of nascent social ventures. International Small Business Journal, Tanham, v. 29, n. 5, p. 562-579, 2011.
SANTOS, A. Gestão estratégica: conceitos, modelos e instrumentos. Lisboa: Escolar, 2008.
SHERIDAN, K. M. et al. Learning in the making: a comparative case study of three makerspaces. Harvard Educational Review, Cambridge, MA, v. 84, n. 4, p. 505- 531, 2014.
SMITH, N. R. The entrepreneur and his firm: the relationship between type of man and type of company. East Lansing: Bureau of Business and Economic Research, 1967. (Occasional Papers)
STACEY, M. The Fab Lab Network: a global platform for digital invention, education and entrepreneurship. Innovations: Technology, Governance, Globalization, Cambridge, MA, v. 9, n. 1-2, p. 221-238, 2014.
TEIXEIRA, M. L. M.; POPADIUK, S. Confiança e desenvolvimento de capital intelectual: o que os empregados esperam de seus líderes? RAC: Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 7, n. 2, p. 73-92, 2003.
TREGEAR, A. Lifestyle, growth, or community involvement? The balance of goals of UK artisan food producers. Entrepreneurship and Regional Development, Abingdon, v. 17, n. 1, p. 1-15, 2005.
TROXLER, P.; SCHWEIKERT, S. Developing a business model for concurrent enterprising at the Fab Lab. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON CONCURRENT ENTERPRISING, 16., 2010, Lugano. Proceedings… Lugano: University of Nottingham, 2010. p. 1-8.
VAN HOLM, E. What are Makerspaces, Hackerspaces, and Fab Labs? SSRN Electronic Journal, Abingdon, p. 2-27, 2015. Disponível em: <https://goo.gl/ZdWgTP>. Acesso em: 12 jan. 2018.
WALKER, E.; BROWN, A. What success factors are important to small business owners? International Small Business Journal, Tanham, v. 22, n. 6, p. 577-594, 2004.
WENNEKERS, S.; THURIK, R. Linking entrepreneurship and economic growth. Small Business Economics, New York, v. 13, n. 1, p. 27-56, 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).