Evolução estratigráfica dos depósitos cretáceos da porção norte da Bacia de São Luís-Grajaú (NE do Brasil)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-152654

Palavras-chave:

Província Parnaíba, Bacia de São Luís-Grajaú, Estratigrafia de Sequências, Formação Codó, Formação Grajaú, Grupo Itapecuru

Resumo

Os depósitos cretáceos da Bacia de São Luís-Grajaú são recorrentemente organizados, nos trabalhos prévios, em três sequências deposicionais, consolidadas desde o Neoaptiano até uma idade incerta no Neocretáceo, abrangendo as formações Grajaú e Codó, como também o Grupo Itapecuru. Este trabalho objetivou aplicar a estratigrafia de sequências, com base na correlação de perfis litológicos e de raios gama, na análise dos depósitos cretáceos localizados na parte norte da bacia. Para esse propósito, esta pesquisa utilizou dados de cinco poços, interpretados em uma etapa 1D, que posteriormente serviram de base para a construção de uma seção estratigráfica, interpretada em uma fase 2D. Além disso, trabalhos prévios acerca dos sistemas deposicionais envolvidos na sedimentação desses depósitos cretáceos foram cotejados para propor um modelo evolutivo para o intervalo estudado. A partir da integração dessas interpretações, individualizou-se o intervalo em duas sequências deposicionais (A e B), sendo cada uma delas composta por três tratos de sistemas: de nível baixo (TSNB), transgressivo (TST) e de nível alto (TSNA). A Sequência A foi, primariamente, dominada por processos flúvio-deltaicos correspondentes ao TSNB. Posteriormente, representando o TST, houve a ampliação das fácies lacustres, paralelamente à retração do sistema flúvio-deltaico desenvolvido durante a fase anterior. Finalmente, caracterizando o TSNA, ocorreu uma continuação dos processos suspensivos vistos no TST, porém com a influência de fluxos hiperpicnais. No tocante à Sequência B, inicialmente instalou-se um sistema deltaico representativo do TSNB. Subsequentemente, no TST, esse delta deu lugar a um estuário dominado por ondas. Por fim, em um estágio atribuído ao TSNA, um sistema deltaico novamente se estabeleceu, encerrando assim a história evolutiva do intervalo analisado. 

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Biografia do Autor

  • Debora do Carmo Sousa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

    Debora possui graduação em geologia e doutorado em Geodinâmica e Geofísica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2003). Atualmente é professora adjunta II do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase nas áreas de Sedimentologia, Estratigrafia, Geologia Estrutural, Geologia do Petróleo e Geologia Introdutória, atuando principalmente nas seguintes bacias sedimentares: Bacia Potiguar, Bacia Sergipe-Alagoas, Bacia Pernambuco-Paraíba, Bacias Interiores do Nordeste e Bacia do Parnaíba.

  • Valéria Centurion Córdoba, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

    Valéria possui graduação em geologia pela Universidade Federal de Ouro Preto (1987), mestrado em evolução crustal e recursos naturais pela Universidade Federal de Ouro Preto (1991) e doutorado em geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de geociências, com ênfase em estratigrafia, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas deposicionais, diagênese e estratigrafia de sequências carbonáticas, sismoestratigrafia e análise de bacias sedimentares.

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Publicado

2019-06-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Evolução estratigráfica dos depósitos cretáceos da porção norte da Bacia de São Luís-Grajaú (NE do Brasil). (2019). Geologia USP. Série Científica, 19(2), 151-170. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-152654