Avaliação da percepção de graduandos da USP referente à integração do ensino acadêmico com a tecnologia em saúde
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v4i1p85-91Palavras-chave:
Práticas Interdisciplinares, Educação Superior, Ciência da Saúde, Tecnologia, Aplicativos MóveisResumo
A demanda em integrar ensino acadêmico e as Tecnologias em Informação e Comunicação (TICs) é crescente nos dias atuais, visto que os avanços na tecnologia impactam diretamente a produção científica e estão fortemente presentes no cotidiano dos universitários. O objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção de graduandos da área da saúde da Universidade de São Paulo, campus capital, com relação à integração entre ensino acadêmico e tecnologia, por meio de um questionário eletrônico. O questionário apresentava questões sobre o perfil do graduando, o acesso a plataformas digitais durante a formação acadêmica e na prática clínica e os conhecimentos em tecnologias adquiridos durante o curso. As frequências absoluta e relativa referentes a sexo, curso, acesso a dispositivos móveis e percepção dos universitários foram calculadas. O questionário obteve um total de 57 participantes, sendo 46 (80,7%) do sexo feminino e 11 (19,3%) do sexo masculino. Dentre os participantes, 93% referiram o uso de plataformas digitais na formação acadêmica, 94,7% demonstraram interesse em aprender mais sobre tecnologia durante a graduação, e mais de 90% apontaram que as ferramentas tecnológicas podem auxiliar na compreensão dos conteúdos ministrados em sala de aula e na aproximação da prática profissional. Evidências apontam a necessidade de implementação das TICs no sistema universitário, assim como o estímulo para a incorporação de ferramentas tecnológicas pelos docentes. Além disso, é preciso construir estratégias de ensino aprendizagem com recursos tecnológicos que acolham o conteúdo necessário para a formação do profissional da saúde.
Downloads
Referências
AMEM, Bernadete Malmegrim Vanzella; NUNES, L. C. Tecnologias de Informação e Comunicação: Contribuições para o Processo Interdisciplinar no Ensino Superior. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, vol. 30, n. 3, pp. 171-180, dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010055022006000300008&lang=pt.
BARBOSA, Alexandre. TIC Saúde 2013: Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Estabelecimentos de Saúde Brasileiros. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2015. [livro eletrônico] Disponível em: https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/tic-saude-2013.pdf.
BARBOSA, Tatiana Péret. “Tecnologias Digitais: Desafios e Perspectivas no Ensino Superior em Saúde”. Percurso Acadêmico, Belo Horizonte, vol. 6, n. 12, jul./dez. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Informação e Informática em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2016 p. 56 .
BRASIL. “Resolução CNE/CES 1133, de 3 de outubro de 2001”. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 out. 2001. Seção 1E, p. 131.
BRASIL. “Resolução CNE/CES n. 5, de 7 de novembro de 2001”. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 nov. 2001. Seção 1, p. 39.
CAVALCANTE, Maria Tereza Leal & VASCONCELLOS, M. M. “Tecnologia de Informação para a Educação na Saúde: Duas Revisões e uma Proposta”. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, vol. 12, n .3, maio/jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141432832019000100253&lang=pt.
GADELHA, Marília Moreira Torres.; ANDRADE, M. E. de.; SILVA, J. M. A.; BEZERRA, I. C. B.; CARMO, A. P. do & FERNANDES, M. C. “Tecnologias Educativas no Processo Formativo: o Discurso dos Acadêmicos de Enfermagem”. Rev. Enferm UFPE On-line, Recife, vol. 13, n. 1, pp. 155-161, jan. 2019.
HADDAD, Ana Estela; ROMERO, J. S. L.; ALENCAR, C. J. F.; RAGGIO, D. P.; CIAMPONI, A. L. & BONECKER, M. “A Política Nacional de Educação Superior na Saúde e a Reorientação Curricular da FOUSP: Análise Comparativa do Desempenho e Percepção dos Estudantes”. Revista de Graduação USP, vol. 3, n. 2, jul. 2018.
MASETTO, Marcos. “Inovação na Educação Superior”. Interface – Comunic., Saúde, Educ., vol. 8, n. 14, set. 2003-fev. 2004.
MAYES, J. Terry & FOWLER, C. J. H. Learning Technology and Usability: a Framework for Understanding Courseware. Interacting with Computers, vol. 11, n. 5, 1999, pp. 485-497 .
