Análise da influência de atributos fisiográficos e morfométricos na definição da suscetibilidade de bacias hidrográficas à ocorrência de corridas de massa

Autores

  • Rodrigo Irineu Cerri Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP
  • Fábio Augusto Gomes Vieira Reis
  • Marcelo Fischer Gramani Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
  • Beatriz Marques Gabelini Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP
  • José Eduardo Zaine Departamento de Geologia Aplicada, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP
  • Felipe Pereira Sisto Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP
  • Lucilia do Carmo Giordano Departamento de Geologia Aplicada, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-133737

Palavras-chave:

Compartimentação Fisiográfica, Parâmetros Morfométricos, Serra do Mar, Escorregamentos, Corridas de Massa.

Resumo

A Serra do Mar paulista, nos últimos 50 anos, passou por uma série de eventos pluviométricos intensos, que ocasionaram acidentes diversos relacionados a processos de dinâmica superficial, com consequências sociais, econômicas e ambientais catastróficas, principalmente nos municípios de Cubatão, São Sebastião e Caraguatatuba. Em 1967, ocorreu, entre Caraguatatuba e São Sebastião, um dos eventos mais excepcionais de escorregamentos generalizados associados a corridas já registrados no país. O objetivo do trabalho foi analisar atributos fisiográficos e morfométricos em relação à potencialidade de bacias hidrográficas à ocorrência de corridas de massa, na Serra do Mar do litoral norte do Estado de São Paulo. A área de estudo foi dividida em 13 unidades fisiográficas, abrangendo compartimentos de planícies; escarpas da Serra do Mar e espigões digitados; relevo de morros rebaixados e soerguidos pela Falha Camburu; relevos montanhosos e de morros com diferentes características no Planalto de Juqueriquerê; Planalto de Paraitinga na borda das escarpas da Serra do Mar; e morros, morrotes e colinas isoladas. Os resultados demonstraram que bacias hidrográficas localizadas em porções escarpadas, com alta declividade e forte estruturação das drenagens por fraturas/falhas, com vales encaixados, como a unidade fisiográfica II, apresentam maiores valores para os parâmetros morfométricos, indicando maior potencialidade à ocorrência de corridas. Portanto, a compartimentação fisiográfica e a análise dos parâmetros morfométricos possibilitaram a avaliação integrada de diferentes atributos do meio físico em relação à suscetibilidade de bacias hidrográficas à ocorrência de corridas, demonstrando que o controle estrutural na evolução geomorfológica dessas bacias é um fator fundamental tanto na distribuição de encostas com direções favoráveis à ocorrência de escorregamentos como nos resultados dos parâmetros morfométricos.

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Publicado

2018-03-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Análise da influência de atributos fisiográficos e morfométricos na definição da suscetibilidade de bacias hidrográficas à ocorrência de corridas de massa. (2018). Geologia USP. Série Científica, 18(1), 35-50. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-133737