Reativações pós-silurianas do Lineamento Transbrasiliano na porção sul da Bacia do Parnaíba
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-134712Palavras-chave:
Bacia do Parnaíba, Lineamento Transbrasiliano, Evolução estrutural.Resumo
O Lineamento Transbrasiliano (LTB) apresenta direção NE-SW. Cerca de 900 km desse sistema interceptam o substrato da Bacia do Parnaíba (BPar), inferido, a partir de dados geológicos e geofísicos, como uma zona de cisalhamento plástica transcorrente dextral. Este trabalho objetivou abordar a assinatura estrutural e os marcadores estratigráficos associados às reativações do LTB na região sul da bacia, ao leste de Palmas (TO). No embasamento cristalino, um estágio tardio do LTB se expressa como uma zona dúctil-frágil também de cinemática dextral de idade ediacarana-cambriana, no NW do Ceará. Nas unidades litoestratigráficas da BPar são distinguidos eventos de reativação em regime frágil ou hidroplástico. Na região de estudo, um evento mais antigo registra cinemática transcorrente sinistral expressa principalmente como bandas de deformação e falhas com direção NE, combinadas a estruturas dilatacionais (incluindo juntas e falhas normais) ou conjugadas/antitéticas de rejeito direcional ou oblíquo, com orientações que variam de NNE a NNW, todas observadas nos litotipos das Formações Sambaíba e Pedra de Fogo, bem como nas mais antigas. Ao sudeste de Alto Parnaíba (MA) são observadas evidências de atividade tectônica sindeposicional durante o Permiano superior. Um segundo conjunto de estruturas composto por falhas normais associadas a uma distensão N/NNW, impressas nos corpos básicos de idade eojurássica da Suíte Mosquito, que, por sua vez, é capeada por depósitos com seixos das vulcânicas, correlacionados à Formação Corda. Um terceiro conjunto de estruturas, caracterizado por falhas normais ou oblíquas com direção NE, registra distensão NW, sendo associada ao evento de rifteamento da Margem Leste brasileira, durante o Cretáceo Inferior. Finalmente, um quarto evento, de ocorrência restrita, envolve distensão NE e está registrado em arenitos correlacionados ao Grupo Urucuia, implicando uma idade máxima neocretácea.
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