MORAIS, Nídia Salomé; POMBO, L.; BATISTA, J.; MOREIRA, A. & RAMOS, F. “Uma Revisão de Literatura sobre o Uso das Tecnologias de Comunicação no Ensino Superior”. PRISMA.COM, 2014, 24, pp. 162-185.
PESSONI, Arquimedes & GOULART, E. “Tecnologias e o Ensino na Área da Saúde”. ABCS Health Sciences, vol. 40, n. 3, 2015, pp. 270-275 .
RAMOS, Emille Raiza Luna Gomes; SOUZA, F. B. de. & CABRAL DE MELO, M. M. D. “Incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação na Integração Ensino-Serviço dos Cursos de Saúde de uma Universidade Pública”. Revista da Abeno, Pernambuco, vol. 18, n. 3, 2018, pp. 159-168 .
SANTOS, Zélia Maria de Sousa Araújo; FROTA, M. A. & MARTINS, A. B. T. Tecnologias em Saúde: da Abordagem Teórica à Construção e Aplicação no Cenário do Cuidado. Fortaleza: EdUECE, 2016. 482 p.
SUGRUE, B. “Cognitive Approaches to Web-Based Instruction”. In: LAJOIE, S. (ed.). Computers as Cognitive Tools: No More Walls. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2000, pp. 133-162.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O(s) autor(es) mantém(êm) os direitos sobre o artigo publicado. Todavia, a publicação deste na Revista de Graduação USP implica, de modo automático, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição do texto, sem pagamento por parte do periódico.
• Depois da primeira publicação de seu artigo na revista, o(s) autor(es) tem(êm) autorização para efetuar contratos adicionais, independentes do periódico, com vistas à divulgação do trabalho em questão por outros meios. Para tanto, deve(m) fazer a citação da fonte completa do texto, de modo a incluir o nome da publicação original;
• Não só se autoriza, como se estimula, o(s) autor(es) de um artigo já publicado a distribuir(em) seu trabalho online (pelos mais variados canais), sempre com as devidas citações da primeira edição.
Política de Ética e Boas Práticas
A Revista de Graduação USP – Grad+ tem o compromisso com a ética e a alta qualidade dos trabalhos publicados. Assim, incentivamos a adoção de um comportamento ético e responsável de todas as partes envolvidas no processo de publicação: autores, editores, pareceristas e equipe técnica.
- Os autores se responsabilizam por encaminhar artigos originais e assegurar que estejam em conformidade com normas éticas. Recomenda- se que as pesquisas encaminhadas como artigo tenham passado por avaliação de comitê de ética. Em nossa política antiplágio, a Revista de Graduação USP se reserva o direito de aplicar ferramentas antiplágio para verificação dos manuscritos e de rejeitar aqueles que configurem plágio ou indicação de qualquer outro comportamento que viole a transparência e a ética durante o processo de análise e publicação.
- Os editores tomarão as medidas necessárias para apuração de eventuais reclamações sobre questões éticas sobre algum trabalho publicado.
- As decisões dos Editores serão tomadas sem influências, seja de eventuais receitas ou outras.
- A revista está disposta a publicar retratações, correções ou esclarecimentos, quando necessário.
A Revista de Graduação USP (Grad+) se orienta pelas diretrizes do Código de Conduta e Boas Práticas do COPE (Committee on Publication Ethics) https://publicationethics.org/guidance/Guidelines) e as submissões devem atender a essas diretrizes. Para conhecimento do Código consulte o texto original em inglês https://publicationethics.org/files/Code_of_conduct_for_journal_editors_1.pdf.
Boas Práticas aplicadas aos Editores:
- Decisão de publicação: os editores responsáveis por decidir sobre os artigos submetidos à revista e que devem ser publicados são guiados pelas políticas da revista, as quais devem obedecer às exigências legais, violação de direitos autorais e plágio.
- Transparência e respeito: os editores devem encaminhar e acompanhar o processo avaliativo dos manuscritos submetidos, bem com a decisão de publicá-los ou não, sem levar em conta a raça, sexo, a orientação sexual, a crença religiosa, a origem étnica, a nacionalidade ou a filosofia política dos autores. Não serão aceitas expressões que caracterizem preconceito na escrita dos artigos ou que incentivem a violência e a negação dos direitos humanos.
