Caracterização isotópica de metabasitos e anfibolitos dos Grupos Açungui e Setuva na Porção Sul da Faixa Ribeira

Autores

  • Marcos Aurélio Farias de Oliveira Universidade Estadual Paulista; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Departamento de Petrologia e Metalogenia
  • Vanderlei Maniesi Universidade Federal de Rondônia
  • Wilson Teixeira Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Centro de Pesquisas Geocronológicas
  • Elias Carneiro Daitx Universidade Estadual Paulista; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Departamento de Petrologia e Metalogenia

DOI:

https://doi.org/10.5327/S1519-874X2002000100013

Palavras-chave:

metabasitos e anfibolitos, isótopos, geocronologia, Faixa Ribeira, contaminação crustal

Resumo

Análises isotópicas de Pb, Rb, Sr, Sm e Nd foram realizadas em anfibolitos de Campo Largo (PR), Rio Branco do Sul (PR) e Adrianópolis (PR) e em metabásicas de Adrianópolis e Apiaí (SP), pertencentes aos Grupos Açungui e Setuva, porção sul da Faixa Ribeira. Essas ocorrências foram escolhidas por que já contam com estudos geoquímicos pormenorizados, que apontam para fontes mantélicas com características peculiares para cada uma delas. Os únicos resultados da literatura referentes à idade desses corpos são do metagabro de Apiaí, com valores neoproterozóicos de 617 ± 4 Ma (U/Pb em zircão), e de 839 ± 85 Ma (Rb/Sr em rocha total). Os dados isotópicos obtidos permitiram calcular idades Sm/Nd por isócrona mineral, usando rocha total, plagioclásio e piroxênio, respectivamente de 820 ± 84 Ma para a metabásica de Adrianópolis e de 885 ± 53 Ma para o metagabro de Apiaí. Esses resultados, que coincidem aproximadamente com a idade do metagabro de Apiaí, obtida pelo método Rb/Sr, estão sendo tentativamente interpretados como uma estimativa da época de extração do manto do magma gerador dessas rochas, com base em valor positivo de µNd(t), obtido em amostra de Adrianópolis. Valores de µNd(0) plotados contra a razão (87Sr/86Sr)0 mostram que, os pontos correspondentes aos diversos corpos estudados, distribuem-se em posições diferentes. A maioria das amostras segue aproximadamente a tendência do"mantle array", a partir do MORB, em direção ao manto enriquecido e/ou domínio de contaminação crustal, sendo a metabásica de Adrianópolis a mais primitiva e o anfibolito, também de Adrianópolis, o mais enriquecido. Pode-se dizer assim, que as assinaturas isotópicas distintas entre os corpos ora estudados sugerem uma derivação a partir de diferentes fontes mantélicas, como já evidenciado pelos dados geoquímicos. Valores negativos de µNd e elevados da razão 87Sr/86Sr, para algumas amostras, deixam claro, no entanto, que parte desse material registra modificações causadas por processos metamórficos, de contaminação crustal e/ou de alteração.

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Publicado

2002-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Oliveira, M. A. F. de, Maniesi, V., Teixeira, W., & Daitx, E. C. (2002). Caracterização isotópica de metabasitos e anfibolitos dos Grupos Açungui e Setuva na Porção Sul da Faixa Ribeira . Geologia USP. Série Científica, 2, 161-170. https://doi.org/10.5327/S1519-874X2002000100013