Atlas de riscos geológico e hidrológico do estado do Espírito Santo no período 2011-2020: resultados gerais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-192746Palavras-chave:
Geologia de engenharia, Setorização, Movimentos gravitacionais de massa, Desastres naturaisResumo
As conclusões dos mapeamentos de risco do Serviço Geológico do Brasil e dos Planos Municipais de Risco na última década impõem a confecção de um novo atlas no Espírito Santo. O objetivo principal desta pesquisa é apresentar os resultados gerais do Atlas de Riscos Geológico e Hidrológico do Estado do Espírito Santo com os dados dessas publicações. Para isso, foram analisados 1.378 setores de risco alto e muito alto de 78 municípios do Espírito Santo relacionados a 12 processos geológicos e hidrológicos. Os dados foram estatisticamente tratados, o que possibilitou a produção das cartas. As cartas
traduzem a análise dos seguintes parâmetros: ano de mapeamento, grau de risco, número de construções e população percentual em risco. Novidades foram criadas nesse processo, como o índice de setorização de risco e as análises percentuais municipal e estadual. O índice de setorização de risco é um índice de fácil determinação e que envolve exclusivamente parâmetros avaliados em campo. Informações referentes ao histórico de decretos municipais, danos e prejuízos e regime pluviométrico foram obtidas e adicionadas no atlas. Os resultados mostram que o índice de setorização de risco do Espírito Santo em 2021 é de 147.888 e que quedas de blocos, inundações e deslizamentos planares estão em pelo menos um setor de mais da metade dos municípios capixabas. A metodologia empregada é inédita e mostra-se relevante na quantificação e gestão do risco a desastres naturais.
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