Vai-Vai e um privilégio que não é pra qualquer um: protegido e abençoado por Ogum

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185718

Palavras-chave:

Afro-religiosidade, Candomblé, Escolas de samba, Carnaval, Ogum

Resumo

Esse artigo apresenta uma breve visão a respeito da influência religiosa que a Escola de Samba Vai-Vai tem em seu cotidiano e transmite aos seus integrantes. Tais referências vão desde as católicas europeias, até as afro-diaspóricas, em especial a devoção que a agremiação tem com relação à Ogum, orixá regente da escola. Essa forma de expressar a fé, tão própria da escola de samba, festiva e sincrética – mas ainda assim, sagrada -, faz parte do dia a dia da escola, e festas votivas fazem parte do calendário anual da agremiação. Mas não é só. Nos desfiles de carnaval – momento de maior visibilidade que as agremiações têm ao longo do ano - essa religiosidade também se evidencia, com representações de divindades aparecendo nos cortejos, com destaque às representações de Ogum, que apareceram com mais frequência, nos desfiles dos últimos anos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Felipe Dias Candido, Universidade Federal de São Paulo

    FELIPE DIAS CANDIDO é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Cursou graduação em Ciências Sociais na Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp). E-mail: felipedcandido@gmail.com

Referências

Alexandre, Claudia Regina. 2017. Exu e Ogum no terreiro de samba: um estudo sobre a religiosidade da escola de samba Vai-Vai. 166 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Religião) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

Bastide, Roger. 2001. O candomblé da Bahia. São Paulo: Editora Companhia das Letras.

Baronetti, Bruno Sanches. 2015. Transformações na Avenida: história das escolas de samba da cidade de São Paulo (1968-1996). São Paulo: Editora LiberArs.

Faislon, Leonardo Lázaro; Benedicto, Ricardo Matheus. 2020. Candomblé: Axé e Ancestralidade como categoria analítica afrocêntrica. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Sociais) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde.

Ferreti, S. F. 1995. Repensando o sincretismo: estudo sobre a Casa das Minas. São Paulo: Edusp; São Luís: Fapema.

Jorge, Fred. 1959. História de São Jorge. Prelúdio.

Leite, Ilka Boaventura. 2000. Os Quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Etnográfica. V.4, n. 2, p. 333-354.

Marques, Adilio Jorge Marques, Morais, Marcelo Afonso. 2011. O sincretismo entre São Jorge e Ogum na Umbanda: Ressignificações de tradições europeias e africanas. In: Anais do III Encontro Nacional do GT História das Religiões e das Religiosidades – ANPUH -Questões teórico-metodológicas no estudo das religiões e religiosidades. IN: Revista Brasileira de História das Religiões. Maringá (PR) v. III, n.9, jan/2011.

Pereira, E. de A. 2004. Elos do carnaval. Celebração. Diálogo, Revista de Ensino Religioso, São Paulo: Editora Paulinas, v. 33, p. 44.

Prandi, Reginaldo. 1998. Referências sociais das religiões afro-brasileiras: sincretismo, branqueamento, africanização. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 4, n. 8, p. 151-167, jun. 1998.

Prandi, Reginaldo. 2001. Mitologia dos Orixás. São Paulo, Companhia das Letras.

Prandi, Reginaldo. 2001. Exu, de mensageiro a diabo – Sincretismo católico e demonização do Orixá Exu. Revista USP, São Paulo, n.50, p. 46-63, junho/agosto 2001.

Prandi, Reginaldo. 2019. Ogum: caçador, agricultor, ferreiro, trabalhador, guerreiro e rei. Rio de Janeiro, Editora Pallas.

Sanchis, P. 1995. As tramas sincréticas da história. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, n. 28, p. 123-130, jun. 1995.

Scarlato, Francisco Capuano. 1988. O Real e o Imaginário no Bexiga, São Paulo, tese de doutorado, FFLCH-USP.

Silva, Mary Anne Vieira da. 2010. Xirê – A festa do candomblé e a formação dos “entre-lugares”. In: Revista Habitus - Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, v. 8, n. 1/2, p. 99-117, jan./dez.

Souza, Marina de Mello E. 2005. África e Brasil africano. 2. ed. São Paulo: Ática.

Valente, Waldemar. 1955. Sincretismo religioso afro-brasileiro, São Paulo, Companhia Editora Nacional.

Veiga, Rychelmy Imbiriba. 2012. Um sacerdote resistente: a trajetória de Pai Procópio de Ogum. In: Anais do IV Encontro de História: História, Racismo e Religiosidades Negras/I Encontro Nacional do Laboratório de História Afro-Brasileira, Maceió, 23 a 26 de Outubro de 2012 [recurso eletrônico], Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes, Curso de História, Maceió: Ufal, 2012.

Verger, Pierre. 1981. Os Orixás. Salvador: Editora Currupio.

Publicado

2022-08-30

Edição

Seção

Dossiê Religiões (Artigos)

Como Citar

“Vai-Vai E Um privilégio Que não é Pra Qualquer Um: Protegido E abençoado Por Ogum”. 2022. GIS - Gesto, Imagem E Som - Revista De Antropologia 7 (1): e185718. https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185718.