Química mineral e condições de cristalização do plutão ediacarano Bom Jardim de Goiás, Província Tocantins, Centro Oeste do Brasil

Autores

  • Keyla Thayrinne Oliveira Coimbra Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
  • Antonio Carlos Galindo Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
  • Zorano Sérgio de Souza Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
  • Rúbia Ribeiro Viana Instituto de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-316

Palavras-chave:

Província Tocantins, Ediacarano, Tonalitos, Geotermobarometria.

Resumo

Intrusões graníticas pós-colisionais relacionadas ao Ciclo Brasiliano são de ampla distribuição no Arco Magmático de Goiás, porção central da Província Tocantins, Brasil Central. O Plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG) compõe o quadro desses corpos intrusivos de idade ediacarana, cujo embasamento é constituído por rochas metassupracrustais e ortognaisses do Arco Magmático Arenópolis. De acordo com descrições petrográficas, as rochas do PBJG são classificadas em tonalito, granodiorito e quartzo monzodiorito, com textura equigranular grossa a inequigranular (fina a média); localmente observam-se fenocristais de anfibólio e plagioclásio. Neste trabalho são apresentados dados de química mineral de anfibólio, plagioclásio, biotita e magnetita do PBJG, assim como os parâmetros intensivos de cristalização do plutão em questão. O anfibólio do PBJG é subédrico ou anédrico, com características químicas apontando para os anfibólios cálcicos edenita e Mg-hornblenda. O plagioclásio (andesina, An30-37) ocorre como grãos prismáticos ou ripiformes, geminados, com zonamento químico evidenciado por alterações acentuadas para sericita, epídoto e carbonatos no centro dos cristais. A biotita é marrom, lamelar, sendo parcialmente substituída por titanita, clorita e epídoto, correspondendo quimicamente a Mg-biotita. A magnetita é euédrica a subédrica, em seções quadradas ou alongadas, encontrando-se usualmente como inclusões em hornblenda, clinopiroxênio, biotita e titanita. O teor de AlT da hornblenda indica pressão de cristalização do PBJG entre 2,1 e 4,0 kbar. Esses valores são coerentes com a presença de andalusita nas rochas encaixantes. O geotermômetro anfibólio-plagioclásio mostra temperaturas de 692 a 791°C, relativamente mais baixas do que aquelas obtidas pelo geotermômetro de saturação de zircão em rocha total (794 – 813°C), interpretadas como mais próximas da temperatura de liquidus de magmas granodioríticos a tonalíticos. 

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Coimbra, K. T. O., Galindo, A. C., Souza, Z. S. de, & Viana, R. R. (2017). Química mineral e condições de cristalização do plutão ediacarano Bom Jardim de Goiás, Província Tocantins, Centro Oeste do Brasil. Geologia USP. Série Científica, 17(2), 289-302. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-316