Litogeoquímica e geocronologia dos ortognaisses migmatíticos do Domo de Itabaiana, Sergipe: uma suíte do tipo tonalito, trondhjemito e granodiorito?

Autores

  • Renato Carlos Vieira Santiago Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia.
  • Angela Beatriz de Menezes Leal Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências.
  • Moacyr Moura Marinho Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências.
  • Roberto Max Argollo Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências.
  • Johildo Salomão Figueiredo Barbosa Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências.
  • Eduardo Reis Viana Rocha Júnior Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Física, Departamento de Física da Terra e do Meio Ambiente, Programa de Pós-Graduação em Geologia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-121838

Palavras-chave:

Domo de Itabaiana, Ortognaisses, TTGs arqueanos, Cálcio alcalina normal.

Resumo

O Domo de Itabaiana encontra-se inserido no Domínio Vaza Barris da Faixa de Dobramentos Sergipana, no Estado de Sergipe. Está representado por um complexo gnáissico-migmatítico, constituído por ortognaisses migmatizados, com intercalações de níveis anfibolíticos. O conjunto foi retrabalhado e soerguido durante o processo de deformação Neoproterozoica dessa faixa. Estudos petrográficos revelam que os ortognaisses são de composição tonalítica a granodiorítica, por vezes com feições desde protomiloníticas a miloníticas. A litogeoquímica evidenciou um caráter sódico nessas rochas, as quais foram analisadas em dois grupos distintos, em relação aos seus padrões em ETR e teores de K2O. Os litotipos com teores de K2O < 2,5% compreendem termos da série cálcio-alcalina de baixo K a cálcio-alcalina normal, enquanto aqueles com teores de K2O ≥ 2,5% compreendem termos posicionados na interface da série cálcio-alcalina normal com a série cálcio-alcalina de alto K. Os dois grupos possuem anomalias negativas de  Th-U, Ta-Nb e Ti, além de baixos teores de Y, apresentando um padrão fortemente fracionado, com o enriquecimento em terras raras leves e empobrecimento em terras raras pesadas. Apenas um grupo apresenta anomalia positiva de Sr e concavidade nos espectros dos terras raras pesados, feições também típicas dos TTGs arqueanos. Sugere-se que ambos possuem afinidade com TTGs e que o grupo mais enriquecido em K2O sofreu algum tipo de participação crustal em sua gênese. As análises geocronológicas determinaram uma idade de 2729 ± 12 Ma (LA-ICP-MS), interpretada como idade de cristalização dos ortognaisses. 

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Publicado

2018-02-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Santiago, R. C. V., Leal, A. B. de M., Marinho, M. M., Argollo, R. M., Barbosa, J. S. F., & Rocha Júnior, E. R. V. (2018). Litogeoquímica e geocronologia dos ortognaisses migmatíticos do Domo de Itabaiana, Sergipe: uma suíte do tipo tonalito, trondhjemito e granodiorito?. Geologia USP. Série Científica, 17(4), 81-98. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-121838