O DESAFIO DO CONCEITO DE PERFORMANCE NO CAMPO DA SUSTENTABILIDADE E DO DESIGN COMPUTACIONAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/gtp.v12i3.134314

Palavras-chave:

Design Orientado pela Performance, Design Computacional, Sustentabilidade, Solar Decathlon

Resumo

Este artigo discute o conceito de performance e sua apropriação nas áreas de pesquisa relacionadas à sustentabilidade e ao design computacional, enfocando os processos projetuais dos campos da arquitetura e do urbanismo. Recentemente, termos como “design orientado pela performance” ou “arquitetura orientada pela performance”, sobretudo quando relacionados à sustentabilidade, têm figurado no vocabulário de autores e profissionais na busca por diretrizes de projeto baseadas em processos de simulação e uso sistemático de ferramentas digitais. Nesse contexto, a noção de performance tem sido compreendida principalmente como sinônimo de desempenho, alinhando-se a discursos contemporâneos de eficiência e otimização – considera-se, nessas circunstâncias, que um edifício ou um recorte urbano “performa” quando atende a determinados critérios objetivos de avaliação de sustentabilidade, reduzida a parâmetros matemáticos. Pretende-se neste artigo justamente ampliar essa visão a partir de novas interpretações teóricas, recorrendo à investigação etimológica, pesquisa histórica e revisão de literatura, com base em autores de diferentes áreas e no estudo de caso da competição acadêmica de casas solares, o Solar Decathlon. Espera-se que essa análise inicial contribua para a emergência de novas formas de entendimento do conceito de performance, relativizando a noção de “corpo” que “performa” em diferentes vieses, potencializando assim sua apropriação e utilização no campo da sustentabilidade e do design computacional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jose Ripper Kos, Universidade Federal de Santa Catarina

    Universidade Federal de Santa Catarina - Departamento de Arquitetura e Urbanismo e PosARQ

    Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROURB)

Referências

AISH, R.; WOODBURY, R. Multi-level interaction in parametric design. In: BUTZ, A. et al. (Eds.). Smat Graphics 2005. Berlim: Springer, 2005. p. 151-162. Disponível em: <https://goo.gl/94zHUN> Acesso em: 1º nov. 2017.

BURRY, J. et al. Design trade-off: sailing as a vehicle for modelling dynamic trade-off design. In: BURRY, J. (Ed.). Designing the dynamic: high-performance sailing and real-time feedback in design. Melbourne: Melbourne Books, 2013. p. 17-23.

BUTLER, J. Gender trouble: feminism and the subversion of identity. London: Routledge, 2006.

CELANI, G. Prefácio à edição brasileira. In: MITCHELL, W. J. A lógica da arquitetura. São Paulo: Unicamp, 2008. p. 5-7.

DREW, P. Leaves of iron: Glenn Murcutt: pioneer of an Australian architectural form. Sydney: Law Book, 1985.

DUARTE, V. G.; NORONHA, M. P. Performance e arquitetura: uma transmutação conceitual a partir do estudo do edifício da Fundação Iberê Camargo, de Álvaro Siza. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DO CURSO DE HISTÓRIA DA UFG/JATAÍ, 2., 2011, Jataí. Anais… Jataí: UFG, 2011. Disponível em: <https://goo.gl/K2MVTx> Acesso em: 1º nov. 2017.

FERREIRA, A. B. H. Dicionário eletrônico Aurélio século XXI. Rio de Janeiro: Positivo, 2004. 1 CD-ROM, versão 5.0.

HARVEY, S. R. Heidegger and eco-phenomenology: Gelassenheit as practice. 2008. 91 f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Washington State University, Washington, DC, 2008.

HEIDEGGER, M. Construir, habitar, pensar. In: ______. Ensaios e conferências. Tradução Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel e Marcia Sá Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 125-142.

HENSEL, M. AD primer: performance-oriented architecture: rethinking architectural design and the built environment. London: AD Wiley, 2013. Kindle Edition.

