Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico

Autores

  • Gil Barreto Trindade Netto Universidade Federal de Mato Grosso. Instituto de Ciências Exatas e da Terra. Departamento de Recursos Minerais
  • Paulo César Corrêa da Costa Universidade Federal de Mato Grosso. Instituto de Ciências Exatas e da Terra. Departamento de Recursos Minerais
  • Vicente Antonio Vitório Girardi Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i1p3-21

Palavras-chave:

Diques máficos, Geoquímica, Rondônia

Resumo

Dois tipos de diques máficos ocorrem na porção centro-leste de Rondônia, a sudoeste do Cráton Amazônico. Os enxames posicionam-se na interface entre duas províncias geocronológicas e terrenos tectônicos distintos (Província Rio Negro-Juruena e Sunsás-Aguapeí, individualizadas no Terreno Jamari e Terreno Nova Brasilândia, respectivamente), separados pelo gráben paleozoico de Pimenta Bueno. Eles são denominados diabásio I e diabásio II. Diabásio I orienta-se preferencialmente segundo WNW-ESE, subordinadamente segundo NW-SE, e cortam rochas proterozoicas das formações Migrantinópolis e Terra Boa, e da Suíte Intrusiva Serra da Providência. Diabásio II é mais abundante na região e orienta-se preferencialmente segundo N-S e NNE-SSW, e subordinadamente segundo WSW-ESE. Esse enxame intrude rochas paleozoicas das formações Pedra Redonda e Pimenta Bueno. As principais diferenças petrográficas consistem na presença de ortopiroxênio somente nas amostras do diabásio II, e em diferentes texturas, predominantemente equigranular no diabásio I, e frequentemente porfirítica e microporfirítica no diabásio II. Geoquimicamente, as rochas de ambos os tipos classificam-se como basaltos toleíticos. Diabásio I (mg# 0,35 – 0,71) é mais enriquecido em FeO, TiO2 , K2 O, P2 O5 e elementos incompatíveis em comparação ao diabásio II (mg# 0,40 – 0,60). A diferença em grau de enriquecimento de ambos os magmas e a nítida distinção entre razões de elementos incompatíveis indicam que diabásio I e diabásio II são provenientes de diferentes mantos parentais. A grande similaridade entre teores e razões de elementos incompatíveis dos diabásios I e metagabros do Grupo Nova Brasilândia (1,10 Ga) sugere que ambos os magmas originaram-se de fontes mantélicas semelhantes, devendose levar em conta, para futuras pesquisas, a possibilidade da proximidade das respectivas idades de intrusão. As características geológicas do enxame de diabásio II sugere idade mesozoica. Os dados geológicos e geoquímicos indicam ambiente intracratônico para ambos os enxames

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Publicado

2016-04-07

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Trindade Netto, G. B., Costa, P. C. C. da, & Girardi, V. A. V. (2016). Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico. Geologia USP. Série Científica, 16(1), 3-21. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i1p3-21