A "Revolta das Barcas": sobre silenciamento performativo e imaterialidade do protesto na (in)visibilidade contemporânea das periferias urbanas

Autores

  • Paulo Raposo Centro em Rede de Investigação em Antropologia, Instituto Universitário de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2016.116348

Palavras-chave:

performance, artivismo, revoltas urbanas, movimentos sociais, culturas visuais digitais, niterói

Resumo

Neste artigo pretendo pensar do ponto vista da antropologia da performance o cruzamento entre espaço público, performances políticas e mediatização. Através da leitura de uma revolta urbana espoletada em 1959 em Niterói, a Revolta das Barcas, propus aos participantes de um curso-oficina na Universidade Federal Fluminense, em Novembro de 2014, uma instalação-performativa para revisitar sua memória e, sobretudo, para a reatualizá-la de um ponto de vista político face aos conflitos recentes associados ao Movimento Passe Livre no Brasil. Começo por analisar um conjunto imagético de protestos recentes em Portugal, stados Unidos, Espanha e Brasil para explicitar traços semelhantes no modo de atuação dessas mobilizações políticas e na resposta dada pelo poder dominante. “Artivismo” emerge como conceito a explorar nos protestos políticos contemporâneos. Ao longo do artigo, tentarei sublinhar a sua performatividade ativista, seus efeitos de carnavalização e suas possíveis articulações entre repertórios e arquivos.

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Biografia do Autor

  • Paulo Raposo, Centro em Rede de Investigação em Antropologia, Instituto Universitário de Lisboa

    Doutorado em Antropologia e Professor no Departamento de Antropologia do ISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa) e foi Prof. Visitante na UFSC e na UFF. Foi membro da Direcção da Associação Portuguesa de Antropologia (APA) e fundador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA). Membro da Comissão Editorial da revista Etnográfica (2000-2009).  Realizou várias investigações em Portugal, Espanha e Brasil trabalhando sobre temáticas como o corpo, ritual e performance, património e turismo e, no presente, na área dos movimentos sociais e das performances políticas. Co-autor do livro coletivo A terra do Não-lugar. Diálogos entre performance e antropologia (2013, EdUFSC). Colabora com diversas estruturas artísticas em Portugal, sobretudo no campo das artes performativas.

Publicado

2016-06-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

“A ‘Revolta Das Barcas’: Sobre Silenciamento Performativo E Imaterialidade Do Protesto Na (in)visibilidade contemporânea Das Periferias Urbanas”. 2016. GIS - Gesto, Imagem E Som - Revista De Antropologia 1 (1). https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2016.116348.