Geocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara, Província Carajás
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-145323Palavras-chave:
Marajoara, Granito tipo-A, Enclaves, Paleoproterozoico, Província CarajásResumo
O Granito Marajoara (GrMj) é um stock intrusivo em granitoides mesoarqueanos do Domínio Rio Maria (DRM) da Província Carajás (PC). É formado por rochas leucocráticas: biotita monzogranito equigranular (BMzE) e heterogranular (BMzH). Textura rapakivi e enclaves de granito porfirítico (EGp) e microgranulares (EMg) são restritos à fácies BMzH. Os valores de susceptibilidade magnética (SM) e a presença de magnetita aproximam a fácies BMzH dos granitos da série magnetita, enquanto a variedade BMzE mostra afinidade com aqueles da série ilmenita por apresentar baixos valores de SM e opacos. São granitos peraluminosos similares aos ferroan. Mostram, ainda, afinidades com os granitos tipo-A oxidados (BMzH e EGp) e reduzidos (BMzE), como aquelas dos plútons das suítes Jamon e Velho Guilherme, respectivamente. Os EMg mostram afinidade com os granitos magnesianos e da série calcioalcalina, e os EGp são originados a partir da interação entre os líquidos EMg e BMzH. Os gaps composicionais entre as diversas variedades sugerem que seus magmas não são cogenéticos. Os EMg são representantes de um magmatismo básico oriundo do manto litosférico enriquecido e que teriam sido injetados na câmara magmática por underplating. As análises U-Pb em zircão (SHRIMP) fornecem idade de cristalização (1885 ± 6 Ma). O GrMj foi colocado em epizona em um ambiente de tectônica extensional. A zonalidade concêntrica do GrMj e a influência reduzida dos esforços regionais indicam que o transporte do magma se deu por diques. Dessa forma, a edificação do GrMj é resultante de ascensão vertical de magmas por meio de fraturas e acomodação ao longo dos planos da foliação regional E-W, seguida de uma mudança do fluxo vertical por um espalhamento lateral do magma.
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