O Meteorito Palmas de Monte Alto: aspectos petrográficos e mineraloquímicos

Autores

  • Wilton Pinto Carvalho Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia
  • Débora Correia Rios Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia
  • Maria Elizabeth Zucolotto Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional
  • Herbet Conceição Universidade Federal de Sergipe. Programa de Pós Graduação em Geociências e Análise de Bacias
  • Acácio José Silva Araújo Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia
  • Amanda Araújo Tosi Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Geociências. Labsonda

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-132539

Palavras-chave:

Meteorito, Ferro, Níquel, Palmas de Monte Alto

Resumo

Diversos parâmetros têm sido utilizados para a classificação dos meteoritos de ferro, principalmente sua mineralogia e suas propriedades químicas e estruturais. Este artigo resgata e documenta o achado do meteorito férreo Palmas de Monte Alto, apresentando uma sequência de parâmetros classificatórios que amplia e detalha os dados disponíveis sobre o fragmento. Esse meteorito, um siderito, foi achado no topo da serra de Monte Alto antes de 1955 e hoje representa um dos seis espécimes que compõem a coleção de meteoritos do estado da Bahia. Ele é constituído de uma única massa de 97 kg com alto estágio de oxidação externa em locais em que a crosta de fusão foi removida. Sua mineralogia inclui kamacita, taenita e plessita, bem como fases minerais secundárias, tais como o óxido de Fe-Ni akaganeíta. Também estão presentes minerais acessórios de ocorrência comum em ligas metálicas de Fe-Ni de origem espacial, isto é, schreibersita, cromita e troilita, e foi identificada uma rara solução sólida de ortofosfatos de Fe-Mn composta dos minerais heterosita-purpurita ou sarcopsida-graftonita como membros extremos. A largura média de suas lamelas de kamacita (0,95 ± 0,15 mm) permite classificar estruturalmente o meteorito como um octaedrito médio, com padrão Widmanstätten médio e bem definido. Seus teores de Ni (9,40 wt%) e Co (0,46 wt%) comparados aos elementos-traço Ga (22 ppm), Ir (0,70 ppm), As (16,00 ppm) e Au (1,70 ppm) recomendam a inclusão desse meteorito no grupo químico IIIAB.

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Biografia do Autor

  • Wilton Pinto Carvalho, Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia

    Instituto de Geociências, Grupo de Pesquisa Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral

  • Débora Correia Rios, Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia

    Instituto de Geociências, Grupo de Pesquisa Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral

  • Maria Elizabeth Zucolotto, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional

    Departamento de Geologia. Grupo de Pesquisa Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral

  • Herbet Conceição, Universidade Federal de Sergipe. Programa de Pós Graduação em Geociências e Análise de Bacias

    Programa de Pós Graduação em Geociências e Análise de Bacias

  • Acácio José Silva Araújo, Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia

    Instituto de Geociências, Grupo de Pesquisa Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral

  • Amanda Araújo Tosi, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Geociências. Labsonda

    Instituto de Geociências. Labsonda. UFRJ

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Publicado

2018-10-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Carvalho, W. P., Rios, D. C., Zucolotto, M. E., Conceição, H., Araújo, A. J. S., & Tosi, A. A. (2018). O Meteorito Palmas de Monte Alto: aspectos petrográficos e mineraloquímicos. Geologia USP. Série Científica, 18(3), 15-31. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-132539