IMAGINE a building that answers the question what does good look like? International Living Future Institute, Seattle, 17 abr. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/rFGRGT>. Acesso em: 1º nov. 2017.

KOLAREVIC, B.; MALKAWI, A. Performative architecture: beyond instrumentality. New York: Spon, 2010.

LEACH, N. Drag spaces. The London Consortium, London, n. 4, p. 1-7, nov. 2006. Disponível em: <https://goo.gl/Wdaj35>. Acesso em: 1º nov. 2017.

LEATHERBARROW, D. Architecture oriented otherwise. New York: Princetown Architectural, 2009.

______. Prefácio. In: HENSEL, M. AD primer: performance-oriented architecture: rethinking architectural design and the built environment. London: AD Wiley, 2013. Kindle Edition.

LI, C.; HONG, T.; YAN, D. An insight into actual energy use and its drivers in high-performance buildings. Applied Energy, Amsterdam, v. 131, p. 394-410, 2014.

MURCUTT, G. Interview: Glenn Murcutt Talking Heads. Entrevistador: P. Thompson. Sidney: ABC, 2008. Disponível em: <https://goo.gl/Nch4vb>. Acesso em: 9 nov. 2017.

NEWSHAM, G. R.; MANCINI, S.; BIRT, B. J. Do LEED-certified buildings save energy? Yes, but… Energy and Buildings, Amsterdam, v. 41, n. 8, p. 897-905, 2009.

NOVAK, M. J. Computational composition in architecture. In: ASSOCIATION FOR COMPUTER AIDED DESIGN IN ARCHITECTURE CONFERECENCE, 8., 1988, Michigan. Proceedings… Michigan: Ann Arbor, 1988. p. 5-30. Disponível em: <https://goo.gl/8tJrb8>.

OXMAN, R. Performance-based design: current practices and research issues. International Journal of Architectural Computing, Thousand Oaks, v. 6, n. 1, p. 1-17, 2008. Disponível em: <https://goo.gl/ZzuRzz> Acesso em: 20 jun. 2017.

______. Novel concepts in digital design. In: GU, N.; WANG, X. (Eds.). Computational design methods and technologies: applications in CAD, CAM and CAE education. Hershey: IGI Global, 2012, p. 18-33.

PÉREZ-GÓMEZ, A. Praise. In: BAEK, J. Architecture as the ethics of climate. London: Routledge, 2016. p. ii.

RODRIGUEZ-UBINAS, E. et al. Passive design strategies and performance of net energy plus houses. Energy and Buildings, Amsterdam, v. 83, p. 10-22, nov. 2014.

SCHECHNER, R. Between theatre and antropology. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1985.

______. Performance theory. New York: Routledge, 1988.

TSCHUMI, B. Architecture and disjunction. Cambridge, MA: The MIT Press, 1994.

TWELVE meter yachts and their sailing instruments. Ockan Instruments, Milford, 23 fev. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/kyqAMs> Acesso em: 1º nov. 2017.

U. S. DEPARTMENT OF ENERGY. Solar Decathlon. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/yd5kt9>. Acesso em: 1º nov. 2017

VARDOULI, T. Sense and sensibility: the behaviourism/phenomenology debate in the Portsmouth Symposium of 1967 on design methods in architecture. Archidoct, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 82-84, 2014. Disponível em: <https://goo.gl/qTs5Ma>. Acesso em: 1º nov. 2017.

WHAT are polars: everybody talks about them, but what are they? Ockam Instruments, Milford, 3 jun. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/gY1sfp>. Acesso em: 1º nov. 2017.

Downloads

Publicado

2017-11-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O DESAFIO DO CONCEITO DE PERFORMANCE NO CAMPO DA SUSTENTABILIDADE E DO DESIGN COMPUTACIONAL. (2017). Gestão & Tecnologia De Projetos, 12(3), 77-92. https://doi.org/10.11606/gtp.v12i3.134314