- Confidencialidade: os editores não devem divulgar qualquer informação sobre um manuscrito submetido, a não ser aos pareceristas e aos conselheiros editoriais.
- Divulgação e conflitos de interesse: se o artigo ou seu conteúdo gerar dúvidas quando a potenciais conflitos de interesse, será solicitado ao(s) autor(es) declarar de forma escrita que não foram omitidas informações sobre eventuais relações comerciais, formas de financiamento ou vinculação institucional. Os editores podem se recusar a avaliar manuscritos que apresentem conflitos de interesse, por questões colaborativas, competitivas ou de proximidade. Se necessário, o editor poderá designar um editor específico e isento para cuidar do processo editorial de determinado artigo.
- Envolvimento e cooperação em investigações: os editores se comprometem a tomar medidas cabíveis quando forem apresentadas reclamações quanto às questões éticas a respeito de um manuscrito submetido ou artigo publicado.
- Responsabilidade editorial: os editores se responsabilizam por tratar os manuscritos como documentos confidenciais e a preservar a identidade dos pareceristas durante o processo, assegurando a lisura do processo avaliativo.
Boas Práticas aplicadas aos Revisores:
- Confidencialidade: os trabalhos recebidos para análise devem ser tratados como documentos confidenciais; portanto, os revisores se comprometem a não divulgar quaisquer informações sobre o manuscrito com terceiros e, principalmente, com os interessados.
- Divulgação e conflito de interesses: os pareceristas devem manter em sigilo e a não utilizar em proveito pessoal, as ideias ou dados obtidos por meio da leitura e avaliação dos manuscritos.
- Sobre as fontes: os pareceristas devem identificar trabalhos publicados relevantes que não foram citados pelos autores, bem como cabe ao seu processo de análise informar aos editores qualquer fonte diferente da informada; qualquer semelhança ou sobreposição do texto em análise e outro e fontes não confiáveis que sejam de seu conhecimento.
Boas Práticas aplicadas aos Autores:
- Originalidade e plágio: os autores devem garantir que as obras sejam inteiramente originais; o uso de imagens e trechos de outros trabalhos devem ter a devida autoria e serem devidamente citados no artigo. O uso de fotos deve dar os devidos créditos a quem tirou. O plágio é antiético e inaceitável na publicação.
- Autoria: a autoria do trabalho deve ser restrita àqueles que fizeram uma contribuição significativa para a concepção, projeto, execução ou interpretação do estudo relatado. Não se coloca número mínimo de autores para publicação, mas artigos com diversos autores podem suscitar dúvidas quanto à participação de todos.
Todos aqueles que fizeram contribuições significativas devem ser listados como coautores. O autor principal deve garantir que todos os coautores apropriados estejam incluídos no artigo. O autor principal deve se certificar que todos os coautores viram e aprovaram a versão final do manuscrito e que concordaram com sua submissão para publicação. Ao aceitar o artigo, a revista entende que estes cuidados foram tomados no envio, estando estes sob responsabilidade do autor principal. - Publicação múltipla, redundante e simultânea: os autores não devem publicar manuscritos que apresentem essencialmente o mesmo conteúdo em mais de um periódico. O autoplágio não é aceito. Publicações de mesmo conteúdo do autor em diferentes veículos conferem má conduta.
- Sobre as fontes: os autores devem citar as publicações que foram importantes na determinação da natureza do manuscrito, pois o trabalho de outros autores deve ser sempre reconhecido. As informações obtidas em uma conversa, correspondência ou discussão com terceiros devem ser evitadas e utilizadas caso estritamente necessário apenas com a permissão explícita por escrito da fonte, que deve ficar em posse do(s) autor(es) e apresentá-la, se solicitado. Caso faça uso de banco de dados prontos ou de terceiros, cabe ao(s) autor(es) averiguar sua procedência e validade.
- Erros em trabalhos publicados: caso ocorra erro detectado pelos autores, considerado significativo, ou identifique imprecisão em seu artigo publicado, é obrigação informar e cooperar com os editores para a correção do artigo.
- Fontes de financiamento da pesquisa: é reponsabilidade do(s) autor(es) informar as fontes de recursos utilizados para pesquisa.
- Comitês de ética: é desejável apresentar o número do processo de aprovação em Comitê de Ética no corpo ou rodapé do artigo. A necessidade de apreciação por Comitê depende do escopo do trabalho, sendo altamente recomendado quando se tratar de pesquisa.